GeoLeiria

Este Blog pretende ser o ponto de encontro e debate dos Geólogos em/de Leiria e de todos aqueles que gostam desta ciência ou de Biologia, Geografia, Ambiente e Astronomia, entre outras. Criado no âmbito do Projecto Ciência Viva VI "À descoberta da Geologia em Leiria", com membros nas Escolas Correia Mateus e Rodrigues Lobo, Núcleo de Espeleologia de Leiria e Centro de Formação de Leiria, neste local serão colocadas novidades locais, nacionais e internacionais, actividades de Escolas e outros.

quinta-feira, janeiro 31, 2008

Geoblogosfera II

Republicamos um post anterior, agora com mais alguns Blogues portugueses sobre Geologia por nós sugeridos:



Do site do Departamento de Geologia (da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa) publicamos a seguinte notícia:

Geoblogosfera
Geo sites da semana: Blogues nacionais dedicados à Geologia e às Ciências Naturais em geral.

Blogosfera é o termo que designa o espaço virtual que engloba todos os “weblogs” ou simplesmente, blogs (ou blogues) existentes na Internet.

Segundo a Wikipedia, o neologismo "blogosfera" foi criado 1999 por Brad Graham em jeito de brincadeira. Foi retomado em 2002 por William Quick e, depois disso, rapidamente foi adoptado por todos os que mantém “weblogs” ou, simplesmente, blogs (blogues).

Há blogues sobre tudo e mais alguma coisa. Há blogues de todos os tamanhos e feitios: de blogues que são de simples diários electrónicos pessoais a blogues de intervensão política, passando por blogues temáticos sobre literatura, diários de guerras em curso (warblogs), hobbies pessoais, etc., etc. Há blogs nas mais variadas línguas. Em português também, claro.

A Geologia, a Paleontologia e as Ciências Naturais, em geral, não escaparam à blogosfera e são muitos os blogs que abordam temas destas áreas do conhecimento.
Eis alguns geoblogues (e afins) nacionais interessantes:

Ciência ao Natural
(Blog convidado do Público)

De Rerum Mundi / Sobre a Natureza das Coisas

Terra que gira

Geopedrados

Histórias da Geologia

Pedras Soltas

Dino_geológico

Geocrusoe

Geodiversidade

GeoLeiria

Profundezas


Websites referenciados no “Geo Site da Semana”:

08/07 - Mantle Plumes: Plumas Matélicas

07/07 - Pedreira do Galinha: Pegadas de dinossáurios

06/07 - Tsunami Research Centre

05/07 - Ornabase: Rochas ornamentais portuguesas

04/07 - Discovering Dinosaurs

03/07 - Earthquake Hazards Program

02/07 - Understanding Evolution

01/07 - Earth Science World - Image Bank


Convite à participação no “Geo Site da semana”!

Conheces outros websites geológicos interessantes, úteis? Queres partilhar esses sites connosco?
Envia-nos o seu endereço electrónico para: geologovirtual@fc.ul.pt. Obrigado!

quarta-feira, janeiro 30, 2008

Carta de uma Professora

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Chegou-nos, de diversas vias, a seguinte carta que uma professora mandou para diversos jornalistas e instituições, sobre Avaliação de Professores, ME e a qualidade de Ensino...

Boas! Deixo aqui a carta, que pretendo seja bastante esclarecedora, que enviei para vários figuras do meio cultural, político, jornalístico do país. Não me conformo em não fazer nada… isto é muito pouco, nada, atendendo à arrogância da senhora ministra, mas pelo menos, deito-me mais tranquila!
Enviei para o director do Expresso, J.N., Público, para a Inês Pedrosa (para ver se ela abre osolhos e não diz mais asneiras acerca dos prof's), para o Pacheco Pereira, para o António Barreto, para o Marcelo, para um jornalista do Sol que um dia me contactou, para o Presidente da República… ainda procuro o mail do Manuel Alegre (que a ele ninguém o cala) e do Sousa Tavares (com o mesmo objectivo da Pedrosa).

Se pensares em mais alguém, avisa. Nunca será demais.

Fátima


Boa noite,

Peço-lhe, por favor, dedique uns minutos à leitura desta missiva, já que é imperioso alertar o país para o estado calamitoso para o qual resvala, irremediavelmente, a Educação em Portugal, caso não se faça nada em contrário. Sou professora e não alimento nem a ilusão nem a pretensão de conseguir mudar muito. Mas V. Excia tem os meios para promover essa mudança.

Vai-me permitir a brutalidade do discurso, mas a situação é gravíssima, muito mais do que transparece tibiamente para o exterior, e este governo incompetente, cínico e prepotente vai conseguir destruir, não apenas o presente, mas, mais gravosamente, o futuro. E não, não estou a ser dramática. Antes estivesse.

1º ponto - Avaliação do desempenho dos professores.

Deve ficar bem claro que os professores querem ser avaliados! Cansados estamos todos de sermos enxovalhados em praça pública, porque nada no sistema distingue os maus profissionais dos bons! Não queremos é esta avaliação. E não é por capricho. É por ser abusiva, quase que surreal, de tão distante que está do conhecimento objectivo da realidade escolar. É despótica e brutal em todos os âmbitos, desde a planificação à implementação… chegando, neste caso, a ser perigosa. A incompetência e falta de lisura dos senhores que comandam o Ministério da Educação são gritantes e raia o patético. Não só insultam os professores, mas insultam (e é bom que todos se consciencializem disso) todos os portugueses, sempre que tentam passar a imagem de competência e profissionalismo.

Passemos aos factos, que poderá constatar com toda a facilidade (e nem os mencionarei todos, por serem tantos).

É pedido, digo, exigido, às escolas que, num prazo de 20 dias, a contar da data de publicação do Decreto Regulamentar nº 2/2008, de 10 de Janeiro seja implementado o processo de avaliação dos professores com base em documentos, despachos, grelhas, recomendações que, decorridos quinze dias sobre aquele prazo, não foram tornados públicos:

· Faltam as recomendações do Conselho Científico (”os avaliadores procedem, em cada ano escolar, à recolha, através de instrumentos de registo normalizados, de toda a informação que for considerada relevante para efeitos da avaliação do desempenho. Os instrumentos de registo referidos no número anterior são elaborados e aprovados pelo conselho pedagógico dos agrupamentos de escolas ou escolas não agrupadas tendo em conta as recomendações que forem formuladas pelo conselho científico para a avaliação de professores.” - artigo 6º, ponto 1 e 2);

· sem aquelas recomendações, o Conselho Pedagógico não pode elaborar e aprovar os tais “instrumentos de registo”, nem se pode proceder à observação de aulas (artigo 17º);

· o regime da “observação de aulas” raia o absurdo, não porque os professores vejam inconveniente em serem observados (são-no, todos os dias), mas pela violência que representa para o avaliador. Invocando um Decreto Lei que, expressamente, referia que a redução dos departamentos para quatro apenas teria efeitos no concurso para titular (200/2007), o Ministério agora exige o que não é apontado neste despacho 2/2008: a reorganização dos departamentos naqueles quatro, instalando mais confusão num processo já de si tão escabroso e provocando a aglomeração grande número de docentes em cada um desses quatro departamentos. O meu, e do qual fui eleita coordenadora, entenda-se também, “avaliadora” (Departamento de Línguas), tem 31 professores. O das Ciências, por exemplo, tem quarenta e muitos professores. Como é possível que uma pessoa consiga assistir a três aulas por ano lectivo (neste ano, generosamente, apenas serão duas) de 30 professores? Além disso, como é possível acompanhar as planificações das aulas, diárias, desses trinta professores, reunir com cada um, definir objectivos, estratégias e instrumentos? Tudo isto mantendo um horário completo (sim, porque os avaliadores não têm redução alguma da sua componente lectiva, nem tão pouco qualquer alteração no seu salário, nem direito a horas extraordinárias), tendo o dever maior de cumprir com as suas turmas (que, para mim, é o realmente importante! Eu sinto-me responsável pelas minhas cinco turmas do 11º ano!), ao que acresce todo o trabalho burocrático e administrativo do Conselho Pedagógico, onde tenho assento e… as minhas próprias planificações! Sim, porque eu também serei avaliada, duplamente, como professora e como avaliadora! Poderei vir a tornar-me uma competentíssima avaliadora, mas, certamente, me tornarei numa pior professora. E isso é o que mais me angustia, porque eu gosto de dar aulas!

· é certo que no artigo 12º é apontada a possibilidade do coordenador “delegar as suas competências de avaliador noutros professores titulares, em termos a definir por despacho do membro do Governo responsável pela área da educação.”. Está bom de ver que… falta esse despacho.

· O que falta, por parte do Ministério, não se fica por aqui: falta o despacho que aprova as fichas de avaliação (artigo 35º), como falta o despacho relativo às ponderações dos parâmetros de avaliação (nº 2, artigo 20º), como falta o despacho conjunto de estabelecimento de quotas previsto no nº 4 do artigo 21º, como falta a portaria que define os parâmetros classificativos a realizar pela inspecção (nº 4 do artigo 29º), como falta o diploma que rege a avaliação dos membros dos conselhos executivos que não exercem funções lectivas (nº1 do artigo 31º).

· no artigo 8º pode ler-se: 1 — A avaliação do desempenho tem por referência: a) Os objectivos e metas fixados no projecto educativo e no plano anual de actividades para o agrupamento de escolas ou escola não agrupada; b) Os indicadores de medida previamente estabelecidos pelo agrupamento de escolas ou escola não agrupada, nomeadamente quanto ao progresso dos resultados escolares esperados para os alunos e a redução das taxas de abandono escolar tendo em conta o contexto socio-educativo.2 — Pode ainda o agrupamento de escolas ou escola não agrupada, por decisão fixada no respectivo regulamento interno, estabelecer que a avaliação de desempenho tenha também por referência os objectivos fixados no projecto curricular de turma.

Nada disto existia antes de 10 de Janeiro e não se altera o Regulamento Interno de uma Escola nem o seu Projecto Educativo, documentos estruturantes que envolvem a participação de todas a comunidade escolar (pais, professores, funcionários, alunos, autarquia) em 20 dias! A menos que se faça com a mesma rapidez, consistência e respeito pelos envolvidos com que o Ministério da Educação despacha leis.

2º ponto - Postura do Ministério da Educação

Creio que os aspectos já apontados seriam suficientes para traçar o negro perfil dos órgãos responsáveis pela área de educação, mas este Governo colocou a fasquia bem alta, daí que tenhamos notícia de algumas pérolas de… escapam-me já as classificações…. e que passo a enunciar (pelo menos, as que eu conheço pelos meios de comunicação social:

· Há dois dias atrás, a Sra Ministra respondeu aos jornalistas, a propósito do, chamemos-lhe, mal-estar manifestado pelas escolas, com a candura que caracteriza o seu discurso, que estavam reunidas todas as condições para se proceder à avaliação do desempenho e que o Ministério daria todo o apoio necessário (não encontrei a citação exacta).

No dia seguinte, é comunicado, através do site do DGRHE (http://www.dgrhe.min-edu.pt/), que “a contagem dos prazos definidos no artigo 24º do Decreto Regulamentar 2/2008 iniciar-se-á na data da divulgação na internet das recomendações do Conselho Científico para a Avaliação de Professores”. Então, não estava tudo a decorrer com normalidade? Até se perdoaria este “lapso” não estivesse o documento eivado de muitas outras arbitrariedades!

· As cerejas no topo do bolo, porque são duas, chegaram hoje com as afirmações do Sr. Secretário de Estado Adjunto e da Educação, Jorge Pedreira: «Os conselhos pedagógicos podem produzir os seus instrumentos sem essas recomendações. Não é obrigatório que as recomendações existam. O decreto regulamentar diz tendo em conta as recomendações que forem formuladas. Se não forem formuladas…»,

(http://sol.sapo.pt/PaginaInicial/Sociedade/Interior.aspx?content_id=77274)

Creio que nem será necessário comentar uma declaração deste tipo… diz na lei, mas se não aparecerem as recomendações…

Extrapolando: aqueles despachos em falta… se não aparecerem… as escolas improvisarão, que já vão tendo prática disso.

· A outra cereja prende-se com o tal “Conselho Científico”. Aliás, está prevista para hoje a apresentação das famigeradas “recomendações”. O grotesco desta aparente prova de competência está bem expressa em mais uma afirmação do Sr. Secretário de Estado Adjunto e da Educação, que refere que, estando “em funções há vários meses”, a presidente do Conselho Científico, esta elaborará as recomendações!

(http://dn.sapo.pt/2008/01/25/sociedade/ministerio_improvisa_solucoes_para_r.html)

Se isto não é um insulto a tudo o que são os princípios de um estado democrático, já não sei mais o que pensar!

Ora, lê-se no documento aprovado em Conselho de Ministros que regulamenta o Conselho Científico que “Este órgão consultivo será constituído por um presidente, cinco professores titulares em exercício efectivo de funções na educação pré-escolar ou nos ensinos básico e secundário, cinco individualidades em representação das associações pedagógicas e científicas de professores, sete individualidades de reconhecido mérito no domínio da educação e por três representantes do Conselho de Escolas (http://www.min-edu.pt/np3/1459.html).

. Por fim, o próprio Conselho Nacional de Escolas, criado para trabalhar em conjunto com o Ministério da Educação, levando para a mesa de trabalho a experiência de quem lida directamente com as escolas e seu funcionamento prático, tem feito várias recomendações às quais o Ministério não dá ouvidos

(http://jn.sapo.pt/2008/01/25/nacional/conselho_escolas_quer_adiar_avaliaca.html).

O que prova que este Conselho foi criado, apenas, para o Ministério poder invocar uma relação de lisura com as escolas que não acontece de todo. Em anexo, colocarei as propostas apresentadas por este Conselho.

3º e último ponto - Qualidade de ensino

Este é, a meu ver, o aspecto mais terrível desta arquitectura que o Ministério montou. Custa-me, na verdade, acreditar que pessoas de bem ajam com tanta leviandade e desprezo pelo futuro do país e é esta a razão da premência do meu apelo:

- esta torrente de grelhas, recomendações, parâmetros, planificações diárias, instrumentos, registos e afins esgotarão os professores num trabalho inglório e improdutivo, pois não estarão a trabalhar para os alunos, mas para a sua avaliação;

- o mais grave, ainda, gravíssimo! A subordinação da avaliação do desempenho dos professores e a sua progressão na carreira ao sucesso dos alunos (artigo 16º):

5 — Para o efeito da parte final do número anterior o docente apresenta, na ficha de auto -avaliação, os seguintes elementos:

a) Resultados do progresso de cada um dos seus alunos nos anos lectivos em avaliação:

i) Por ano, quando se trate da educação pré -escolar e do 1.º ciclo do ensino básico;

ii) Por disciplina, quando se trate dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do ensino secundário;

b) A evolução dos resultados dos seus alunos face à evolução média dos resultados:

i) Dos alunos daquele ano de escolaridade ou daquela disciplina naquele agrupamento de escolas ou escola não agrupada;

ii) Dos mesmos alunos no conjunto das outras disciplinas da turma no caso de alunos dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do ensino secundário;

c) Resultados dos seus alunos nas provas de avaliação externa, tendo presente a diferença entre as classificações internas e externas.

Tenho a certeza que reconhece de imediato o perigo que isto constitui… nada mais fácil para um professor que “produzir” sucesso. Aliás, estou convicta de que é essa a intenção deste Governo, para assim poder ostentar, com orgulho, as grelhas e os números e o inquestionável sucesso destas medidas… porque os números estão acima de qualquer dúvida!

E, na verdade, tudo estará podre, sob essa capa de êxito. O sistema público de ensino passará a ser um faz-de-conta, um recinto para entreter os jovens… aqueles que não puderem pagar uma escola privada, que lhes garantirá um ensino exigente.

E não olhe com esperança para a alínea c!… a avaliação externa só existe em algumas disciplinas e em alguns níveis de ensino. Como vê… mais um factor de desigualdade entre professores: uns nunca passarão por essa bitola e serão, com toda a certeza, professores de sucesso! E já nem falo do que é subordinar a qualidade do desempenho de um professor à heterogeneidade das turmas que encontra (ambiente familiar e social, motivações pessoais, capacidades cognitivas, enfim, muitos dados em jogo). Eu já tive boas, menos boas e más turmas: será que a minha competência varia tanto?

Peço perdão pela extensão desta carta, mas o problema é por demais sério e, infelizmente, as arbitrariedades são tantas que não as consegui reduzir a menos.

Creia-me, preocupada, mas esperançosa, no poder que a comunicação social exerce sobre a opinião pública. Neste momento, o problema não é só dos professores, é do país inteiro. É uma cidadã, professora e mãe que lhe escreve.

Com elevada estima,

Fátima Inácio Gomes

Professora de Português do Quadro da Escola Secundária de Barcelos
Coordenadora do Departamento de Humanidades
Coordenadora do Departamento de Línguas (de acordo com o decreto 200/2007)

Do Grão ao Planeta - Ciclo de Conferências

Decorre em Lisboa um ciclo de conferências para o grande público, a realizar durante o primeiro semestre de 2008 na Galeria Matos Ferreira, no Bairro Alto, Lisboa.

Coordenado por Teresa Azevêdo, e realizada na Galeria Matos Ferreira com o patrocínio do Departamento de Geologia, o ciclo de palestras "Do Grão ao Planeta" resulta do sucesso que obteve em 2006/2007 integrado nas "Quintas da Ciência" da Biblioteca-Museu República e Resistência.

Ainda que a própria Geologia - ciência essencialmente holística - possa conter algumas subdivisões de carácter meramente operativo, como sejam os grupos de Petrologia e Geoquímica, Estratigrafia, Sedimentologia e Paleontologia, etc., as perspectivas com que todas estas especialidades podem ser abordadas é quase infinita.

Esta infinidade de abordagens deve-se, entre outras razões, ao facto dos materiais geológicos poderem ser estudados a diferentes escalas, desde a atómica à planetária, através de equipamento tão sofisticado como o microscópio de força atómica ou o espectrómetro de Mössbauer, à observação do afloramento, no campo, ou nos fundos oceânicos.

O ciclo corrente mostrará alguns dos métodos que o geólogo utiliza para estudar a Terra, o Mar e o Espaço.

Espera-se que, após este ciclo de conferências, os presentes possam tornar-se mais conscientes e conhecedores da maravilhosa casa em que habitamos e que todos os dias pisamos e deterioramos sem nos preocuparmos com as suas consequências.

Ciclo de Palestras de Geologia
“DO GRÃO AO PLANETA”
2007-2008

na Galeria Matos Ferreira
Rua Luz Soriano, 14 e 18, Bairro Alto, 1200-247 Lisboa

Programa para 2008
(as palestras realizam-se às quintas-feiras, pelas 21h30)


Mário Cachão
-Fósseis em vulcões: Porto Santo (Madeira) (17/01)

Carlos Marques da Silva
-Gravado na Pedra: Registo Fóssil e Evolução (24/01)

Fernando Barriga
-Lamas em Albufeiras: de problema a recurso (31/01)

Teresa Azevêdo
-A memória dos grãos de quartzo: o passado num grão de areia (07/02)

Nuno Pimentel
-Em busca do Petróleo escondido (14/02)

Mário Cachão
-Fósseis em vulcões: Santa Maria: Açores (21/02)

Catarina Silva
-As viagens da água no interior do planeta (28/02)

Maria do Rosário Carvalho
-Hidrotermalismo. Águas que curam? (06/03)

Conceição Freitas
-Areias: todas iguais, todas diferentes (13/03)

César Freire de Andrade
-Do que se alimentam as praias. Grão a grão... (27/03)

Rui Taborda
-Erosão costeira em Portugal: passado, presente e futuro(03/04)

Fernando Louro Alves
-Compreender a vegetação da paisagem que nos rodeia (10/04)

Mário Abel Gonçalves
-Os metais no ambiente superficial da Terra (17/04)

Teresa Azevêdo
-Geodiversidade e Geoturismo no Vale Tejo (24/04)

Fernando Marques
-Instabilidades de vertentes: perigos e prevenção (08/05)

Fernando Louro Alves
-Turismo ambiental – estratégia para o desenvolvimento sustentável (15/05)

Isabel Costa
-Geologia na Arte e na Arquitectura (22/05)

Fernando Barriga
- Intraterrestres e extraterrestres (29/05) (a confirmar)


Fonte - GeoFCUL

Bolsa de palestras do GeoFCUL


O Departamento de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa - GeoFCUL - criou uma bolsa de palestras de divulgação científica especialmente concebidas para os Ensinos Básico e Secundário.

Respondendo ao desafio lançado por vários docentes dos Ensinos Básico e Secundário, o Departamento de Geologia da FCUL passa, a partir de 2008, a disponibilizar a todas as escolas interessadas uma Bolsa de Palestras sobre temas das Ciências da Terra especialmente concebidas para o público jovem do ensino pré-universitário.

Pretende-se, a partir do ano de 2008, Ano Internacional do Planeta Terra, contribuir activamente para a divulgação e a promoção da Geologia junto da população estudantil do Básico e do Secundário, bem como estimular a consciencialização da importância das Geociências no século XXI.

Esta iniciativa insere-se no âmbito da comemorações do AIPT 2008 no GeoFCUL.


Como usufruir da "Bolsa de Palestras"

As escolas interessadas deverão contactar directamente o docente do GeoFCUL em causa, por forma a calendarizar a realização da palestra pretendida.

As palestras realizar-se-ão, preferencialmente, nas instalações das escolas que o solicitarem.


Palestras disponíveis:

Os Saberes e o Desenvolvimento Sustentável
Nível etário/de ensino: 8º e 9º anos.
Responsável: António Mateus.


Recursos Minerais: O que são? Porque necessitamos deles? Porque os devemos gerir de forma sustentável?

Nível etário/de ensino: 12º ano.
Responsável: António Mateus.


Recursos Minerais Metálicos de Portugal

Nível etário/de ensino: 10º e 11º anos.
Responsável: António Mateus.


Propriedades físicas dos minerais: pedras preciosas e semi-preciosas

Nível etário/de ensino: Secundário.
Responsável: Isabel Costa.


Portugal ao Microscópio

Nível etário/de ensino: Secundário.
Responsável: Isabel Costa.


Magmatismo como expressão da Dinâmica da Terra

Nível etário/de ensino: Secundário.
Responsável: João Mata.


Dinossáurios de Portugal

Nível etário/de ensino: 7º ano.
Responsável: Mário Cachão.


Origem e Evolução da Vida: o berçário terrestre

Nível etário/de ensino: 10º e 11º anos.
Responsável: Mário Cachão.


Fósseis em vulcões: Porto Santo (Madeira)

Nível etário/de ensino: 7º a 12º anos.
Responsável: Mário Cachão.


Fósseis em vulcões: Santa Maria (Açores)

Nível etário/de ensino: 7º a 12º anos.
Responsável: Mário Cachão.


Origem das areias de Porto Santo

Nível etário/de ensino: 7º-12º anos.
Responsável: Mário Cachão.


Petróleo - O papel do Geólogo para o encontrar

Nível etário/de ensino: Secundário.
Responsável: Nuno Pimentel.


A Geologia do Globo, com o Google Earth

Nível etário/de ensino: Secundário.
Responsável: Nuno Pimentel.


Geólogo que Profissão? Geólogos e o Mundo

Nível etário/de ensino: Básico e secundário.
Responsável: Paulo Fonseca.


Geologia e as actividades Práticas. Modelação analógica, para que serve?

Nível etário/de ensino: Básico e secundário.
Responsável: Paulo Fonseca.


terça-feira, janeiro 29, 2008

Há coisas realmente fantásticas (parte II)

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Roubado ao Antero - Blog Anterozóide...

Há coisas realmente fantásticas!

Sondagem Gallup para o Fórum Económico Mundial
Professores são profissão em que portugueses mais confiam e a quem dariam mais poder

25.01.2008 - 12h29 Lusa

Os professores são os profissionais em quem os portugueses mais confiam e também aqueles a quem confiariam mais poder no país, segundo uma sondagem mundial efectuada pela Gallup para o Fórum Económico Mundial (WEF).
Os professores merecem a confiança de 42 por cento dos portugueses, muito acima dos 24 por cento que confiam nos líderes militares e da polícia, dos 20 por cento que dão a sua confiança aos jornalistas e dos 18 por cento que acreditam nos líderes religiosos.
Os políticos são os que menos têm a confiança dos portugueses, com apenas sete por cento a dizerem que confiam nesta classe.
Relativamente à questão de quais as profissões a que dariam mais poder no seu país, os portugueses privilegiaram os professores (32 por cento), os intelectuais (28 por cento) e os dirigentes militares e policiais (21 por cento), surgindo em último lugar, com seis por cento, as estrelas desportivas ou de cinema.
A confiança dos portugueses por profissões não se afasta dos resultados médios para a Europa Ocidental, onde 44 por cento dos inquiridos confiam nos professores, seguindo-se (tal como em Portugal) os líderes militares e policiais, com 26 por cento.
Os advogados, que em Portugal apenas têm a confiança de 14 por cento dos inquiridos, vêm em terceiro lugar na Europa Ocidental, com um quarto dos europeus a darem-lhes a sua confiança, seguindo-se os jornalistas, que são confiáveis para 20 por cento.
Políticos em último também na Europa
Em ultimo lugar na confiança voltam a estar os políticos, com dez por cento. A nível mundial, os professores são igualmente os que merecem maior confiança, de 34 por cento dos inquiridos, seguindo-se os líderes religiosos (27 por cento) e os dirigentes militares e da polícia (18 por cento).
Uma vez mais, os políticos surgem na cauda, com apenas oito por cento dos 61.600 inquiridos pela Gallup, em 60 países, a darem-lhes a sua confiança. Os professores surgem na maioria das regiões como a profissão em que as pessoas mais confiam.
Os docentes apenas perdem o primeiro lugar para os líderes religiosos em África, que têm a confiança de 70 por cento dos inquiridos, bastante acima dos 48 por cento dos professores, e para os responsáveis militares e policiais no Médio Oriente, que reúnem a preferência de 40 por cento, à frente dos líderes religiosos (19 por cento) e professores (18 por cento).
A Europa Ocidental daria mais poder preferencialmente aos intelectuais (30 por cento) e professores (29 por cento), enquanto a nível mundial voltam a predominar os professores (28 por cento) e os intelectuais (25 por cento), seguidos dos líderes religiosos (21 por cento).
28 por cento dos portugueses não confiam em nenhuma classe
A Gallup perguntou “em qual deste tipo de pessoas confia?”, indicando como respostas possíveis políticos, líderes religiosos, líderes militares e policiais, dirigentes empresariais, jornalistas, advogados, professores e sindicalistas ou “nenhum destes”, tendo esta última resposta sido escolhida por 28 por cento dos portugueses, 26 por cento dos europeus ocidentais e 30 por cento no mundo.
A Gallup questionou “a qual dos seguintes tipos de pessoas daria mais poder no seu país?”, dando como opções políticos, líderes religiosos, líderes militares e policiais, dirigentes empresariais, estrelas desportivas, músicos, estrelas de cinema, intelectuais, advogados, professores, sindicalistas ou nenhum destes.
A opção “nenhum destes” foi escolhida por 15 por cento em Portugal, 19 por cento na Europa Ocidental e 23 por cento a nível internacional.

in Público - ver notícia

domingo, janeiro 27, 2008

Sismo sentido na ilha Terceira (27.01.2008)

O Sistema de Vigilância Sismovulcânica dos Açores registou um sismo às 12:52 (hora local; 13:52 UTC) com epicentro no mar, a cerca de 27 km a ESE da Vila de São Sebastião, na Terceira. O evento foi sentido com intensidade máxima de IV (Escala de Mercalli Modificada), na ilha Terceira, em S. Sebastião e Porto Martins. Foi ainda sentido com intensidade III/IV no Porto Judeu, III na Silveira e II/III em Angra do Heroísmo.

Recorde-se que já no início de Janeiro havia sido sentido um outro evento na Terceira com epicentro a cerca de 40 km a leste da ilha.

Fonte: Blog Desambientado - ver post original.

quarta-feira, janeiro 23, 2008

Modern times

E ainda dizem que o Ministério da Educação não está a conseguir o que pretende...? Vejam mais este exemplo de que está tudo a correr bem:

(Para ampliar, clicar na imagem)

terça-feira, janeiro 22, 2008

Podemos prever um Tsunami?

CICLO DE CONFERÊNCIAS: NA FRONTEIRA DA CIÊNCIA

FUNDAÇÃO CALOUSTE GULBENKIAN

A ciência dedica-se ao estudo dos fenómenos da natureza e das suas interacções. Sendo o universo infinito, o processo de o apreendermos, acompanhando o progresso da ciência, não pode parar nem retroceder. A fronteira pula e avança.

Mas a ciência é também um poderoso veículo da cultura das sociedades contemporâneas e do exercício da cidadania. Por este motivo, torna-se necessário que cada vez se faça mais investigação e em melhores condições. O conhecimento científico está na base do espírito crítico, da atitude participativa, da verificação sistemática das condições do funcionamento da realidade de todos os dias.

A democracia é o único regime político que permite questionar livremente a relação da ciência com a sociedade. Ciência e democracia estão, pois, indissoluvelmente ligadas. Importa assim que todos compreendam os desafios e as perspectivas novas que decorrem das actividades na fronteira da ciência. Essas percepções são um poderoso indicador das oportunidades bem como das dificuldades com que se depara a nossa sociedade.

A leitura que fazemos do presente com vista ao futuro é a utopia que se tornará realidade no intervalo de uma geração. Torna-se assim tão importante falar sobre a ciência como fazer investigação na sua fronteira. É este encontro entre a ciência e os cidadãos que é fundamental promover. Para que as suas implicações sejam claras para todos – e para que o gosto pela aventura e pela descoberta perdure como aspiração colectiva.


PODEMOS PREVER UM TSUNAMI?
por Ana Vieira Batista
ISEL – Instituto Superior de Engenharia de Lisboa

30 de Janeiro de 2008, 18.00 horas, Auditório 2

O tsunami gerado pelo sismo de 1 de Novembro de 1755 foi o maior desastre natural verificado em Portugal. O sismo ocorreu cerca das 09.30, hora de Lisboa, tendo sido sentido um pouco por toda a Europa. O tsunami foi observado no Atlântico Norte, desde as Ilhas Barbados até à Escócia; no entanto as ondas mais destrutivas ocorreram em Portugal Continental, Espanha (Golfo de Cádiz) e no Norte de Marrocos. As dimensões catastróficas deste evento deram origem a uma onda de solidariedade e de consternação a nível global.

Passados cerca de duzentos e cinquenta anos, no início do século XXI, a Humanidade assiste quase em directo, pela televisão, ao desenrolar de duas catástrofes naturais de grandes dimensões: o tsunami de Sumatra e o furacão Katrina. O que tiveram em comum estas duas catástrofes? Ambas são fenómenos altamente energéticos e com um elevado poder devastador; por outro lado, verificou-se a incapacidade de ser prestado auxílio às populações em fuga e a enorme vulnerabilidade dos locais atingidos, quer se trate de um dos países mais ricos do mundo ou do litoral mais pobre do oceano Índico.

Os tsunamis têm um potencial destrutivo enorme, sendo gerados por grandes sismos, por gigantescos deslizamentos de terrenos ou grandes explosões vulcânicas. Os furacões são gerados pela evolução de tempestades tropicais, em regiões onde a temperatura da água do mar à superfície é elevada. Se bem que envolvendo escalas temporais distintas, ambos são fenómenos globais no que diz respeito ao impacto social e económico.

Quatro anos passados sobre o grande tsunami de Sumatra em que ponto nos encontramos? Quais os avanços científicos nesta área? Qual a resposta dos países e das organizações mundiais a futuros fenómenos semelhantes a um grande tsunami?

O que foi feito em Portugal? Às 22.14 horas do dia 25 de Agosto de 2007 foi colocado o primeiro observatório submarino integrado na rede de alerta precoce de tsunamis em instalação no Golfo de Cádiz. Este acontecimento é parte de um conjunto de projectos que visa dotar as populações da área do Golfo de Cádiz de um sistema integrado de alerta precoce.

Ciência no Centro Comercial Dolce Vita (Coimbra)

Do Blog De Rerum Natura publicamos o seguinte post:


Informação recebida do Departamento de Física da Universidade de Coimbra:

Experimenta! no Dolce Vita

O Departamento de Física da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) irá, através de uma série de experiências montadas na praça principal do Dolce Vita, mostrar como a física está na base da grande maioria da tecnologia e porque é que continua a fascinar engenheiros, professores e investigadores.

Dias 24, 25 e 26 de Janeiro poderá descobrir no Dolce Vita como funciona um Maglev ou como construir o motor mais simples do mundo. Descobrirá que é constantemente atravessado por raios cósmicos ou como funciona uma célula de combustível não poluente, que além de electricidade apenas produz água. Será ainda uma oportunidade para conhecer as capacidades do
computador mais potente de Portugal, a Milipeia, ou ver como funciona uma mini-hídrica.

Haverá oportunidade para construir o motor mais simples do mundo no local e serão oferecidos, durante os três dias, um total de 500 kits com o material necessário para construir um desses motores. Esta oferta é um patrocínio da ISA, uma empresa de base tecnológica que desenvolve
soluções nas áreas da Telemetria, Gestão Remota, Automação e Controlo e que foi fundada em 1990 por recém-licenciados do Departamento de Física da FCTUC.

Simultaneamente decorrerão duas palestras às 17.00 horas, nos dias 25 e 26 de Janeiro:

Dia 25 de Janeiro, no auditório da Bertrand:

“Energias renováveis: uma economia de hidrogénio?”, Doutor João Gil,
Departamento de Física, FCTUC

Dia 26 de Janeiro, na praça principal:

"Supercondutores", Doutor José António Paixão, Departamento de Física, FCTUC

As actividades desenvolvidas são especialmente dirigidas a alunos do secundário e ensino básico. Venha descobrir e experimentar no Dolce Vita, dias 24 e 25 das 12.00 -15.00 horas e das 17.00 - 20.00 horas ou dia 26 das 12.00-20.00 horas.

Programa da RTP 1 "AB CIÊNCIA"

A RTP pretende aproximar a Ciência do cidadão comum.

O “AB CIÊNCIA” pretende provar que a Ciência também é divertida e é destinado a toda a família.

Experiências realizadas em estúdio, rubricas diversas, entre as quais “A cozinha é um laboratório”, são alguns dos ingredientes do programa “AB CIÊNCIA”.

A apresentação está a cargo de Carlota Crespo, um novo rosto da RTP e do cientista Leonel Silva.


Horário do próximo programa

RTP 1 - Domingo 27 de Janeiro - 12.00 horas
RTP Internacional - Terça 22 de Janeiro - 21.30 horas
RTP N - Quarta 23 de Janeiro - 11.30 horas
RTP 2 - Sábado 26 de Janeiro - 19.00 horas

Cria a tua Constelação...!

Concurso “Descobre o teu céu”
Museus da Ciência desafiam alunos a criar constelações de estrelas
17.01.2008 - 17h18


Os alunos do ensino básico serão desafiados, ao longo deste ano, a criar constelações de estrelas, no âmbito do concurso “Descobre o teu céu”, promovido pelos museus da Ciência da Universidade de Coimbra e de Lisboa.

A iniciativa, que conta ainda com a Critical Software na promoção, insere-se no âmbito do programa de Celebração do Ano Internacional da Astronomia, assinalado em 2009.

Para “cultivar o gosto dos mais novos pela Astronomia”, a organização do concurso propõe “aos alunos de todas as escolas realizarem, a partir de quatro mapas, um desenho de novas constelações e uma narrativa”.

“A partir das estrelas de certas partes do céu que foram seleccionadas, inspirados na observação do céu real e/ou do céu de um planetário, ou simplesmente a partir de uma representação das estrelas numa imagem, pretende-se que os alunos construam novas constelações e desenvolvam histórias a elas associadas”, revela a organização.

As inscrições estão abertas até 30 de Novembro de 2008, e os trabalhos aceites até 21 de Dezembro de 2008.

O júri irá escolher os melhores trabalhos de cada escalão, que serão reunidos num livro a publicar em 2009. A obra será distribuída por todos os Agrupamentos de Escolas do país.

Os resultados do concurso, no qual podem participar equipas de cinco a 20 alunos e acompanhados por um professor, serão anunciados a 21 de Março de 2009.

O PÚBLICO.PT associa-se a esta iniciativa através da divulgação na sua página principal de um link para os regulamentos e página web do concurso, a ser disponibilizado nos momentos-chave do concurso: lançamento do concurso, apresentação dos resultados, divulgação da lista dos premiados.

in Público - ler notícia (via Blog AstroLeiria)



NOTA: O regulamento do concurso e os mapas do céu a considerar pelos concorrentes encontram-se disponíveis em:
http://www.museudaciencia.pt/

Estrelas que Voam para os Céus

CONVITE


O livro 'Estrelas que Voam para os Céus' foi editado no dia 28 de Novembro de 2007, na Galeria Arte Livre, Avenida da Liberdade, em Lisboa. Rapidamente viu a sua primeira edição esgotada, impondo-se agora a segunda publicação desta obra por continuar a ser manifestamente solicitada em todo o país.

Venho por este meio convidar-vos para a apresentação da segunda edição desta obra, pelo seu autor, no próximo dia 26 de Janeiro, na Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira (Terreiro), na cidade de Leiria.


Título: Estrelas que Voam para os Céus (2ª edição)
Autor: Joaquim Santos
Local: Biblioteca Municipal Afonso Lopes Vieira - Leiria
Data: 26 de Janeiro de 2007
Hora: 16h00


“ESTRELAS QUE VOAM PARA O CÉUS”

TESTEMUNHOS DE QUEM PERDE UM FILHO

São mais de cem, as “estrelas” que dão o título ao livro. Cada uma deixou um vazio impossível de preencher, mas também uma marca no mundo, agora perpetuada em forma de livro. “Estrelas que Voam para os Céus” é um conjunto de testemunhos de pais que perderam os seus filhos. As histórias têm um final triste, mas também uma mensagem de esperança. O livro foi lançado no dia 28 de Novembro e pretende ser um apoio a pais e famílias que passaram por esta dramática situação. As receitas revertem a favor da associação A Nossa Âncora, a única que em Portugal dá apoio aos pais em luto.


A ideia de compilar em livro algumas das histórias, tão diferentes e tão semelhantes, que diariamente chegam à associação A Nossa Âncora, partiu do amor incondicional à minha filha, Eduarda de Sempre, um pulsar e a motivação para criar esta obra.

O desafio foi lançado aos associados de A Nossa Âncora e, no total, 114 testemunhos foram recebidos e integrados no livro que é agora lançado. “O facto de perceber que existem muitos pais que assistem à ordem anti-natura de verem os seus filhos tornarem-se “estrelas” foi o mote para reunir muitos testemunhos de vida que marcam pelas múltiplas experiências dolorosas”.

O livro “conduz o leitor a “mergulhar” numa realidade inalterável”. No entanto, “pela multiplicidade de situações que ali encontramos, qualquer cidadão que o leia ficará mais preparado para a vida”, reforçando ainda a importância que uma obra deste género assume junto dos pais que “fazem tudo para continuarem a existência dos seus filhos, homenageando-os”.

Para além dos testemunhos de famílias que perderam os seus filhos, “Estrelas que Voam para os Céus” integra ainda algumas reflexões que procuram dar resposta à pergunta feita por muitos pais em luto: “porquê eu?”.

Reflexões que demonstram a visão da Psicologia e, por outro lado, as explicações à luz da teologia no que respeita à partida precoce dos filhos. Uma perspectiva abrangente que, de resto, retrata um pouco o que se faz diariamente na associação A Nossa Âncora, a única em Portugal a dar apoio a pais em luto.

Exposição fotográfica "o incêndio"‏

Recebi o seguinte e-mail com pedido de dsivulgação de actividade que me parece interessante:


Caros amigos e amigas, colaboradores e colegas,

Gostava de vos convidar pessoalmente para a inauguração da exposição fotográfica "o incêndio, a noite em que a Faculdade de Ciências ardeu" que relembra o terrível incêndio da Politécnica em 18 de Março de 1978. Trata-se de mais uma iniciativa integrada nas comemorações dos 25 Anos do Departamento de Biologia Vegetal e, assim sendo, haverá Porto de Honra. P.f. ponham nas vossas agendas:

Dia 24 de Janeiro de 2008, às 17.30 horas, no átrio do C3

Como se espera que uma tragédia daquelas não se repita nas nossas vidas, não percam a oportunidade de ver ao vivo o dramatismo e a emoção daquela morning after.

Ricardo

From deep sea to coastal zones: Methods and Techniques for studying Paleoenvironments

Pedem-nos a divulgação do seguinte workshop:


Dear colleagues and future participants:

This is the second announcement of the 1st METECH Workshop "From deep sea to coastal zones: Methods and Techniques for studying Paleoenvironments".

The registration fees have been set to 200 Euros for professionals and 150 Euros for Students for full participation, i.e. for the four thematic panels, or 65 Euros and 45 Euros for each panel attendance, for professional and students respectively.

The registration fees will include coffee breaks, workshop and regional documentations.

Due to the delay of this announcement, registration deadline has been postponed to the 31st of January 2008.

There will be a volume of the Workshop Proceedings that will include extended abstracts and/or short articlesthat will be published online as part of the ODP: Earth and Environmental Proceedings Series.

Hope to see you soon in Faro!

Cristina Veiga-Pires

Organizing committee


Please check for updates on:

Impossível Avaliação!

Com a devida vénia publicamos o seguinte post do Blog terrear:

Já receava (embora não o desejasse)! A Avaliação de Professores é impossível à luz do Decreto Regulamentar hoje publicado.

Com efeito, no capítulo dos prazos, o artigo 34º diz que as escolas (agrupamentos) têm 20 dias úteis - isto é, até 7 de Fevereiro - para elaborar e aprovar (em Conselho Pedagógico) os instrumentos de registo de avaliação, tendo em conta as recomendações que forem formuladas pelo Conselho Científico para a Avaliação de Professores. Ora, o CCAP não está constítuido e está muito longe de poder estudar, aprovar e formular estas recomendações que permitam o trabalho prescrito para o Conselho Pedagógico.

Segundo, também até 7 de Fevereiro, o CP tem de elaborar e aprovar os indicadores de medida que permitam verificar até que ponto e de que modo os avaliados atingem os objectivos a que se propõem. Ora, provavelmente em muitos casos, isto será manifestamente impossível.

Terceiro: até 21 de Fevereiro cada professor terá de elaborar os objectivos da sua acção individual e estes devem ser acordados com os avaliadores (coordenador de departamento e presidente do conselho executivo). O enunciado pressupõe que o Projecto Educativo de Escola esteja em condições de ser uma referência concreta e objectiva para a acção (na maioria dos casos estima-se que o não seja - o que obriga a um demorado trabalho de pensar, negociar, acordar, comprometer...- ). Por outro lado, acordar significa negociar, chegar a acordo. Em muitos casos, é materialmente impossível.

Quarto: ainda neste ano lectivo os coordenadores de departamento e o presidente do CE têm de programar (com a obrigatória implicação de cada porfessor) a observação de duas aulas. Para observar as aulas têm de estar aprovados pelo CP os instrumentos de observação de aulas, que por sua vez devem obedecer ás orientações do CCAP. E aqui, há três problemas: muitos coordenadores (talvez a larga maioria) não têm condições objectivas para negociar, preparar, observar e relatar as duas aulas observadas. Não têm tempo, não há tempo. Depois, não têm os ditos instrumentos. E finalmente, a imperativa delegação de competências para a observação de aulas só se pode fazer após despacho ministerial. Isto é: esta planificação nunca se poderá concretizar, na melhor das hipóteses, antes do 3º período.

Resultado: a melhoria dos resultados dos alunos vai passar para segundo plano. O objectivo central passa a acessório e secundário. Todo o tempo vai ser usado a fazer de conta que se faz.

A não ser que prevaleça a posição sensata: as escolas demonstrarem que as normas decretadas são impossíveis de aplicar nos prazos estabelecidos. E usarem este tempo para prepararem uma avaliação séria e credível e que esteja de facto ao serviço de melhores resultados dos alunos e do desenvolvimento profissional.

Sensibilidade e Bom Senso em Gueifães

Do Blog A Educação do meu Umbigo publicamos o seguinte post:

A Comissão Provisória e o Conselho Pedagógico do Agrupamento Vertical de Escolas de Gueifães merecem todo o nosso aplauso (eis a tomada de posição comum no documento seguinte:

Agora resta que outros se alevantem e tenham a mesma coragem.


Posted by Paulo Guinote under Coerências, Coisas Boas, Coragem

segunda-feira, janeiro 21, 2008

Avaliação dos Professores

Para lerem com atenção e meditarem, aqui fica ele:

decreto-regulamentar-2-2008.pdf

Conferência em Lisboa sobre Idade da Terra

Físicos, o Grand Canyon e a idade da Terra


por Fernando Barriga (GeoFCUL, CREMINER)


24 de Janeiro às 15.30 horas
na
Sala 6.2.56 do Edifício C6
na
Faculdade de Ciências - Universidade de Lisboa

Conferência(s) em Lisboa

Convida-se os nossos leitores a assistirem às conferências do Professor Vincent Post, da Universidade Livre de Amesterdão, na próxima 4ª feira, 23 de Janeiro, na sala CO.89 (na cave do Edifício de Geociências).

Quantifying the components of the hydrological cycle - 14.30 horas.

Why are the Netherlands below sea level - 16.00 horas
A presentation about the historical developments that shaped the landscape of the Netherlands and the current practices of water management.

Encontro Verde - Quinta Cabeça do Mato (Tábua)

A partir do Blog Quinta Cabeço do Mato encontrámos o seguinte encontro ambiental e que divulgamos:

flyer.jpg

ENCONTRO VERDE
2008

ONDE: Na Quinta Cabeça do Mato, uma quinta biológica de 10 ha, auto-suficiente no que diz respeito a recursos energéticos, a praticar os princípios da permacultura, seguindo o calendário biodinâmico.
Tem uma fonte natural, uma pequena ribeira a percorrer o terreno, bio-piscina, eco-casa, yurts, espaço na natureza para acampar com: duches solares/caldeira, espaço de cozinha coberto e várias retretes secas (de compostagem).

QUANDO: Em Março de 2008, quinta-feira 20, Equinócio, sexta-feira 21, Lua Cheia, sábado 22, Dia Mundial da Água, domingo 23, Páscoa.

PRINCÍPIOS: Viver em harmonia com a terra-mãe.

Evento sem fins lucrativos.

OBJECTIVOS: Trazer um conhecimento mais profundo de assuntos ecológicos e partilhar experiências para o beneficio de todos envolvidos, obtendo sabedoria para uma vida mais saudável para a biosfera.

MAPA

mapa_cabeca_do_mato_2.jpg

Ver tambem MapaGoogle desde Tábua para Casa da Ribeira (ao lado da Quinta Cabeça do Mato).

Mais informações em: http://encontroverde.wordpress.com/

sexta-feira, janeiro 18, 2008

Introdução à Astronomia e Utilização de Telescópios


Esta acção de formação destina-se a utilizadores de telescópios com pouca experiência prática de observação ou amadores que queiram saber mais sobre o Universo que nos rodeia. Com uma duração total de 40 horas e inclui aulas teóricas, técnicas, workshops e sessões práticas de observação.

No final da formação o formando deverá ser capaz de adquirir, manusear e manter um pequeno telescópio e organizar sessões de observação do Sol e do céu nocturno. A componente teórica dará ao participante uma visão geral da Astronomia Moderna e permitirá estabelecer o caminho para aprofundar tópicos específicos.


O curso terá início na segunda semana de Fevereiro, as sessões de formação serão ministradas no Centro de Interpretação Ambiental da Ponta do Sal, em São Pedro do Estoril – Cascais e o número de vagas é limitado a 20 participantes, tendo um custo total de 100€ por participante, estando incluído todo o material utilizado nos workshops e documentação impressa de suporte às aulas. Serão disponibilizados telescópios e outros equipamentos e acessórios de observação em número suficiente para satisfazer as necessidades das aulas práticas.

Para toda a informação consulte
Curso de Introdução à Astronomia (243Kb, formato PDF)


Inscrições através do e-mail geral@nuclio.pt
ou pelo telemóvel 960 356 909
Post roubado ao Blog AstroLeiria

Geoblogosfera

Do site do Departamento de Geologia (da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa) publicamos a seguinte notícia:




Geoblogosfera
Geo sites da semana: Blogues nacionais dedicados à Geologia e às Ciências Naturais em geral.



Blogosfera é o termo que designa o espaço virtual que engloba todos os “weblogs” ou simplesmente, blogs (ou blogues) existentes na Internet.

Segundo a Wikipedia, o neologismo "blogosfera" foi criado 1999 por Brad Graham em jeito de brincadeira. Foi retomado em 2002 por William Quick e, depois disso, rapidamente foi adoptado por todos os que mantém “weblogs” ou, simplesmente, blogs (blogues).

Há blogues sobre tudo e mais alguma coisa. Há blogues de todos os tamanhos e feitios: de blogues que são de simples diários electrónicos pessoais a blogues de intervensão política, passando por blogues temáticos sobre literatura, diários de guerras em curso (warblogs), hobbies pessoais, etc., etc. Há blogs nas mais variadas línguas. Em português também, claro.

A Geologia, a Paleontologia e as Ciências Naturais, em geral, não escaparam à blogosfera e são muitos os blogs que abordam temas destas áreas do conhecimento.
Eis alguns geoblogues (e afins) nacionais interessantes:

Terra que gira

Ciência ao Natural

Geopedrados

Histórias da Geologia

De Rerum Mundi / Sobre a Natureza das Coisas


Websites referenciados no “Geo Site da Semana”:

08/07 - Mantle Plumes: Plumas Matélicas

07/07 - Pedreira do Galinha: Pegadas de dinossáurios

06/07 - Tsunami Research Centre

05/07 - Ornabase: Rochas ornamentais portuguesas

04/07 - Discovering Dinosaurs

03/07 - Earthquake Hazards Program

02/07 - Understanding Evolution

01/07 - Earth Science World - Image Bank


Convite à participação no “Geo Site da semana”!

Conheces outros websites geológicos interessantes, úteis? Queres partilhar esses sites connosco?
Envia-nos o seu endereço electrónico para: geologovirtual@fc.ul.pt. Obrigado!

GeoFCUL associa-se às comemorações do AIPT 2008

Ano Internacional do Planeta Terra - AIPT 2008

O GeoFCUL associa-se às comemorações do AIPT 2008

Mais informações e programa das comemorações em:

http://geologia.fc.ul.pt/

Para mais informações e divulgação da iniciativa, ver documento em pdf disponível em:

http://geologia.fc.ul.pt/documents/11.pdf

I Congresso VIVER AMBIENTE




10 e 11 de ABRIL 2008
UNIVERSIDADE DO MINHO
Auditório CPII- Braga

No âmbito do concurso “Agir Ambiente” do programa Gulbenkian Ambiente, promovido pela Fundação Calouste Gulbenkian, o Núcleo de Ciências da Terra da Universidade do Minho está a organizar o I Congresso VIVER AMBIENTE dirigido a alunos do ensino secundário, cujo tema principal são as alterações climáticas.

Neste ano em que se comemora o Ano Internacional do Planeta Terra a geologia e os processos geológicos assumem particular destaque. Pretende-se realçar o impacto que a Geologia tem para o Homem, em questões como os riscos naturais (ex. erosão costeira, deslizamentos de terra), as alterações climáticas (ex. registos climáticos no passado, a influência da tectónica e do vulcanismo) e a exploração dos recursos naturais (ex. extracção de hidrocarbonetos, contaminação de solos).

Em plena Década da Educação para o Desenvolvimento Sustentável (2005–2014), esta acção, revestida de reconhecido interesse pedagógico e didáctico, visa promover o desenvolvimento de uma consciência ambiental dos nossos jovens, incrementando atitudes no sentido de uma maior sustentabilidade, através da partilha de ideias e experiências entre estudantes, professores e investigadores.

O congresso decorrerá em Braga, na Universidade do Minho, nos dias 10 e 11 de Abril de 2008. O primeiro dia de congresso consistirá numa sessão de abertura, seguida de conferências proferidas por especialistas convidados e ainda um espaço dedicado à apresentação de comunicações orais e em poster previamente submetidas pelos participantes, sendo o segundo dia destinado à realização de saídas de campo.

Convidam-se assim todos os estudantes a participar de uma forma especial neste evento, enriquecendo-o com a contribuição dos seus trabalhos, cujos resumos serão publicados no livro de actas do congresso.

A circular do congresso e informação mais pormenorizada está disponível na página web do congresso (www.dct.uminho.pt/cct/viverambiente).

segunda-feira, janeiro 14, 2008

Petição: Modelo de Gestão das Escolas Públicas

Na sequência de posts anteriores, em que publicámos posts do Blog A Educação do meu Umbigo, de Paulo Guinote, damos novamente o nosso contributo para a discussão publica da proposta de alteração do modelo de Gestão das Escolas Públicas que o ME tenta agora impor-nos. Assim o Paulo colocou uma petição on-line que diz o seguinte:

APELO PARA UMA DISCUSSÃO PÚBLICA ALARGADA DO MODELO DE GESTÃO DAS ESCOLAS PÚBLICAS

A SOCIEDADE PORTUGUESA E AS NOVAS GERAÇÕES MERECEM UMA ESCOLA PÚBLICA MELHOR.

Está em período de debate público apenas por um mês o Regime Jurídico de Autonomia, Administração e Gestão dos Estabelecimentos Públicos da Educação Pré-Escolar e dos Ensinos Básico e Secundário.

Não apenas como profissionais da Educação, independentemente de qualquer filiação organizacional, mas também como cidadãos e encarregados de educação atentos, queremos manifestar o nosso desejo de um debate digno e alargado sobre um assunto tão importante como este que não pode ficar circunscrito a gabinetes ou a algumas reuniões longe do escrutínio público de todos os interessados.

Fazemos este apelo porque temos consciência de que estas mudanças terão repercussões profundas na qualidade do ensino ministrado nos estabelecimentos do ensino público e que nem todas essas repercussões se encontram devidamente avaliadas neste momento.

Para além disso, este projecto de alteração do regime jurídico ainda em vigor não se apresenta como resultante de uma necessidade pública, claramente sentida e demonstrada na e pela sociedade civil e comunidades educativas, de reformar o modelo em vigor. Pelo contrário, surge na sequência de uma profusão legislativa que se tem norteado por alguma incoerência entre as intenções manifestadas e as condições concretas existentes no nosso sistema educativo, o que desde logo nos suscita as maiores reservas quanto à sua validade.

Não esqueçamos que:
  • No sistema educativo português os alunos têm sido alvo de reformas sobrepostas, mal preparadas e pior implementadas.
  • Tais reformas sucedem-se sem serem devidamente avaliados os resultados das reformas anteriores,
  • A não avaliação aprofundada de todas as medidas e do seu efeito no sistema leva a que os actores institucionais e a cidadania se interroguem sobre as razões destes sucessivos fracassos.
  • Apesar de todas essas reformas, os índices de literacia (global ou funcional) continuam dos mais baixos, enquanto que as taxas de insucesso e de abandono escolar são das mais altas, não apenas em termos europeus, como até mundiais.
  • Com um novo modelo de gestão, insuficientemente fundamentado e imposto em nome de uma desejável autonomia e abertura da gestão dos estabelecimentos de ensino às comunidades, corre-se o risco de um agudizar das disfunções que o sistema vem demonstrando, com consequências imprevisíveis não só em termos pedagógicos como da coerência, integridade e solidariedade do sistema público de ensino.

Perante este panorama, que aconselha a maior prudência em novas alterações na arquitectura do sistema público de ensino e perante as incoerências internas do projecto do Ministério da Educação em termos operacionais e a sua aparente inadequação quanto ao quadro legislativo em que se insere, nomeadamente quanto à Lei de Bases do Sistema Educativo, os signatários deste manifesto, reivindicam, por isso, ao Governo e ao Ministério da Educação que:
a) Exista um prazo suplementar de dois meses para discussão da proposta governativa;
b) Se promovam debates públicos em todas as escolas do país, mobilizando as comunidades educativas para a discussão das qualidades e óbices do novo modelo proposto;
c) Se faça a divulgação de todas as análises dos dados estatísticos e outros estudos de departamentos do Ministério da Educação, com especial relevo para a Inspecção Escolar relativos ao desempenho das Escolas em matéria de gestão que justificam a necessidade de mudança do modelo existente.
Apelamos ainda a que todos os intervenientes das comunidades educativas (alunos, encarregados de educação, docentes, funcionários não docentes, autarquias) se mobilizem para uma discussão alargada da Escola Pública.

Só com o activo envolvimento de todos na preparação de reformas com esta dimensão e impacto numa área crítica como a Educação é possível garantir que a mudança se transformará em algo positivo e não meramente instrumental.

Os órgãos de gestão das escolas e os Centros de Formação estarão, naturalmente, vocacionados para organizar e dinamizar este debate.
Os autores deste manifesto reiteram que não representam quaisquer organizações socio-profissionais de professores ou profissionais de educação actualmente existentes ou em processo de formação, sejam elas de natureza sindical, profissional, científico-profissional ou outra. Desejam afirmar, porém, que as organizações acima referidas são organizações da sociedade civil com legitimidade própria para se pronunciarem sobre as questões respeitantes ao sistema de ensino e à governação das escolas;

Deste modo, num contexto em que o poder político afirma a necessidade de envolver a sociedade civil na governação das escolas, a eventual limitação da intervenção no debate destas organizações e/ou movimentos independentes constituídos especificamente para este efeito, comprometerá gravemente a legitimidade dessa governação e das políticas que a determinam, gerando inevitavelmente fenómenos de inércia na sua aplicação, em grande parte resultantes da forma como a informação e o debate (não) se realizaram.

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Eu já assinei a petição e apelo aos nossos leitores para fazerem a divulgação desta juntos dos Docentes de todo o país - há que lutar contra tudo o que nos querem impor e contra esta gente que não percebe nada de Educação e de Ensino...

Workshop "Geochemistry of Arsenic"

Foi-nos solicitada a ajuda na divulgação do seguinte workshop junto da comunidade geológica nacional e de outros potenciais interessados.

Assim informamos que, entre os dias 28 de Abril e 3 de Maio de 2008, irá realizar-se na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto um workshop intitulado Geochemistry of Arsenic. Este é da responsabilidade de 4 instituições académicas portuguesas, a saber: Universidade do Porto, Universidade de Aveiro, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro e Instituto Superior Técnico.

Dentro de este, entre os dias 28 a 30 de Abril de 2008, será realizado um curso intitulado Arsenic Geochemistry, ministrado por um especialista de renome internacional, Darrell Kirk Nordstrom, da United States Geological Survey (USGS). O dia 1 de Maio será dedicado à apresentação de trabalhos por parte dos participantes e de especialistas convidados.

Nos dois últimos dias (2 e 3 de Maio de 2008) realizar-se-ão saídas de campo para áreas mineiras abandonadas, no Norte de Portugal.

Informação acerca deste workshop poderá ser consultada na seguinte página web:
http://www.fc.up.pt/geo_arsenic2008.

Para os interessados fica o link para a primeira circular deste workshop:
LINK

Na China - post do Blog "Ciência ao Natural"

Do Blog Ciência Ao Natural, do paleontólogo Luís Azevedo Rodrigues, publicamos um post delicioso...



A “história” chinesa foi bastante complicada – ver post com outra das histórias.

O contacto inicial foi feito com Xu Xing do IVPP. Ele é responsável por mais 20 espécies novas de dinossáurios e publicou mais de 10 artigos na Nature.

Para além de me receber, propôs-me também iniciar trabalho de análise morfológica 3D de crâneos de Psittacosaurus, em conjunto com um aluno seu de doutoramento (foto).


Durante a primeira semana de estadia em Pequim, Dong Zhi-ming, um dos “pais” da Paleontologia de dinossáurios na China, encontrava-se em Pequim de visita. Falei com ele, contei-lhe o meu projecto e ele convidou-me para, passados 4 dias, nos encontrarmos no sul da China, em Lufeng. Comecei logo a tratar das coisas (arranjar avião pois Lufeng, na província de Yunnan, fica próximo da fronteira com o Vietname e do Laos) e a improvisar os meus planos iniciais.

Passados esses dias aterrava em Kunming onde tinha colaboradores de Dong Zhi-ming à minha espera, para uma viagem de carro de cerca de duas horas até Lufeng.

Estive cerca de uma semana trabalhando sobretudo em prossaurópodes, o mais famoso dos quais é o Lufengosaurus (do nome da cidade), mas também em diversos saurópodes, alguns dos quais ainda não descritos.

Fiz também prospecção no campo em conjunto com Dong Zhi-ming nas famosas jazidas do Triásico desta região.

Este investigador ficou tão impressionado com o meu trabalho que me propôs que regressasse para descrever novos materiais (provavelmente novas espécies, das centenas de ossos que eles têm em preparação), mas essa história fica para mais tarde...


Em Lufeng fui brindado com os manjares entomológicos que os meus colegas me tinham reservado – sou extremamente alérgico à picada de abelhas e vespas e quando me puseram à frente um prato de larvas e vespas adultas ia caindo para o lado!

Neste jantar, para além de Dong Zhi-ming e colaboradores, estavam também quatro colegas da Mongólia Interior, conhecidos, entre outras atributos, por serem resistentes aos efeitos do álcool. Para os chineses, quem aguenta bem a bebida é porque é bom líder, disseram-me.


Para além de convidado, era estrangeiro, e nisso os chineses são muito formais, de maneira que de 5 em 5 minutos levantava-se um chinês, fazia-me um brinde e bebíamos ambos um trago de aguardente de arroz. Como eles eram dez e eu o único convidado, tive que efectuar vários brindes com aguardente...

Dong Zhi-ming contou-me, no dia seguinte, que os colegas mongóis tinham ficado impressionados comigo porque nunca abandonei as boas maneiras nem alterei o tom de voz, e isso para eles é sinal de força interior. Não sei se é ou não, o certo é que nesse dia tinha uma certa dor de cabeça!


Lufeng é uma cidade muito pequena, mesmo para os standards chineses, semi-rural e onde quase nunca vão estrangeiros – é impressionante como estavam sempre a olhar para mim quando andava na rua…!

Recordo-me de sair um dia à noite e num restaurante (o mais próximo que se pode dizer daquele espaço…) onde entrei para me aventurar nas surpresas gastronómicas, estar vazio. Passada meia-hora, já quase não haviam mesas para chineses que apenas tinham dois objectivos: beber chá e mirar o ocidental que pensava em dinossáurios saurópodes, enquanto tentava adivinhar o que lhe tinham colocado no prato!


Foi também em Lufeng que ao sair de um riquexó motorizado (basicamente uma moto com uma cobertura atrás - foto) me deixaram à porta de uma pensão que não era a minha. Era de noite, não tinha o nome do sítio onde estava nem tão pouco sabia minimamente onde me encontrava. Para além de não esperar que alguém soubesse falar inglês, e o meu ultra-básico mandarim não dar para me safar daquela situação, foram uns minutos de completa impotência. Senti-me ao mesmo tempo como uma criança perdida no supermercado e como um adulto imbecil. Depois de ter recuperado a calma abordei o condutor do riquexó com as palavras “Kong long, kong long!” que significam “dinossáurio, dinossáurio”, uma das poucas que sei em mandarim.


Após o ter repetido várias vezes e o chinês ter recuperado das gargalhadas iniciais, lá deduziu que eu queria que ele me conduzisse ao Museu dos Dinossáurios.

É que a partir do Museu sabia eu o caminho!

Terminei a noite, com a cabeça de fora da caixa motorizada a gesticular “esquerdas e direitas” até ao meu hotel no sul da China.

Já andei por grande parte do mundo e nunca me tinha sentido tão “perdido” como naqueles cinco minutos…