A importância geológica de Peniche
Peniche: Ponta do Trovão tem valor geológico mundial
17.11.2006 - 17h52 Lusa
A equipa de investigadores da Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra que estuda o lugar de Ponta do Trovão, em Peniche, concluiu que o local tem um valor geológico único a nível mundial.
"Pela leitura das rochas, sobre a qual já nos debruçamos há uma década, conclui-se que este é o local que apresenta o melhor registo geológico do mundo para o intervalo de tempo do período do jurássico inferior, há 183 milhões de anos", afirmou Luís Vítor Duarte, líder da equipa de investigadores.
Luís Duarte explicou que a península de Peniche, em termos geológicos, "mostra uma sucessão de estratos de rochas sedimentares carbonatadas de idade jurássica, registando, de forma contínua e ímpar, cerca de 20 milhões de anos da história geológica portuguesa".
"Constitui, sem dúvida, o melhor registo em Portugal de rochas daquela idade, relacionadas com uma fase marinha iniciada à volta dos 190 milhões de anos, anterior à génese do oceano Atlântico", disse.
O investigador defendeu ainda que a península de Peniche "ocupa um irrefutável valor científico à escala planetária, pois apresenta exemplos únicos da história geológica do período Jurássico".
Dos trabalhos elaborados, a equipa também concluiu que no jurássico inferior "a Península Ibérica era uma ilha e que as zonas das cidades como Coimbra, Lisboa e Peniche eram mar, só existia ambiente marinho".
Com os estudos realizados, a ideia é que dentro de dois anos o local venha a ser classificado pela Comissão Internacional de Estratigrafia (organismo pertencente à Unesco) como o estratotipo do limite Pliensbaquiano/Toarciano — um padrão à escala mundial entre dois dos andares do período Jurássico com cerca de 183 milhões de anos.
A equipa assinou ontem um protocolo com a Câmara Municipal de Peniche para a organização de actividades de divulgação científica na área da geologia para escolas, visitas de estudo e campos de trabalho por parte de investigadores internacionais.
in Público - 17.11.2006
17.11.2006 - 17h52 Lusa
A equipa de investigadores da Faculdade de Ciências da Universidade de Coimbra que estuda o lugar de Ponta do Trovão, em Peniche, concluiu que o local tem um valor geológico único a nível mundial.
"Pela leitura das rochas, sobre a qual já nos debruçamos há uma década, conclui-se que este é o local que apresenta o melhor registo geológico do mundo para o intervalo de tempo do período do jurássico inferior, há 183 milhões de anos", afirmou Luís Vítor Duarte, líder da equipa de investigadores.
Luís Duarte explicou que a península de Peniche, em termos geológicos, "mostra uma sucessão de estratos de rochas sedimentares carbonatadas de idade jurássica, registando, de forma contínua e ímpar, cerca de 20 milhões de anos da história geológica portuguesa".
"Constitui, sem dúvida, o melhor registo em Portugal de rochas daquela idade, relacionadas com uma fase marinha iniciada à volta dos 190 milhões de anos, anterior à génese do oceano Atlântico", disse.
O investigador defendeu ainda que a península de Peniche "ocupa um irrefutável valor científico à escala planetária, pois apresenta exemplos únicos da história geológica do período Jurássico".
Dos trabalhos elaborados, a equipa também concluiu que no jurássico inferior "a Península Ibérica era uma ilha e que as zonas das cidades como Coimbra, Lisboa e Peniche eram mar, só existia ambiente marinho".
Com os estudos realizados, a ideia é que dentro de dois anos o local venha a ser classificado pela Comissão Internacional de Estratigrafia (organismo pertencente à Unesco) como o estratotipo do limite Pliensbaquiano/Toarciano — um padrão à escala mundial entre dois dos andares do período Jurássico com cerca de 183 milhões de anos.
A equipa assinou ontem um protocolo com a Câmara Municipal de Peniche para a organização de actividades de divulgação científica na área da geologia para escolas, visitas de estudo e campos de trabalho por parte de investigadores internacionais.
in Público - 17.11.2006
Foto - Luís Vitor Duarte (autoria - Fernando Martins)
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