Mina da Guimarota - notícia Região de Leiria - VI
O Geomonumento de Galopim de Carvalho
Galopim de Carvalho é talvez dos cientistas mais conhecidos em Portugal. Professor jubilado do Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa e ex-director do Museu Nacional de História Natural, explica desde 2003 a história da descoberta da Mina da Guimarota, faz uma proposta e deixa recados.
“Em 1959, o Prof. W. G. Kuhne, da Universidade Livre de Berlim, especialista em mamíferos primitivos, interessou-se por uma pequena mina de carvão (lignito) abandonada, na Guimarota, nas proximidades de Leiria.
Na sequência dos estudos que aí empreendeu, a partir de 1960, publicados nas Memórias dos então Serviços Geológicos de Portugal e dos muitos outros levados a cabo pelos seus discípulos e continuadores, esta velha mina revelou-se uma jazida de excepcional riqueza paleontológica, não só pela variedade e número de fósseis aí encontrados (e estudados), como pelo esplêndido estado de conservação dos mesmos. Celebrizada pela fauna de mamíferos do Jurássico superior (com 151 a 154 milhões de anos), esta jazida de carvão relevou-se igualmente rica de outras espécies de animais e plantas que cedo despertaram o interesse de muitos paleontólogos de variadíssimas especialidades, sendo muito vasta a bibliografia publicada por autores alemães e outros estrangeiros, em contraste com os nacionais, que nunca tiveram condições para competir com eles.
A grande maioria deste espólio saiu do país, sendo mínima a parte que permanece entre nós. Resta-nos a mina, que continua a ser uma jazida onde muitos estudos podem e devem prosseguir.
(…) A par de jazidas mundialmente reconhecidas, como a de Solenhöfen, na Alemanha ou a do Cabo Mondego, em Portugal, a Mina da Guimarota deverá ser considerada um Geomonumento e, como tal, convenientemente protegida pela lei.
O Museu Nacional de História Natural tem vindo a desenvolver esforços no sentido da musealização de sítios com interesse geológico, nos quais inclui esta mina”.
“Em 1959, o Prof. W. G. Kuhne, da Universidade Livre de Berlim, especialista em mamíferos primitivos, interessou-se por uma pequena mina de carvão (lignito) abandonada, na Guimarota, nas proximidades de Leiria.
Na sequência dos estudos que aí empreendeu, a partir de 1960, publicados nas Memórias dos então Serviços Geológicos de Portugal e dos muitos outros levados a cabo pelos seus discípulos e continuadores, esta velha mina revelou-se uma jazida de excepcional riqueza paleontológica, não só pela variedade e número de fósseis aí encontrados (e estudados), como pelo esplêndido estado de conservação dos mesmos. Celebrizada pela fauna de mamíferos do Jurássico superior (com 151 a 154 milhões de anos), esta jazida de carvão relevou-se igualmente rica de outras espécies de animais e plantas que cedo despertaram o interesse de muitos paleontólogos de variadíssimas especialidades, sendo muito vasta a bibliografia publicada por autores alemães e outros estrangeiros, em contraste com os nacionais, que nunca tiveram condições para competir com eles.
A grande maioria deste espólio saiu do país, sendo mínima a parte que permanece entre nós. Resta-nos a mina, que continua a ser uma jazida onde muitos estudos podem e devem prosseguir.
(…) A par de jazidas mundialmente reconhecidas, como a de Solenhöfen, na Alemanha ou a do Cabo Mondego, em Portugal, a Mina da Guimarota deverá ser considerada um Geomonumento e, como tal, convenientemente protegida pela lei.
O Museu Nacional de História Natural tem vindo a desenvolver esforços no sentido da musealização de sítios com interesse geológico, nos quais inclui esta mina”.
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