Europasaurus: novo dinossauro anão
Descoberta manada de um novo dinossauro anão, o Europasaurus, publicado hoje na prestigiada revista Nature por paleontólogos portugueses e alemães
O Museu da Lourinhã está a colaborar com um museu Dinopark Münchehagen, localizado perto de Hannover na Alemanha, na descoberta e descrição de um novo dinossauro anão do Jurássico Superior, com 150 milhões de anos. Trata-se de um dos dinossauros saurópodes mais bem conservados que se conhecem na Europa, e compreende esqueletos de, pelo menos, 15 indivíduos desde bebés a adultos, sugerindo que estes dinossauros viviam em manada. As condições de fossilização permitiram a excelente conservação de vários esqueletos, incluindo crânios, o que é um facto único a nível europeu. O estudo de todo o esqueleto permite ter uma melhor compreensão de como o corpo dos dinossauros evoluía ao longo da sua vida. Trata-se de um novo género e espécie para a Ciência e foi apelidado Europasaurus holgeri.
Os esqueletos daquela manada de dinossauro não ultrapassam mais de seis metros de comprimento, o que pode parecer grande mas é diminuto quando comparamos com os outros dinossauros do mesmo grupo, os saurópodes, que podiam atingir 30 metros de comprimentos e foram os maiores animais terrestres que alguma vez caminharam sobre a terra. Inicialmente, os investigadores pensavam que se tratava de uma manada apenas constituída por dinossauros juvenis. Martin Sander, da Universidade de Bona, retirou uma pequena amostra dos ossos que cortou em fatias tão finas que a luz pode passar por ela e assim pode ser analisado ao microscópio, mas quando analisaram a micro estrutura dos ossos e surpresa foi geral: os exemplares maiores eram adultos… e anões! O osso era composto por um tecido fibrolamelar que só aparece nos dinossauros adultos. Embora já tenha sido sugerido, é a primeira vez que se prova a existência de dinossauros anões.
A primeira descoberta foi realizada em 1998, na pedreira de Oker, na Baixa Saxónia, pelo coleccionador amador alemão, Holger Lüdtke, que tem vindo a colaborar com os investigadores. Curiosamente, não era suposto terem sido descobertos dinossauros naquele local porque durante o Jurássico Superior toda a área era mar e os dinossauros não era marinhos. Contudo, tratava-se de um mar perto de uma ilha e os esqueletos devem ter sido arrastados pela água.
Durante o Jurássico superior, a Europa era muito diferente pois tratava-se de um arquipélago e aquela área da Alemanha tinha várias ilhas. As ilhas favorecem o aparecimento de espécies anãs porque grandes espécies, que consomem muitas calorias, tendem a tornar-se pequenas devido à limitação dos recursos da ilhas e a impossibilidade de migrarem. Em condições extremas as espécies pequenas têm mais probabilidade de sobreviver pois são menos dependentes dos recursos disponíveis no ambiente. Tal fenómeno tem sido observado em várias épocas e espécies, inclusivamente em humanos, como é o caso do famoso Homo florensiensis.
O nome Europasaurus foi escolhido pelo investigador português porque se trata de uma descoberta feita no centro geográfico da Europa, por uma equipa europeia, e de forma a celebrar a união da Europa.
Desde a sua primeira visita ao local, em 1999, que o paleontólogo Octávio Mateus, do Museu da Lourinhã e Universidade Nova de Lisboa, está a coordenar a equipa científica alemã que estuda estes dinossauros, sendo um dos conselheiros científicos da uma fundação alemã para o estudo da paleontologia. A publicação da revista Nature é, para estes investigadores, um passo importante já que esta é talvez a mais prestigiada revista científica da actualidade. Réplica do crânio do Europasaurus pode ser agora visitada no Museu da Lourinhã.
O Museu da Lourinhã está a colaborar com um museu Dinopark Münchehagen, localizado perto de Hannover na Alemanha, na descoberta e descrição de um novo dinossauro anão do Jurássico Superior, com 150 milhões de anos. Trata-se de um dos dinossauros saurópodes mais bem conservados que se conhecem na Europa, e compreende esqueletos de, pelo menos, 15 indivíduos desde bebés a adultos, sugerindo que estes dinossauros viviam em manada. As condições de fossilização permitiram a excelente conservação de vários esqueletos, incluindo crânios, o que é um facto único a nível europeu. O estudo de todo o esqueleto permite ter uma melhor compreensão de como o corpo dos dinossauros evoluía ao longo da sua vida. Trata-se de um novo género e espécie para a Ciência e foi apelidado Europasaurus holgeri.
Os esqueletos daquela manada de dinossauro não ultrapassam mais de seis metros de comprimento, o que pode parecer grande mas é diminuto quando comparamos com os outros dinossauros do mesmo grupo, os saurópodes, que podiam atingir 30 metros de comprimentos e foram os maiores animais terrestres que alguma vez caminharam sobre a terra. Inicialmente, os investigadores pensavam que se tratava de uma manada apenas constituída por dinossauros juvenis. Martin Sander, da Universidade de Bona, retirou uma pequena amostra dos ossos que cortou em fatias tão finas que a luz pode passar por ela e assim pode ser analisado ao microscópio, mas quando analisaram a micro estrutura dos ossos e surpresa foi geral: os exemplares maiores eram adultos… e anões! O osso era composto por um tecido fibrolamelar que só aparece nos dinossauros adultos. Embora já tenha sido sugerido, é a primeira vez que se prova a existência de dinossauros anões.
A primeira descoberta foi realizada em 1998, na pedreira de Oker, na Baixa Saxónia, pelo coleccionador amador alemão, Holger Lüdtke, que tem vindo a colaborar com os investigadores. Curiosamente, não era suposto terem sido descobertos dinossauros naquele local porque durante o Jurássico Superior toda a área era mar e os dinossauros não era marinhos. Contudo, tratava-se de um mar perto de uma ilha e os esqueletos devem ter sido arrastados pela água.
Durante o Jurássico superior, a Europa era muito diferente pois tratava-se de um arquipélago e aquela área da Alemanha tinha várias ilhas. As ilhas favorecem o aparecimento de espécies anãs porque grandes espécies, que consomem muitas calorias, tendem a tornar-se pequenas devido à limitação dos recursos da ilhas e a impossibilidade de migrarem. Em condições extremas as espécies pequenas têm mais probabilidade de sobreviver pois são menos dependentes dos recursos disponíveis no ambiente. Tal fenómeno tem sido observado em várias épocas e espécies, inclusivamente em humanos, como é o caso do famoso Homo florensiensis.
O nome Europasaurus foi escolhido pelo investigador português porque se trata de uma descoberta feita no centro geográfico da Europa, por uma equipa europeia, e de forma a celebrar a união da Europa.
Desde a sua primeira visita ao local, em 1999, que o paleontólogo Octávio Mateus, do Museu da Lourinhã e Universidade Nova de Lisboa, está a coordenar a equipa científica alemã que estuda estes dinossauros, sendo um dos conselheiros científicos da uma fundação alemã para o estudo da paleontologia. A publicação da revista Nature é, para estes investigadores, um passo importante já que esta é talvez a mais prestigiada revista científica da actualidade. Réplica do crânio do Europasaurus pode ser agora visitada no Museu da Lourinhã.
1 Comments:
At 23 de março de 2018 às 10:01, Unknown said…
Obrigado por este artigo que adiciona um + no que já sabemos. Estive com você por alguns meses, e quero agradecer-lhe o seu conselho que ajuda os jovens blogueiros hoje a melhorar seus negócios.
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