GeoLeiria

Este Blog pretende ser o ponto de encontro e debate dos Geólogos em/de Leiria e de todos aqueles que gostam desta ciência ou de Biologia, Geografia, Ambiente e Astronomia, entre outras. Criado no âmbito do Projecto Ciência Viva VI "À descoberta da Geologia em Leiria", com membros nas Escolas Correia Mateus e Rodrigues Lobo, Núcleo de Espeleologia de Leiria e Centro de Formação de Leiria, neste local serão colocadas novidades locais, nacionais e internacionais, actividades de Escolas e outros.

terça-feira, setembro 11, 2007

Passeios condicionados na ilha da Berlenga


Passeios condicionados
na ilha da Berlenga

Passear ou pescar vão ser actividades condicionadas na Reserva Natural da Berlenga, após a entrada em vigor, até Dezembro, do plano de ordenamento, que está em discussão pública até 17 de Outubro.

O documento vem fixar um conjunto de normas que, em caso de infracção, vão dar direito à aplicação de coimas e que tendem a definir "a gestão que deve ser feita naquele espaço que é pequeno" e em que "há zonas que carecem de uma protecção mais efectiva" para preservar os recursos naturais existentes, explicou o presidente da comissão mista de elaboração do plano e responsável pela Reserva, António Teixeira.

O responsável remete para uma das principais preocupações do plano: "A forte procura sazonal que ameaça arruinar o potencial e destruir o frágil equilíbrio de ecossistemas insulares" num espaço limitado a uma área de um 1,5 km de comprimento e 800 metros de largura.

Elaborado pelo Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade, o plano surge numa altura em que já está em marcha o projecto de auto-sustentabilidade por parte de vários parceiros tecnológicos - entre os quais a agência espacial norte-americana, NASA -, que pretendem dotar a ilha de infra-estruturas de geração de energia, produção de água potável e tratamento das águas residuais, capazes de criar o equilíbrio entre a preservação do património natural e a ocupação humana na ilha, que no Verão chega a atingir os mil visitantes quando a sua capacidade foi regulamentada em 350 pessoas ao ano.

Além de a ocupação da ilha ficar cingida aos espaços mais frequentados (cais, praia do Carreiro, bairro dos pescadores, Forte de São João Baptista e Farol da Ilha, ligados entre si por trilhos que vão ser recuperados, de modo a evitar o pisoteio indiscriminado e preservar o património natural), os pescadores terão a actividade dificultada, ao perder as regalias de entrada na ilha sobre os outros visitantes.

Apenas é autorizada a pesca desportiva com linhas à mão ou canas de pesca, proibindo outras práticas que ponham em risco o habitat marinho, enquanto as normas de atracagem ou de navegação junto à ilha por parte das embarcações vão ser mais apertadas. São também interditas quaisquer outras actividades, como motonáutica e sobrevoo de aeronaves, bem como obras ou deposição de lixos que prejudiquem o ecossistema ou potenciem a erosão costeira.

in
DN - ver notícia