GeoLeiria

Este Blog pretende ser o ponto de encontro e debate dos Geólogos em/de Leiria e de todos aqueles que gostam desta ciência ou de Biologia, Geografia, Ambiente e Astronomia, entre outras. Criado no âmbito do Projecto Ciência Viva VI "À descoberta da Geologia em Leiria", com membros nas Escolas Correia Mateus e Rodrigues Lobo, Núcleo de Espeleologia de Leiria e Centro de Formação de Leiria, neste local serão colocadas novidades locais, nacionais e internacionais, actividades de Escolas e outros.

sábado, março 31, 2007

A Ciência e a Bíblia

“Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus”

Frase atribuída a Jesus Cristo (Marcos, 12:17)


"Se aceitarmos a verdade literal de todas as palavras da Bíblia, a Terra tem de ser plana. O mesmo se passa como o Alcorão. Afirmar que a Terra é redonda significa então que somos uns ateus. Em 1993, a suprema autoridade religiosa da Arábia Saudita, o xeque Abdel-Aziz Ibn Baaz, publicou um édito, uma fatwa, declarando que a Terra é plana. Qualquer pessoa que esteja convencida de que ela é redonda não crê em Deus e deve ser castigada. Uma das muitas ironias destas coisas é que os indícios de que a Terra é uma esfera, acumulados pelo astrónomo greco-egípcio, do século II, Cláudio Ptolomeu, foram transmitidos ao Ocidente por astrónomos muçulmanos e árabes. No século IX chamaram ao livro de Ptolomeu em que é demonstrada a esfericidade da Terra, o Almagesto, 'O Maior'."

Carl Sagan in Um Mundo Infestado de Demónios

sexta-feira, março 30, 2007

O paradigma da estupidez - ID e criacionismo em figuras...

Como devia ser o Mundo:
E o Grande Arquitecto criou o Homem:
A Bíblia, um livro científico:
A evolução do Criacionismo:
Os argumentos do Criacionismo:
A posição dos criacionistas na evolução humana:
Ensinem as duas teorias:
Nota: clicar nas imagens para ver melhor - não aconselhável a pessoas impressionáveis...

O paradigma da estupidez


Não somos, neste Blog, contra o debate de ideias, por mais absurdas que algumas pareçam. Mas, parece-nos, que tudo deve ter limites e quando alguém os ultrapassa, em Ciência ou noutra área qualquer, há que tentar clarificar o que é razoável.

Tudo isto tem a ver com a polémica recente acerca do Criacionismo (incluindo neste a versão moderna auto-intitulada de Design Inteligente) e do seu avanço em Portugal, a pretexto de que o Criacionismo deve ser ensinado, na Biologia e Geologia, como contraponto às Teorias Evolucionistas. Recentemente divulgámos neste Blog um Colóquio, organizado pelo Centro de Filosofia das Ciências da Universidade de Lisboa, no dia 21.03.2007, em Lisboa. Houve muita gente (vide Blog De Rerum Natura) que achou que não se devia, sequer, dialogar com criacionistas (coisa que nós achamos excessiva, no contexto em causa, mas que entendemos...).

Agora o jornal científico on-line Ciência Hoje (que sugerimos que se passe a chamar Quase Sempre Ciência Hoje) publica uma pérola da sabedoria, intitulada O paradigma naturalista, de autoria de um obscuro professor universitário de Coimbra (...de Direito...!) e um dos mais reputados criacionistas portugueses, de seu nome Jónatas Machado. O senhor em causa tem o direito de escrever o que lhe apetece ou de acreditar no que lhe dá na real gana (o meu filho, pouco antes de fazer 5 anos, ainda acreditava no Pai Natal...). Agora parece-me abusivo que aldrabices não-científicas sejam escarrapachadas em jornais científicos, seja com qualquer pretexto que invoquem os responsáveis da revista, seja porque lhes apeteceu...

Aliás, pergunte-se ao tal senhor se um qualquer cientista português pode escrever textos nas revistas da sua faculdade (FDUC) atacando princípios constitucionais (ou defendendo o racismo, xenofobia ou o fim da liberdade religiosa...)... Ou se o pastor da sua Igreja (ou lá o que é...) aceita que, quando prega aos fiéis, os cientistas o interrompam e expliquem as Teorias Evolucionistas... Ou, ainda, se nas revistas religiosas que publicam, ou mesmo nos seus sites que agora começam a ver-se por aí, em contraponto às patranhas criacionistas, pedem a geólogos ou biólogos que expliquem o Neo-Darwinismo... É claro que a resposta é um rotundo NÃO...

Então o porquê de uma revista, até agora respeitável, se meter nestas confusões...? Não cabe a nós descobrir o porquê deste embaraço (e da forma como se irão livrar dele...) mas estamos curiosos no desenvolvimento da polémica. Até porque no Conselho Científico da revista estão pessoas que não deverão deixar o caso tal como ficou...


Nota/Adenda: o artigo de opinião foi, hoje, dia 01.04.2007, retirado do Ciência Hoje...!

quinta-feira, março 29, 2007

Planetários on-line

Post em estereofonia com o Blog AstroLeiria...

Ao ler, ontem, o Blog Rastos de Luz, do Paulo Heleno (também membro deste blog...) apercebi-me da criação de dois novos Planetários (Mapas do Céu) on-line, que parecem bastante interessantes e promissores...

Para ver, clicar nos seguintes links:

WIKISKY.ORG

SKY-MAP.ORG


terça-feira, março 27, 2007

Blogues com Geologia...!

De vez em quando, quando o tempo nos permite, vamos pondo novos links na barra lateral direita deste Blog. Às vezes, esses links, merecem uma especial atenção, até porque quando aparecem blogues com muita Geologia e muita qualidade, merecerem uma visita regular dos nossos leitores.


1. Blog De Rerum Natura

Embora sem a presença de nenhum geólogo (nós já falámos com eles sobre o assunto, mas até agora nada...) fala de muita coisa da nossa área. Tem publicado um textos excelentes sobre Criacionismo (com umas penas falhas, por falta de revisão científica de um geólogo...) que merecem uma visita diária. São seus autores os Doutores Carlos Fiolhais (físico), Desidério Murcho (filósofo), Helena Damião (pedagoga), Jorge Buescu (matemático), Palmira F. Silva (química), Paulo Gama Mota (biólogo) e Sofia Araújo (bióloga) e é um Blog de referência do Jornal Público...


2. Blog Ciência Ao Natural

O geólogo (e quase Doutor, penso eu...) Luís Azevedo Rodrigues, especialista em Paleontologia de Vertebrados (Dinossáurios...!) criou recentemente este Blog. Com muitos filmes, textos sobre Geologia, Taxonomia, reflexões sobre História Natural, relatos de trabalho de campo e muitas outras coisas interessantíssimas, vale a pena vir a este site muitas vezes...!

Congresso Ibérico da International Permafrost Association

I CONGRESSO IBÉRICO DA INTERNATIONAL PERMAFROST ASSOCIATION
Ambientes periglaciários e variações climáticas: das montanhas às altas latitudes

Guarda, Portugal
25-27 de Junho de 2007


O I Congresso Ibérico da International Permafrost Association reunirá na Guarda os principais especialistas ibéricos em temáticas periglaciárias, que apresentarão os resultados das mais recentes investigações em curso. No congresso serão também discutidas as prioridades futuras na investigação sobre periglaciarismo, e delineada a estratégia de colaboração dos grupos português e espanhol da International Permafrost Association. Esta será a primeira reunião ibérica do IPA, surgindo na sequência da adesão de Portugal como membro associado do IPA em 2005, e na continuidade das reuniões bienais do grupo IPA-España, que contaram quase sempre com a presença de investigadores portugueses.

O I Congresso Ibérico da International Permafrost Association está enquadrado nas actividades ibéricas do Ano Polar Internacional 2007-08, e nele será discutida a participação ibérica nos projectos internacionais ANTPAS - Antarctic and Sub-Antarctic Permafrost, Soils and Periglacial Environments e TSP - Permafrost Observatory Project: A Contribution to the Thermal State of Permafrost

Após o congresso será efectuada uma visita de estudo à Serra da Estrela que dará a conhecer aos participantes os conhecimentos mais recentes acerca da morfogénese glaciária e periglaciária da mais alta montanha de Portugal.

Pretende-se ainda que o I Congresso Ibérico da IPA seja uma oportunidade para os jovens estudantes de Ciências da Terra e áreas afins, contactarem com especialistas em periglaciarismo, e para desenvolverem os seus conhecimentos nesta temática.


Temas chave:
a) A dinâmica actual em ambientes periglaciários de montanha
b) Ambientes periglaciários quaternários. Testemunhos e cronologia
c) Ambientes periglaciários das regiões polares e variações climáticas


Inscrições
Não-estudantes:
Até 30 de Abril de 2007: 100 euros
Depois de 30 de Abril de 2007: 130 euros

Estudantes (com apresentação de prova documental):
Até 30 de Abril de 2007: 50 euros
Depois de 30 de Abril de 2007: 75 euros

Visita de Estudo à Serra da Estrela (27 de Junho):
A visita terá um número limitado de participantes e será preenchida por ordem de inscrição).
Preço: 25 euros (inclui almoço)

Inscrição e Submissão de Resumos on-line


Apresentação de trabalhos

Os trabalhos serão apresentados oralmente ou em poster, sendo que o primeiro autor de cada trabalho pode submeter no máximo uma apresentação oral e dois posters.

Os trabalhos poderão ser apresentados em português, espanhol ou inglês.

Os resumos devem ser preenchidos no formulário on-line de inscrição definitiva até ao dia 18 de Abril de 2007. O texto deve incluir uma breve descrição dos objectivos, trabalho desenvolvido e as principais conclusões. Devem ser fornecidas 5 palavras-chave. O texto não poderá exceder os 3000 caractéres, incluindo espaços. O autor deve indicar se pretende apresentar o trabalho oralmente, ou em poster.

Todos os resumos enviados serão apreciados por três membros da comissão científica, que decidirão a sua aceitação.

As apresentações orais terão uma duração máxima de 15 minutos.
Os posters não deverão exceder os 80x120 cm.


Publicação dos trabalhos

Os autores poderão enviar artigos referentes aos trabalhos apresentados para publicação em número especial da Finisterra - Revista Portuguesa da Geografia.

De forma a assegurar um elevado nível qualitativo, os trabalhos serão sujeitos a um processo de avaliação por parte do Conselho Científico do congresso. As normas de envio são as da revista Finisterra.

Os trabalhos deverão ser enviados à Comissão Organizadora até 30 de Setembro de 2007. Todo o processo editorial deverá estar concluído até 30 de Novembro de 2007.


Organização

International Permafrost Association - Portugal
Centro de Estudos Geográficos - Universidade de Lisboa

Apoios:
Comité Português para o Ano Polar Internacional
Departamento de Geografia - FLUL
Parque Natural da Serra da Estrela


Página do Congresso - LINK

Adriano - a memória

Adriano Correia de Oliveira

Neste ano em que se comemora os 65 anos do seu nascimento (9 de Abril de 1942) e se recordam os 25 anos da sua precoce morte (16 de Outubro de 1982) o Blog Geopedrados associa-se a este evento, recordando o grande cantor da música de Coimbra e de Portugal, o ex-estudante, o homem boémio que, aos 40 anos, quando ainda era um jovem, morreu nos braços de sua mãe...

Para já, informamos que, no dia em faria 65 anos, na Marinha Grande será lançarado um CD, intitulado Cantaremos Adriano, com versões novas de canções do Adriano (e duas novas canções, de homenagem) realizando-se, também na mesma cidade, um Espectáculo, no dia 21 de Abril, de apresentação desse mesmo CD.

A não perder...
Março de 1974, Coliseu dos Recreios, Lisboa: da esquerda para a direita: José Barata Moura, Vitorino, José Jorge Letria, Fausto, Manuel Freire, Zeca Afonso, Adriano Correia de Oliveira (foto proveniente do livro de Manuel Reis, "Adriano Presente!")


Entretanto, sugerimos a consulta aos seguintes sites:
Fotos retirados do Blog Cantaremos Adriano

Jornadas Internacionales sobre Paleontología de Dinosaurios


CONGRESO

IV Jornadas Internacionales sobre Paleontología de Dinosaurios Y SU ENTORNO

Burgos, 13-15 de Septiembre de 2007


Presentación
El Colectivo Arqueológico-Paleontológico de Salas, CAS, con la colaboración de diferentes entidades públicas y privadas, organiza desde 1999 reuniones científicas que tratan monográficamente sobre los dinosaurios y su medio. Con una periodicidad de 2-3 años, las Jornadas de Salas de los Infantes se han consolidado, y permiten conocer aportaciones de la investigación sobre dinosaurios en España y otros países. Esta actividad científica es creciente en nuestro país, y se estima que pueda disfrutar de un impulso mayor con la solución favorable a la candidatura “Icnitas de Dinosaurios de la Península Ibérica” para su declaración como Patrimonio de la Humanidad, así como con la apertura de nuevas instalaciones museísticas. En este marco se convocan las IV Jornadas Internacionales sobre Paleontología de Dinosaurios y su Entorno que pretenden de nuevo ser un motivo de reunión para los grupos investigadores.

Las IV Jornadas están impulsadas por el Colectivo Arqueológico y Paleontológico de Salas (CAS) y cuentan con la colaboración del Museo de Dinosaurios de Salas de los Infantes.



Lugar y fecha de celebración
El Congreso IV Jornadas Internacionales sobre Paleontología de dinosaurios y su entorno tendrá lugar en Salas de los Infantes (Burgos, España). La sede oficial será el Palacio Municipal de Cultura de dicha ciudad.
Las fechas comprenden desde el jueves 13 hasta el sábado 15 de septiembre de 2007.
Para ser considerado participante en las Jornadas, es necesario, en caso de no ser invitado ex profeso, remitir la solicitud de matrícula a la Secretaría de las Jornadas. La cuota de inscripción se fija en 75 euros para aquellas solicitudes que se cursen antes del 10 de julio de 2007, y de 90 euros para las que se realicen con posterioridad a esa fecha; en ambos casos se aplicará 40% de descuento para aquellos que acrediten su condición de estudiantes. El importe se hará efectivo a través de un ingreso o transferencia a un número de Cuenta Corriente.


ESQUEMA DEL PROGRAMA:
El programa provisional de las Jornadas presenta Conferencias científicas, Mesas Redondas, y Lectura de Comunicaciones, Excursión de campo, así como actividades paralelas. Las Conferencias científicas serán desarrolladas por (en orden alfabético):

- Luis CHIAPPE, Natural History Museum Ciudad de Los Ángeles (USA): "Desarrollo y comportamiento reproductivo de los dinosaurios saurópodos. El yacimiento de Auca Mahuevo"

- Julio COMPANY, Universidad de Valencia (España): "Los dinosaurios del cretácico terminal de Valencia en el contexto paleogeográfico europeo"

- Fabio M. DALLA VECCHIA, Museo Paleontológico de Monfalcone (Italia): “European hadrosauroids”

- Martin LOCKLEY, University of Colorado at Denver, (U.S.A.): “Some Comparisons dinosaur-dominated footprint assemblages in North America and Europe”

- Octávio MATEUS, Universidade Nova de Lisboa (Portugal): "Ornithischian Dinosaurs from Portugal"

- Rafael ROYO, Fundación Conjunto Paleontológico de Teruel (España): "La evolución de los dinosaurios saurópodos en la Península Ibérica"

- José Luis SANZ, Universidad Autónoma de Madrid (España): "Historia conceptual del estudio de los dinosaurios" (título provisional)

- Un conferenciante por confirmar


COMUNICACIONES
Las personas que deseen presentar comunicaciones en las IV Jornadas deberán enviar un resumen a la Secretaría de las Jornadas, antes del 30 de julio de 2007 como última fecha. El texto tendrá una extensión máxima de 2 páginas en las que se pueden incluir imágenes (formato jpg, tiff, pdf), e incluirá una versión en español y otra en inglés. Las normas de publicación de los resúmenes se facilitarán a los interesados y se podrán consultar en www.fundaciondinosaurioscyl.com . Éstos serán analizados y, en su caso, admitidos por el Comité Científico de las Jornadas.

La lectura o exposición oral, durante el tiempo programado a tal efecto en las IV Jornadas, no sobrepasará los 10 minutos. Podrán tratar sobre los siguientes temas:

- Restos de huellas, huesos, huevos fósiles de dinosaurios.

- Flora del Mesozoico.

- Animales coetáneos de los dinosaurios, vertebrados e invertebrados.

- Ecosistemas del Mesozoico: desarrollo y crisis.

- Conservación y restauración de yacimientos y piezas fósiles.

- Investigaciones paleontológicas y aplicaciones didácticas.

- Gestión y puesta en valor del patrimonio paleontológico relacionado con el entorno de los dinosaurios.

Los autores enviarán su comunicación completa a la Secretaría de las Jornadas para su publicación en un libro de Actas, de acuerdo con los plazos de entrega y las normas de publicación que se comunicarán.


SECRETARÍA Y CORRESPONDENCIA
Colectivo Arqueológico y Paleontológico de Salas

Plaza de Jesús Aparicio, 9 - 09600 Salas de los Infantes (Burgos, España).

Tfno y fax: 947 39 70 01 (Museo de Dinosaurios de Salas)

947 39 7013 (Fundación para el Estudio de los Dinosaurios en Castilla y León)

Web: www.fundaciondinosaurioscyl.com
E-mail: secretaria@colectivosalas.com

sábado, março 24, 2007

Curso de Iniciação à Espeleologia


O CISED – Centro de Interpretação do Sistema Espeleológico do Dueça e o NEC -Núcleo de Espeleologia de Condeixa, organizam no Maciço de Sicó (nos dias 21, 22, 28 e 29 de Abril e 12, 13 e 19 de Maio) um Curso de Iniciação à Espeleologia.

Este curso, homologado pela Federação Portuguesa de Espeleologia com o Nível II, habilita o participante a progredir autonomamente em cavidades horizontais e verticais, possibilitando a sua participação em trabalhos espeleológicos quando integrado numa equipa.


CISED – Centro de Interpretação do Sistema Espeleológico do Dueça:

cised@cm-penela.pt
www.cm-penela.pt

Curso de Espeleo (Nível II) (PDF)

Expedição Geológica a Marrocos


A saída de campo a Marrocos, realizado sob égide do GEOUE (Núcleo de Geologia da Universidade de Évora) e pelo LIRIO (Laboratório de Investigação de Rochas Industriais e Ornamentais, da Universidade de Évora) e decorrerá de 28 de Abril a 3 de Maio de 2007.

A par das temáticas tradicionais em eventos desta natureza, a saída de campo em Marrocos mostrará a região de Imouzzer do Kandar no médio Atlas, perto de Fez.


Datas de Interesse:
Data limite para inscrição sem agravamento de preço - 15 de Abril de 2007.


Saída de Campo
A coordenação geral da saída de campo é do Prof. Dr. Rui Dias, Departamento de Geociências da Universidade de Évora / CGE, em conjunto com o GGET - Grupo de Geologia Estrutural e Tectónica da Sociedade Geológica de Portugal.



Preços de Inscrição:
  • Inscrição como Sócio do GEOUE - 150 €
  • Outros Participantes (Não Sócios) - 160 €

quinta-feira, março 22, 2007

Dia Mundial da Água


Neste dia tão especial é de sugerir a visita a dois sites:

Depois da visita, até porque foi ontem o Dia Mundial da Poesia, alguns poemas sobre a água, Miguel Torga, para recordar que se irá este ano comemorar o centenário deste grande poeta, seguido de poesia de António Gedeão intitulada Lição sobre a Água:


Súplica

Agora que o silêncio é um mar sem ondas,
E que nele posso navegar sem rumo,
Não respondas
Às urgentes perguntas
Que te fiz.
Deixa-me ser feliz
Assim,
Já tão longe de ti como de mim.

Perde-se a vida a desejá-la tanto.
Só soubemos sofrer, enquanto
O nosso amor
Durou.
Mas o tempo passou,
Há calmaria...
Não perturbes a paz que me foi dada.
Ouvir de novo a tua voz seria
Matar a sede com água salgada.


Mar

Mar!
E é um aberto poema que ressoa
No búzio do areal...
Ah, quem pudesse ouvi-lo sem mais versos!
Assim puro,
Assim azul,
Assim salgado...
Milagre horizontal
Universal,
Numa palavra só realizado.


Lição sobre a água

Este líquido é água.
Quando pura
é inodora, insípida e incolor.
Reduzida a vapor,
sob tensão e a alta temperatura,
move os êmbolos das máquinas que, por isso,
se denominam máquinas de vapor.

É um bom dissolvente.
Embora com excepções mas de um modo geral,
dissolve tudo bem, bases e sais.
Congela a zero graus centesimais
e ferve a 100, quando à pressão normal.

Foi neste líquido que numa noite cálida de Verão,
sob um luar gomoso e branco de camélia,
apareceu a boiar o cadáver de Ofélia
com um nenúfar na mão.

quarta-feira, março 21, 2007

Dia da Árvore e da Poesia

Recuperamos, do Blog Geopedrados, uma Poesia inédita de Pedro Luna, para celebrar os Dias Mundiais da Árvore e da Poesia:


Árvore


Antes que tua mão para mim se levante
pensa bem.

Fui eu quem te deu o berço
onde tua mãe te embalou...
Fui no meu corpo que gravaste (disseste ao Mundo) o teu amor
e escondi na minha sombra os teus primeiros beijos...

Fui eu que te dei teu leito,
onde tua mãe te gerou e te pariu...
Fui eu que te aqueci nas longas noites de Inverno
e te alimentei quando tinhas fome...

Foi em mim que fizeste o teu filho,
em noite mágica de amor…
E é em mim que descansas
das agruras desta vida e te recolhes, rendido ao cansaço.

E, quando partires,
minhas tábuas serão tua cama final...

Pensa bem,
antes que tua mão me abata.

Relógios de Sol


É lançado amanhã, 21 de Março, dia do equinócio da Primavera (quando o dia tem o mesmo tamanho que a noite), pelas 19 horas, portanto já depois do pôr-do-Sol, um dos mais belos livros deste ano de 2007. São seus autores o matemático e divulgador de ciência Nuno Crato (especialista em séries temporais), a matemática Susana Nápoles (que coordena um projecto sobre relógios solares) e Fernando Correia de Oliveira (um jornalista que se tem especializado em questões do tempo e da sua medição). Os Correios de Portugal, que nos têm proporcionados outros livros tão belos como este, são o editor. O lançamento é na Fundação Medeiros e Almeida, Rua Mouzinho da Silveira, nº 6, em Lisboa.

É sabido que o Sol comanda o nosso tempo. O dia tem a ver com a rotação da Terra em torno do seu eixo, que implica para nós o nascer e o pôr do Sol. E o ano tem a ver com a translação da Terra em torno do Sol (a definição original do segundo, a unidade de tempo fundamental, é mesmo uma fracção desse tempo).Durante muitos anos e na ausência de relógios mecânicos o homem regulou-se pelo Sol. Os gregos foram os autores do gnómon, o “ponteiro do sol”, que permite saber a hora solar pela posição de uma sombra. Os romanos introduziram os relógios de sol em Portugal no século II e só no século XIX, com a chegada cá da Revolução Industrial, é que esses instrumentos perderam a popularidade. Mas quase não há povoação em Portugal que não tenha um relógio de Sol, na torre de uma igreja ou mesmo numa casa particular. Em Coimbra há até um relógio de Sol gigante, no Portugal dos Pequeninos (funciona mal, mas a culpa não é seguramente do Sol, mas sim da posição do ponteiro!).

Os autores correram o país de lés-a-lés à procura desses relógios e o seu livro mostra alguns - mais de 700 - dos mais interessantes instrumentos gnomónicos. As fotografias exibem uma mistura única de ciência, técnica e arte. Era um rico património nacional que estava semi-esquecido... Os autores ficarão contentes se os leitores lhes indicarem relógios de sol desconhecidos, preferencialmente por via da Sociedade Portuguesa de Matemática (www.spm.pt), que desenvolverá, para o efeito, o Projecto Relógios de Sol. Mas, para isso, os leitores têm de ver no livro que acaba de sair e que se encontra em qualquer estação dos correios se os relógios de sol seus conhecidos lá estão.


Texto do Doutor Carlos Fiolhais, retirado do Blog De Rerum Natura

terça-feira, março 20, 2007

Escolas S/M

Post retirado do Blogue Dino_Geologico (da colega Ana Rola...).

Foto geológica no Público


Turistas passeiam-se pela Calçada Gigante de basalto na costa nordeste da Irlanda do Norte. Esta zona de reserva natural, formada por 40 mil colunas de basalto esculpidas a partir de uma actividade vulcânica que ocorreu há entre 50 e 60 milhões, foi declarada Património Mundial pela UNESCO em 1986.

Foto: Victor Fraile/Reuters

in Público, 20.03.207

Bate que é professor...


Quando um tema chega aos humoristas é, geralmente, porque não tem piada nenhuma. É o caso da violência de que têm sido vítimas alguns professores portugueses, que foi glosada por Ricardo Araújo Pereira numa crónica na "Visão" com o título "Escolas S+M" (escolas Sade e Masoch). E os "gatos fedorentos" já propuseram sarcasticamente que se contratassem ciganos para professores.

O mesmo tema foi tratado mais a sério pelo escritor MMnuel António Pina na sua coluna do "Jornal de Notícias", cujo título também chamava a atenção: "Já espancou um professor hoje?" O meu título de cima, escolhido com a mesma intenção, significa que estou tão indignado como ele. Tal como o psiquiatra Daniel Sampaio, autor na última "Pública" da crónica "Afinal quem manda lá em casa", está indignado com a violência juvenil dentro de casa.

Afinal quem manda na escola? Os professores portugueses cada vez menos. Eles têm sido bastante maltratados. Não é apenas a violência física, por parte de alunos ou dos seus pais, mas também a violência, mais subtil, que consiste na progressiva retirada do poder que detinham. As duas poderão até estar relacionadas.

Em primeiro lugar, o poder tem sido retirado aos professores pelas pseudopedagogias não directivas que têm presidido à educação nacional. Na linguagem rebuscada que entre nós ficou conhecida por "eduquês", essas correntes falam de "ensino centrado no aluno". Tal ideia não é nossa e está longe de ser inovadora, pois a "escola nova" é bastante velha: já o pedagogo suíço Édouard Claparède escrevia nos anos 30 do século passado que "a concepção funcional da educação e do ensino consiste em tomar a criança como o centro dos programas e dos métodos escolares". E não tem dado bons resultados, porque é uma ideia absurda. Faz parte da essência da escola - a instituição que a sociedade inventou há séculos para preparar as crianças e os jovens para a vida - que os professores ensinem e que os alunos aprendam. O professor sempre foi o centro da escola no sentido em que ele é que ensinava - um verbo agora proibido -, ao passo que os alunos aprendiam - um verbo agora pouco praticado. O aparecimento da "escola para todos" em finais do século XIX (que em Portugal demorou muito a chegar e que, infelizmente, ainda demora, com a tragédia do abandono escolar) colocou o professor ainda mais no centro da escola. A expressão "ensino centrado no aluno" ficou completamente excêntrica, até porque a sala de aula não pode ter numerosos centros.

Mas há uma outra forma de retirar poder aos professores, que, ao contrário da pedagogia que fala "eduquês", é uma invenção nacional recente. Trata-se da ideia perigosa de que os pais dos alunos devem avaliar os professores. Quando ela foi desmentida, já se tinha espalhado... Aqui o conceito é mesmo novo, pois não tem antecedentes na história da educação, nem há nada parecido noutros sistemas de ensino. O ensino, em vez de ser centrado no aluno, passaria a ser centrado nos pais do aluno. Claro que a ideia não iria dar bons resultados, porque também é absurda. A escola é a instituição na qual a sociedade e as famílias decidiram delegar parte da sua autoridade na educação das crianças e dos jovens. É bom que a escolham. mas têm de confiar na escola, o que significa em primeira linha confiar nos professores. Os pais não têm a capacidade nem a independência para julgar os professores. A ameaça da avaliação dos professores pelos pais não passa de uma forma de populismo que, apesar de instrumentalmente útil na luta do poder político contra os sindicatos, pode ter graves consequências a prazo. Com as agressões de pais a professores, essas consequências podem estar à vista...

Curiosamente, os sindicatos dos professores têm estado irmanados com o sistema educativo vigente há décadas, ao falarem "eduquês" e ao defenderem a centralidade do aluno. Já que os sindicatos o não fazem, não haverá ninguém que defenda os professores?


Texto do Doutor Carlos Fiolhais, retirado do Blog De Rerum Natura (publicado inicialmente no Público de 16.03.2007)

Professor Coordenador de Educação para a Saúde

Os agrupamentos e as escolas com projectos na área da Educação para a Saúde deverão designar um professor do 2.º ou do 3.º ciclo para exercer as funções de coordenador da Educação para a Saúde.

Esta é uma das novas linhas orientadoras estabelecida pelo Ministério da Educação, que pretende, desta forma, proporcionar ao docente coordenador da Educação para a Saúde as condições necessárias para o desempenho das suas funções.

De acordo com estas linhas orientadoras, cabe ao conselho executivo designar o professor coordenador da Educação para a Saúde, tendo em conta a sua formação e a sua experiência nesta área.

A direcção executiva poderá conceder ao professor coordenador designado para as funções um crédito de três horas de redução da componente lectiva, desde que, no decorrer do presente ano lectivo, tal não implique mudanças de professores nem pressuponha a contratação de novos docentes.

Ainda segundo estas linhas orientadoras, as acções de formação realizadas pelos professores que dinamizam projectos no âmbito da Educação para a Saúde deverão ser consideradas como efectuadas na área correspondente ao grupo de recrutamento dos docentes envolvidos.

Para mais informações:

  • Despacho n.º 2506/2007 - Adopção de medidas que visam a promoção da saúde da população escolar - nomeação em cada Agrupamento/Escola do Coordenador de Educação para a Saúde [PDF]


  • Notícia retirada do site do Ministério da Educação - mais informação aqui

    Plano de Ordenamento do PNSAC

    Plano de Ordenamento do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros - Discussão Pública

    O Instituto da Conservação da Natureza, em cumprimento do preceituado no n.º 3 do Artigo 48º do Decreto-Lei n.º 380/99, de 22 de Setembro, com a alteração introduzida pelo Decreto-Lei n.º 310/ 2003 de 10 de Dezembro, faz saber que o período de Discussão Pública do Plano de Ordenamento do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros decorrerá entre 20 de Março e 03 de Maio de 2007.

    Os interessados podem, durante o período de Discussão Pública, apresentar as observações e sugestões que julgarem pertinentes acerca da proposta de Plano de Ordenamento do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, por escrito e durante as horas normais de expediente, nos locais referido no Aviso 3787/2007, de 28 de Fevereiro, da 2ª Série do Diário da Republica.

    Durante o período da discussão pública realizar-se-ão sete sessões públicas de esclarecimento nas seguintes datas:
    • 20 de Março - 18.00 horas - Sede do Parque Natural das Serras de Aire e Candeeiros, Rio Maior
    • 22 de Março - 18.00 horas - Monumento Natural das Pegadas de Dinossáurios da Serra de Aire, Ourém
    • 26 de Março - 18.00 horas - ECOTECA das Serras de Aire e Candeeiros, Porto de Mós
    • 02 de Abril - 18.00 horas - Centro de Interpretação dos Olhos de Água do Alviela, Alcanena
    • 12 de Abril - 18.00 horas - Sala de Sessões da Câmara Municipal de Torres Novas, Torres Novas
    • 16 de Abril - 18.00 horas - Auditório da Casa do Brasil, Santarém
    • 23 de Abril - 18.00 horas - Auditório da Biblioteca Municipal de Alcobaça, Alcobaça

    Mais informação no Portal do ICN

    Exposição de Dinossáurios no Entroncamento

    Do Blog Lusodinos publicamos o seguinte post, de autoria de

    O Museu da Lourinhã e a Câmara Municipal do Entroncamento têm patente, desde hoje, dia 10 de Março de 2007, a exposição “No Tempo d…Os Dinossauros” no Centro Cultural do Entroncamento.

    Nesta exposição de dinossauros o visitante pode observar réplicas do crânio de do dinossauro herbívoro Triceratops, um esqueleto do dinossauro carnívoro Deinonychus, crânio do novo dinossauro anão Europasaurus, um modelo do herbívoro de espinhos Dacentrurus, entre outros itens paleontológicos.

    A exposição pode ser visitada nos dias úteis entre as 15h30m e as 17h30m ou aos fim-de-semanas das 15h às 18h, até dia 25 de Março. Abrirá ainda em horário de expediente para as Escolas, mediante marcação prévia. A entrada é gratuita.
    Ao trazer à cidade esta exposição itinerante do Museu da Lourinhã, a Autarquia procura proporcionar a divulgação da ciência e dos dinossauros, dentro de portas, mantendo a proposta do projecto DEVIR, na dinamização do Centro Cultural. Por outro lado, faz parte da estratégia de divulgação da paleontologia pelo Museu da Lourinhã.

    Mais informações:
    www.cm-entroncamento.pt/
    http://www.museulourinha.org/
    http://omateus.googlepages.com/entroncamento

    domingo, março 18, 2007

    Já se pode construir em áreas ardidas

    É com profunda mágoa e muita preocupação que citamos esta notícia do Correio da Manhã. E ainda dizem que o Engenheiro Sócrates foi Ministro do Ambiente...


    Floresta: Produtores e ambientalistas preocupados
    Já se pode construir em áreas ardidas

    2007-03-18 - Raquel Oliveira


    O Governo alterou a lei que impunha a proibição de construir, num prazo de dez anos, em áreas florestais atingidas por incêndios. A partir de agora vai ser possível construir alegando interesse público ou empreendimentos com relevante interesse geral. Proprietários florestais e ambientalistas estão preocupados.

    O Decreto-lei n.º 55/2007, publicado em Diário da República no passado dia 12, veio criar excepções à restrição de construção em povoamentos florestais, permitindo projectos de “interesse público” ou “empreendimentos com relevante interesse geral”. Um reconhecimento que pode ser pedido, e concedido, a qualquer momento através de um despacho conjunto dos governantes do Ambiente, da Agricultura e eventualmente do membro do Governo envolvido no projecto.

    O pedido de reconhecimento é entregue no Ministério do Ambiente e implica um documento comprovativo de que os interessados são alheios ao incêndio “emitido pelo responsável máximo do posto da GNR da área territorialmente competente”.

    Uma “exigência estranha”, de acordo com vários especialistas ouvidos pelo Correio da Manhã, uma vez que quem tem competência para investigar fogos postos é a Polícia Judiciária. Por isso, a GNR nem sequer tem preparação técnica para concluir sobre a origem criminosa de um fogo.

    Por outro lado, alertam os especialistas, trata-se de um reconhecimento de interesse que não implica a realização de “qualquer estudo ambiental mas apenas a declaração de uma autoridade, a GNR”.

    Questionado pelo CM quanto às razões desta alteração, o Ministério do Ambiente deu uma resposta lacónica, sugerindo que a antiga lei dificultava alguns projectos, nomeadamente os Centros Integrados de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos (CIRVER). De acordo com o Ministério do Ambiente, os CIRVER, por exemplo, só poderiam arrancar em 2013, apesar de serem “peças fundamentais para a política de resíduos industriais perigosos”.

    No entanto, a associação ambientalista Quercus manifesta-se “preocupada” com estas alterações, vendo nelas uma forma de “abrir excepções para contornar a lei”, explicou ao CM Domingos Patacho.

    Aparentemente, trata-se de uma lei feita “para favorecer alguns empreendimentos”.

    Também a Federação dos Produtores Florestais de Portugal manifestou preocupação com a redacção deste decreto-lei, temendo a “delapidação da floresta nacional”. “Preocupa-nos que um assunto tão sério seja tratado de forma tão leviana, com esta ligeireza”, afirmou o secretário-geral da federação, Ricardo Machado.

    Esta iniciativa “contraria o que o Governo tem dito acerca da prioridade dada à floresta”, concluiu aquele dirigente.

    INVESTIGAÇÃO PROLONGADA

    A investigação de um fogo posto na floresta pode demorar uma semana, meses e mesmo vários anos, nomeadamente nos casos em que não forem identificados quaisquer suspeitos. A primeira intervenção na investigação de um fogo é frequentemente realizada pelas brigadas especializadas da GNR. É feita a recolha da prova, isto é, verifica-se onde começou o fogo, o que lhe deu origem, etc. Mas mal surja a desconfiança de que se poderá tratar de fogo posto entram em campo os agentes da Polícia Judiciária. São eles que têm, actualmente, a competência para investigar estes crimes. Caso estejam reunidas as condições necessárias, os suspeitos seguem para julgamento.

    FOGO POSTO AUMENTOU EM 2005

    Os últimos dados disponíveis relativamente a incêndios de origem criminosa do Ministério da Administração Interna dizem respeito a 2005 e revelaram que o fogo posto na floresta, mata, arvoredo ou seara aumentou 42,2 por cento face a 2004. De resto, também aumentou no que se refere a incêndios em edifícios, que cresceu 10,8 por cento, de acordo com o Relatório Anual de Segurança Interna.

    Já no que diz respeito aos incêndios em geral, os dados mais recentes já cobrem o ano de 2006 e revelam que o número de ocorrências foi bastante inferior, quando comparado com o valor médio apurado para o período 2001/2005.

    Também a área ardida apresentou um decréscimo bastante significativo face à média dos últimos cinco anos, segundo a Direcção-Geral de Recursos Florestais.

    CRONOLOGIA

    CAVACO

    O primeiro decreto lei a limitar a construção durante um período de dez anos nas áreas atingidas por fogos florestais foi publicada em 1990. Na sua redacção, o Governo liderado por Cavaco Silva admitia que “as motivações subjacentes a alguns desses incêndios podem ter por finalidade a destruição das manchas florestais, com vista à posterior ocupação dos solos para outros fins, designadamente urbanísticos e de construção”.

    GUTERRES

    Nove anos depois, ou seja, em Fevereiro de 1999, já com António Guterres como primeiro-ministro, persistiam “boas razões para manter medidas cautelares neste domínio, com actualização e reforço das que têm vigorado”. Nesse sentido, foram esclarecidos alguns pontos mas no essencial as restrições mantiveram-se, nomeadamente porque a grande maioria dos municípios já “dispõe de planos directores municipais”.

    EVOLUÇÃO DOS INCÊNDIOS FLORESTAIS

    2001: 6041 (incêndios florestais) / 24 036 (total de ocorrências) / 43 312 ha (área ardida povoamentos) / 107 057 ha (total área ardida)

    2002: 6484 (incêndios florestais) / 26 414 (total de ocorrências) / 65 136 ha (área ardida povoamentos) / 124 365 ha (total área ardida)

    2003: 5290 (incêndios florestais) / 26 059 (total de ocorrências) / 286 030 ha (área ardida povoamentos) / 425 658 ha (total área ardida)

    2004: 4805 (incêndios florestais) / 20 884 (total de ocorrências) / 56 050 ha (área ardida povoamentos) / 128 937 ha (total área ardida)

    2005: 8098 (incêndios florestais) / 35 1995 (total de ocorrências) / 213 345 ha (área ardida povoamentos) / 337 766 ha (total área ardida)

    2006: 3410 (incêndios florestais) / 21 681 (total de ocorrências) / 36 521 ha (área ardida povoamentos) / 75 052 ha (total área ardida)

    Média 2001-05: 6144 (incêndios florestais) / 26 518 (total de ocorrências) / 132 775 ha (área ardida povoamentos) / 224 756 ha (total área ardida)

    sexta-feira, março 16, 2007

    Pia do Urso - vídeo

    Pia do Urso - XII




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    Pia do Urso - XI




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    Pia do Urso - X




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    Pia do Urso - IX




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