Ministério da Educação...?
A Arrogância Como Modo de Vida
Posted by Paulo Guinote under Coisas Muuuito Estúpidas, No Comments
Perante as acusações da DECO relativamente à falta de conforto da maior parte das escolas que analisaram - uma evidência que muitos de nós conhecemos - o ME poderia fingir que não era nada consigo, porque as escolas foram feitas há muito tempo e nem sempre nas melhores condições (não era uma boa reacção, mas enfim…) ou poderia prometer estudar o que se passa e tomar as medidas que se viessem a concluir ser necessárias (a resposta expectável num país normal, mesmo naqueles onde depois as promessas são esquecidas).
Agora sair-se com um comunicado destes, acusando a DECO de «pretensos estudos» e amesquinhando as suas conclusões sem demonstrar qualquer tipo de dados contraditórios é algo perfeitamente inaceitável e só compreensível num tempo político de arrogância, polvilhado de pequenos figurantes que se sentem imunes a qualquer forma de escrutínio público.
Assim como é lamentável que a Ministra, acerca do amianto, declare de forma impávida que só é removido quando se fazem intervenções «de fundo» nas escolas. Ora sabendo nós que essas intervenções são muito raras, percebe-se que o amianto vai ficar por variadíssimas escolas muitos e bons anos.
Imagem de Antero - Blog Anterozóide
Posted by Paulo Guinote under Avaliação, Burocracia, Carreira, Centralismos, Choques, Educação
Ora cá temos as grelhas de avaliação dos docentes propostas pela tutela, que isto da autonomia das escolas e da diferenciação das estratégias de avaliação conforme os contextos são coisas muito divertidas para se proclamarem, mas não para colocar em prática. Portanto, vamos lá em defesa da diferenciação, uniformizar isto tudo e em nome da autonomia, explicar por onde é que ela passa (mais exactamente por 1 parâmetro em cada categoria).
Outra coisa interessante é que, afinal, o modelo dos relatórios críticos de desempenho que não permitiam uma verdadeira avaliação do mérito dos docentes é retomado na generalidade dos parâmetros.
Mas o que mais me deixa curioso é saber como, vamos imaginar num Departamento Curricular com 15 ou 20 docentes e 1 ou 2 professores titulares, será possível fazer estas avaliações (ver aqui ficha para os 2º e 3º CEB e ES, e aqui para o 1º CEB, graças à indicação da Maria Lisboa), muito em especial quanto a alguns itens do grupo B e a quase todos do C.
Eu nem vou discutir a relevância ou oportunidade de alguns dos critérios, neste momento só me “divirto” ao pensar no aparato burocrático que isto vai significar para o funcionamento das escolas e principalmente para os responsáveis pela avaliação dos restantes docentes - algo que neste momento até me conforta pelo facto da DRELVT me ter bloqueado o acesso a titular - que ficarão submersos num trabalho quase inconsequente para a qualidade de ensino nas escolas.
E já agora, especialmente para esse(a)s colegas, atentem no grupo E dos parâmetros e vejam lá se não se assustam com o que está implícito em termos de consequências práticas, do tipo teoria dos efeitos perversos.
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