GeoLeiria

Este Blog pretende ser o ponto de encontro e debate dos Geólogos em/de Leiria e de todos aqueles que gostam desta ciência ou de Biologia, Geografia, Ambiente e Astronomia, entre outras. Criado no âmbito do Projecto Ciência Viva VI "À descoberta da Geologia em Leiria", com membros nas Escolas Correia Mateus e Rodrigues Lobo, Núcleo de Espeleologia de Leiria e Centro de Formação de Leiria, neste local serão colocadas novidades locais, nacionais e internacionais, actividades de Escolas e outros.

domingo, maio 25, 2008

Descoberta de Sílica em Marte indica possibilidade de vida passada

Depósitos de sílica quase pura descobertos em 2007 pelo robot norte-americano Spirit em Marte, foram formados por vapores vulcânicos ou por géisers, ou até mesmo pelos dois, que atravessaram o solo e podem conter pistas de vida passada.

Segundo estudos de cientistas tais depósitos encontram-se na Terra à volta de chaminés hidrotermais, como as do parque nacional norte-americano de Yellowston, no Wyoming, célebre pelos seus fenómenos geotérmicos onde se encontram dois terços dos géisers do planeta, e inúmeras fontes de água quente.

Esta é a conclusão de estudiosos dos planetas que analisaram os dados recolhidos pelo espectrómetro de emissão termal (Miniature Thermal Emission Spectrometer) do robot 'Spirit', cujo gémeo 'Opportunity' se move nos antípodas de Marte.

A descoberta de depósitos de sílica na cratera de Gusev, situada na região equatorial do planeta vermelho, foi anunciada pela Nasa em 2007, tendo então sido objecto de um estudo detalhado cujos resultados das análises são publicados pela revista norte-americana 'Science'.

“Na Terra, os depósitos hidrotermais andam de mão dada com a vida e a sílica encontrando-se próxima destas aberturas contem frequentemente fósseis de restos de micróbios”, afirma Jack Farmer, professor de astrobiologia na Universidade do Estado do Arizona, um dos autores destes estudos.

“Mas não sabemos se este é o caso da sílica encontrada por 'Spirit', uma vez que o robot é desprovido de instrumentos que possam detectar vida microscópica”, acrescenta, em comunicado.

“O que podemos dizer é que este ambiente foi habitável com água líquida e presença de fontes de energia necessárias para a vida”, conclui Farmer.


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