GeoLeiria

Este Blog pretende ser o ponto de encontro e debate dos Geólogos em/de Leiria e de todos aqueles que gostam desta ciência ou de Biologia, Geografia, Ambiente e Astronomia, entre outras. Criado no âmbito do Projecto Ciência Viva VI "À descoberta da Geologia em Leiria", com membros nas Escolas Correia Mateus e Rodrigues Lobo, Núcleo de Espeleologia de Leiria e Centro de Formação de Leiria, neste local serão colocadas novidades locais, nacionais e internacionais, actividades de Escolas e outros.

sexta-feira, setembro 14, 2007

A notícia que o Fernando Martins não gostou...

Esta foi aquela notícia que o meu marido esperava que não publicassem:

Os tesouros de Fernando Martins

As propriedades únicas de preservação oferecidas pela Mina da Guimarota ao descanso eterno de tubarões, dinossáurios, répteis voadores e crocodilos nunca mais deram sossego à mente de Fernando Martins. O geólogo e professor na escola Correia Mateus é o autor do blog http://geoleiria.blogspot.com, uma imensa mina inundada de informação sobre os tesouros da Guimarota.
“Sou da Guarda, formei-me em Coimbra, vim para Leiria e estou há 13 anos dedicado à parte científica na zona”, diz o geólogo que se recorda bem de já nos anos 80 ter iniciado, na Universidade de Coimbra, os primeiros contactos com as descobertas da Guimarota. “Assim que vim para Leiria procurei saber onde é que se encontrava a mina”, recorda, defendendo que a importância do que ali foi encontrado coloca os tesouros da Guimarota “entre os 20 ou 30 achados mais significativos a nível mundial no campo da paleontologia”.
Para os leigos nesta matéria, Fernando Martins “atira” esta imagem: “é como se tivéssemos congelado numa máquina do tempo os fósseis e recuado 150 milhões de anos”. A riqueza encontrada na mina é tanta que mesmo depois de tantos anos de investigação “nos próximos dez anos, vão continuar a publicar trabalhos”, afirma, convicto.
Em Leiria era possível ter-se avançado para a musealização do espaço? O geólogo diz que sim, mas agora que se deixou construir no local já não acredita. E lamenta porque, assegura, “Leiria tem uma pecha grande, já que é das poucas cidades capitais de distrito que não possui um museu ligado à ciência. E o que foi encontrado na Guimarota podia ser um ponto de partida”.