Maqueta da Lisboa ante sismo de 1755 disponível para visita
Projecto levou cinco anos a ser concretizado
Lisboa de 1755 num ecrã táctil
Directora do Museu da Cidade diz que projecto implicou grande processo de investigação
A reconstituição tridimensional da cidade de Lisboa antes do grande terramoto de 1755 foi esta quinta-feira apresentada pelo Museu da Cidade. Consiste numa “leitura pormenorizada” da maqueta feita em 1955 por Ticiano Violante.
O programa "é uma ideia bastante antiga e queremos oferecer ao público uma leitura mais pormenorizada da maqueta feita em 1955 e 1958 por Ticiano Violante, valorizando a peça e explorando toda a informação que ela tem para nos oferecer", disse ao CM a Directora do Museu da Cidade, Ana Cristina Leite.
O projecto, que começou em 2005, implicou um grande processo de investigação, onde a equipa do museu reuniu toda a documentação "cartográfica, iconográfica, documental e textos escritos sobre todas as teses da cidade nestes últimos anos", disse a directora.
Ana Leite acrescentou que a grande novidade "é o material e a informação inédita que tínhamos, vinda de intervenções arqueológicas feitas nos últimos dez anos pelo museu, que redescobriram parte da cidade pré-terramoto."
Para já, o projecto não se encontra acabado, uma vez que este não é "de maneira nenhuma um modelo fechado".
"É o que nos permite estes modelos virtuais. Se tivermos dados novos, é sempre possível rectificar ou acrescentar."
VINTE PONTOS PARA PESQUISAR
Os visitantes terão a possibilidade de pesquisar individualmente os cerca de 20 pontos virtuais da cidade lisboeta, através de ecrãs tácteis, onde, consoante o que quiserem ver, surgirá uma luz sob a maqueta para melhor localizar as pessoas.
"Fundamentalmente é fazer uma viagem no tempo, e saber como era a cidade antes de 1755, que hoje tem uma configuração completamente diferente do que tinha antes. Pretendemos captar novos públicos, melhorar a comunicação com os nosso públicos, e ao mesmo tempo é um projecto importante para o museu e para a cidade", disse a responsável.
O Centro de História de Arte da Universidade de Évora denunciou um abuso de contactos - com um investigador norte-americano que veio a Lisboa a seu convite - e o silenciamento da hipótese de parceria. Ana Leite diz desconhecer a controvérsia, sublinhando que "o Museu da Cidade fez isto como equipa interna".
"O senhor Bernard Frischer teve conhecimento do nosso projecto, viu-o e pronunciou-se sobre o modelo depois de um jornalista cultural da câmara o ter entrevistado. Penso que isso é uma questão democrática", respondeu.
Na inauguração estiveram presentes o presidente da Câmara de Lisboa, António Costa, e a vereadora da Cultura, Catarina Vaz Pinto.
1 Comments:
At 20 de setembro de 2016 às 10:16, voyance gratuite en ligne said…
Claro! Bom texto, muito informativo e explícito! Obrigado por compartilhar o seu conselho.
Enviar um comentário
<< Home