GeoLeiria

Este Blog pretende ser o ponto de encontro e debate dos Geólogos em/de Leiria e de todos aqueles que gostam desta ciência ou de Biologia, Geografia, Ambiente e Astronomia, entre outras. Criado no âmbito do Projecto Ciência Viva VI "À descoberta da Geologia em Leiria", com membros nas Escolas Correia Mateus e Rodrigues Lobo, Núcleo de Espeleologia de Leiria e Centro de Formação de Leiria, neste local serão colocadas novidades locais, nacionais e internacionais, actividades de Escolas e outros.

quinta-feira, maio 31, 2007

Percursos Pedestres em Leiria


26 MAIO - PELOS CAMPOS DO LIS
23 JUNHO - O VALE DO LAPEDO
21 JULHO - PELOS VALES DA BAJOUCA
18 DE AGOSTO - MATA DA CURVACHIA
08 SETEMBRO - PEDRÓGÃO E LAGOA DA ERVEDEIRA
29 SETEMBRO - PAISAGEM RURAL DE COLMEIAS
20 OUTUBRO - SR.ª DO MONTE E NASCENTE DO LIS
10 NOVEMBRO - MATA DO REI - MACEIRA

Local de Encontro:
Centro de Interpretação Ambiental (Jardins de Santo Agostinho)

Horário:
Saída - 08.30 horas; Chegada 12.30/13.30 horas

Transporte:
Cedido pela Câmara Municipal de Leiria


INSCRIÇÕES
NEL - NÚCLEO DE ESPELEOLOGIA DE LEIRIA
Centro Associativo Municipal - Sala 04
2400-221 LEIRIA
Tel/Fax: 244 814 971
nel@nel.pt

Notícia sobre os fósseis da Guimota no Público

Fósseis de mamíferos primitivos regressaram para os portugueses
Achados da Guimarota
31.05.2007 - 10h05
Texto Teresa Firmino e Foto João Cortesão/PÚBLICO

Chegou ontem com uma vulgar mochila às costas. Lá dentro, trazia uma embalagem de cartão mais pequena do que uma caixa de sapatos. Abriu-a, e foi então que apareceram 20 caixinhas de plástico transparente, de tamanhos diversos, meticulosamente arrumadas. Guardam um autêntico tesouro para os paleontólogos: fósseis da mina da Guimarota, perto de Leiria, com 150 milhões de anos.

Thomas Martin veio de propósito da Alemanha para devolver a Portugal e ao Museu Geológico, em Lisboa, estes fósseis do Jurássico Superior. Os primeiros foram levados para a Alemanha nos anos 60, pela equipa do paleontólogo Walter Kühne, da Universidade Livre de Berlim, que os descobriu.

Antes de abrir as caixinhas, Thomas Martin, da Universidade de Bona, prepara um observador mais desatento para não se deixar influenciar pelo tamanho. "Os fósseis são muito pequenos, mas não é por isso que não são muito importantes", diz o paleontólogo. "Os fósseis mais importantes da Guimarota são mamíferos primitivos, que viviam no tempo dos dinossauros. Os dinossauros eram gigantes e os mamíferos eram anões, mas teriam um grande futuro."

Há uma parte da história conhecida: os dinossauros extinguiram-se há 65 milhões de anos, no Cretácico Superior, e os mamíferos, que tinham aparecido há cerca de 230 milhões de anos, no período Triásico, tal como os dinossauros, puderam então começar a reinar. Se assim não fosse, nós talvez cá não estivéssemos.

Mas há uma parte da história que os fósseis da Guimarota ajudaram a completar - aquela que conta como eram esses mamíferos primitivos. "Os mamíferos do Jurássico e do Cretácico eram muito pequenos, porque os dinossauros eram muito grandes e activos durante o dia. Tinham o tamanho de um ratinho, os maiores eram como ouriços. Provavelmente, viviam de noite, no escuro, para os dinossauros não os verem."

É então que Martin, de 47 anos, a estudar os fósseis da Guimarota desde 1991, na Universidade Livre de Berlim, está pronto para revelar o conteúdo das caixinhas. E explicar por que razão estes fósseis, que cabem na palma da mão, ganharam fama mundial.

"A Guimarota forneceu o primeiro esqueleto de um mamífero do Jurássico", diz. E eis que o paleontólogo saca do esqueleto do Henkelotherium guimarotae, descoberto em 1976. Vivia nas árvores e comia insectos.

Este é o único esqueleto quase completo de um Henkelotherium guimarotae, que serviu, aliás, para descrever pela primeira vez esse mamífero. Pertencia a um grupo de mamíferos (os paurodontídeos) que está entre os antepassados dos mamíferos actuais.

O outro ex-líbris da Guimarota que Thomas Martin trouxe é o Haldanodon exspectatus. "Vê-se aqui o crânio, o braço e isto é o fémur", aponta. "Estes ossos são muito fortes. Revelam um tipo de adaptação diferente: este animal escavava. Tinha um estilo de vida como o das toupeiras."

Pertencia aos docodontes: "Este grupo extinguiu-se sem deixar descendentes." Mas o Haldanodon também deu projecção mundial à Guimarota: "Foi o primeiro docodonte descoberto em todo o mundo, em 1977", diz o paleontólogo.

Dentro das caixinhas, estão muitos outros fósseis, todos de mamíferos. Os restos escavados da Guimarota permitiram descrever uma dezena de mamíferos novos. Para os crocodilos, peixes, lagartos e anfíbios, as novidades científicas rondaram as 15.

A vinda do cientista alemão não surgiu do nada. Há dez anos, o geólogo Miguel Ramalho, director do Museu Geológico, começou os contactos para que os fósseis voltassem. Como aliás tinha sido acordado, tanto que há mais de 30 anos até regressaram alguns. "Nos últimos três anos, retomei os contactos. Thomas Martin disse-me que não havia problema", conta Miguel Ramalho.

No início do ano, chegou uma leva de fósseis, por correio normal. "O acordo foi que o material seria devolvido depois da investigação. Ainda temos projectos em curso, mas todo o material vai regressar a Portugal", garante o paleontólogo alemão.

E o que aconteceu no aeroporto, quando o cientista alemão pôs a mochila na máquina de raios X? "Estava preparado para dar explicações, se me perguntassem alguma coisa. Não perguntaram."

in Público de 31.05.2007 - ver notícia

quarta-feira, maio 30, 2007

Fósseis da Guimarota: o retorno de um tesouro a Portugal

Fósseis da Guimarota: o retorno de um tesouro a Portugal

PROGRAMA





AUDITÓRIO DO MUSEU GEOLÓGICO/INETI

DIA 31 DE MAIO, ÀS 17.00 HORAS


17h00 - 17h15: Apresentação

17h15 - 18h00: Conferência com o título: “Guimarota - a window on life in Jurassic times” - Prof. Thomas Martin, da Universidade Livre de Berlim.

18h00 – 19h00: Visita à exibição de exemplares de vertebrados fósseis da jazida da Guimarota


NOTA: Já era tempo de se conseguir que o Museu de História Natural de Berlim entregasse a Portugal alguns segundos exemplares da fauna da Guimarota. Aqui neste Blog tem-se tentado explicar a importância desta mina e do paleo-ecossistema que ela preservou. Era bom, depois desta grande vitória, que se falasse da preservação da mina propriamente dita e da sua musealização, mas isso é pensar alto e ter razão muito antes do tempo. Falta também estudar o risco de subsidência desta, as consequências da urbanização apressada da área e a libertação de gases, típica de uma mina de carvão. Mas, em Setembro, se tudo correr bem, haverá uma equipe multidisciplinar a descer até onde puder e vamos o que isto irá dar...

E, já agora, não há uma
alma caridosa que tire fotos do evento e o filme (porque não, como dizia um colega da blogosfera) e divulgue esses materiais...?

domingo, maio 27, 2007

Barragem de Bouça Cova

Com as fotos do Doutor Saraiva (aliás como no post anterior...) aqui fica uma apresentação sobre a Barragem de Bouça Cova:


Trancoso

segunda-feira, maio 21, 2007

Actividade de fim-de-semana

Foi excelente, de facto, este fim-de-semana...!

Antes de publicarmos as fotos, roteiro e filmes oficiais do evento, aqui fica uma breve descrição do mesmo.


1. Ida para Vila Franca das Naves

Apesar do começo um pouco periclitante (partimos atrasados...) a coisa compôs-se no caminho, com o grupo a ficar completo em Santa Comba Dão. Chegamos a horas e colocámos armas e bagagens nas casas, indo depois jantar.



2. Jantar no Restaurante O Condesso

Esteve bastante bom (as carnes eram frescas e o bacalhau excelente), bem como as sobremesas, o vinho da casa excelente (de Vila Franca das Naves, naturalmente...) e serviço simpático - o único senão foi o atraso na entrega da conta...


3. As dormidas

O grupo ficou dividido nas duas casas (a 30 metros uma da outra...) e não houve queixas das mesmas. Sobrou um quarto - tivemos de marcar falta aos ausentes...


4. Pequenos Almoços

... que, afinal, eram grandes almoços...! Bolo da Páscoa (uma espécie de pão da época da Páscoa, com ovos), Bolo de Freches, pão de trigo, centeio e santorum, Requeijão, Doces de Abóbora, Geleia, Marmelada, Queijo da Serra, Queijo cabreiro, leite, café, cereais matinais, pão, manteiga e margarina, entre outros - e a coisa ficou composta...


5. Casa da Barragem e Barragem de Bouça Cova

No sábado, após o desayuno, lá fomos para a Barragem de Bouça Cova, inspeccionar a Obra e conhecer a sua albufeira e ainda o local do Almoço - a Casa da Barragem. Ficou tudo aprovado cum laude.


6. Casa dos Moinhos de Aveia

Depois da chegada da malta da Guarda, lá partimos em direcção a Alverca da Beira, antiga vila, chegando depois à sua anexa, a pequena aldeia de Moinhos de Aveia. Lá esperava-nos o Jorge, estagiário de Ecoturismo da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Coimbra. A Casa dos Moinhos de Aveia (antiga casa de moleiro, com três quartos) é excelente, só faltando poder ver o Moinho que está próximo a funcionar (naquele dia, a pouca água e o uso desta na rega impediu este propósito...). Também o Forno da Casa (em casa anexa), a aldeia propriamente dita, a ribeira de Massueime, os prados e a Capela dos Moinhos de Aveia (uma das mais pequenas do Mundo...!) tudo isso nos encantou!


7. Almoço na Casa da Barragem

Depois da visita matinal (e levando o Jorge a almoçar connosco...) fomos grelhar as iguarias para a Casa da Barragem. Estava tudo óptimo (o vinho Maria Moira, rosé aperitivo da Adega Cooperativa de Vila Franca das Naves, o Alvarinho e o verde tinto Quinta de Santo António). Depois da Canja (de galinha caseira), da morcela, da chouriça, da farinheira, das carnes, das saladas, houve ainda o Queijo da Serra e as sobremesas (salientando-se o Arroz Doce e as Papas de milho, doce tradicional feito com carolo de milho). Apareceu ainda a Lete, uma colega de um participante, curiosamente filha dos afilhados do dono da Casa...! A seguir um café e ala que se faz tarde...


8. Ida a Almeida

Depois de devolvermos o Jorge aos Moinhos de Aveia, fomos por Prados, Ervas Tenras, Souro Pires, Malta e Pinhel até chegarmos a Almeida. Como chegámos atrasados e com chuva, dispensámos a Guia da Visita, aceitando apenas os folhetos. Vimos tudo o que estava previsto (as instalações debaixo de terra, a estrutura defensiva e seus fossos, a Roda dos Enjeitados, as fundações do antigo Castelo, o Picadeiro d'El Rey e o casario e ruelas intra muros, só faltando mostrar o Domus Municipalis...). Depois fomos ver uma sucessão de falhas, muito perto da Muralha, indo de seguida até Espanha (fronteira de Vilar Formoso) à localidade de Fuentes de Oñoro (ver a Cegonha e aos caramelos, recuerdos e gasolina).


9. Souro Pires

Em Souro Pires apenas recolhemos amostras de granito e fotografámos o Bloco Pedunculado (ficou por ver o interior da aldeia, com o antigo Solar dos Távoras e, antes disso, a Barragem de Manigoto/Vascoveiro). Há que voltar, um dia destes...


10. Jantar na Casa de Vila Franca das Naves e Observação Astronómica

À noite comemos na casa onde dormiu o grosso das tropas, tendo-se consumido sobra da Canja do Almoço, Caldo Verde, Lasanha à Moda do Fernando e Arroz de Marisco, bem como as sobremesas que sobraram do Almoço e outras que cada um tinha trazido. Estava tudo excelente e no final fizemos a Observação Astronómica, na Rua da Amoreira, tendo aparecido o Carlos Saraiva (curiosamente ex-colega do JNF...) e uns primos meus. A Lua, Júpiter, Saturno e Vénus, entre outros, dignaram-se aparecer...


11. Crista Quartzítica de Vale de Mouro, Trancoso e Barragem da Teja

Na última manhã, depois das trocas de presentes (na véspera o grupo tinha presenteado o dono das casas com uns excelentes binóculos e receberam, as Senhoras, um pano de cozinha bordado e um livro da minha mãe e os Senhores um Vinho Vilas Francas...) partimos em direcção à Trancoso. Antes parámos no cruzamento de Vale de Mouro, onde observámos um afloramento de Quartzito que talvez merecesse classificação de Geomonumento Municipal (aliás como Bloco Pedunculado de Souro Pires...). Depois começou o dilúvio e fomos até Trancoso, onde o pai da minha colega Cristina Castela nos deu dúzia e meia das excelentes sardinhas Doces de Trancoso (e que toda a gente adorou...!) fazendo-se de seguida, com Guia, a visita a Trancoso. Por estar a chover não vimos a Câmara Municipal e a Estátua do Bandarra, por estar gente na Igreja de S. Pedro não vimos o túmulo do Bandarra (apreciámos a praça com o Pelourinho e as Igrejas de S. Pedro e da Misericórdia debaixo das arcadas) e não vimos a Judiaria. Pudemos ver o Boeirinho, as Portas d'El-Rei, Portas do Prado e Portas de João Tição, as muralhas e o interior do Castelo, com a Torre de Menagem, bem como as sepulturas antropomórficas. Em seguida fomos em direcção à Barragem da Teja, de que gostámos (os mergulhões que desaparecem de Bouça Cova estão lá todos...) e que denota alguns sinais perturbadores (a água da ribeira sai com cor avermelhada, o que pode significar problemas na Barragem...) . Depois voltamos a Trancoso para ir almoçar...


12. Almoço na Quinta da Alegria

Na estrada de Trancoso para Fiães está a Quinta da Alegria, que serve Almoços e Jantares nos fins-de-semana e feriados, num belo sítio. As entradas eram excelentes (adorei a dobrada, os torresmos e as outras dez coisas que provei...) a sopa (diz o JNF...) não prestava porque tinha favas (LOL...) e os Filetes com Salada Russa e os Medalhões de Vitela com Beijinhos não estavam nada maus. Mas o melhor ficou para o fim - as sobremesas eram excelentes e o preço da refeição ainda melhor...


13. Última paragem - Frechão

Em seguida os resistentes foram até Frechão, terra onde nasceu minha mãe. Pelo mau tempo não pudemos ver as vistas (avista-se a Guarda deste local...) mas deu para perceber a beleza do sítio. Nela recolhemos amostras biológicas (obrigado prima Rosinha...) e vimos granitos, migmatitos e xistos (para não dizerem que na zona não há rochas metamórficas...). Ainda provámos as cerejas de um primo meu (que já pintavam...) e, já no caminho para casa, compramos algumas de Freches, terra com um microclima que lhe permite ter tanta fruta antes da época.


Depois foi só devolver a Coimbra os seus dois habitantes (após uma paragem para repartir as Sardinhas Doces) e voltar a Leiria. E, alma até Almeida, há que ter esperanças - pode ser que qual dia voltemos a fazer uma actividade destas em Vila Franca das Naves...!

quinta-feira, maio 17, 2007

Material de apoio para actividade do fim-de-semana

Conforme aqui referido, irá este fim de semana um grupo até terras do interior, mais exactamente até Vila Franca das Naves e suas cercanias, para explorar a zona e conhecer as suas potencialidades.

Com ponto de partida e proposta de auto-descoberta, aqui ficam as minhas sugestões...


1. Vila Franca das Naves

Freguesia do concelho de Trancoso, recém-elevada a Vila, tem Comércio, Indústria, Escolas, Estação de Comboio e muitas outras coisas que merecem uma visita.

Links sobre VFN:


2. Almeida

Vila fronteiriça fortificada, uma das mais bem conservadas de Portugal. É uma das 12 Aldeias Históricas portuguesas.

Links sobre Almeida:


3. Trancoso

Cidade classificada como Aldeia Histórica, tem um centro amuralhado medieval muito bem conservado. Terra do Bandarra e das Sardinhas Doces...!

Links sobre Trancoso:


4. Casa dos Moinhos de Aveia

Casa do moleiro anexa a moinho de rio, é uma casa de turismo rural alugável. Situada numa anexa da freguesia de Alverca da Beira (concelho de Pinhel) chamada Moinhos de Aveia, na estrada entre Alverca e Freixedas, num sítio interessantíssimo, vale bem a visita.

Links sobre a Casa dos Moinhos de Aveia:


5. Souro Pires

Freguesia do concelho de Pinhel, com o antigo Solar dos Távoras, tem um Bloco Pedunculado de Granito interessantíssimo.

Links sobre Souro Pires:

6. Bouça Cova

Freguesia do concelho de Pinhel, com Barragem homónima.

Links sobre Bouça Cova:


7. Barragens

Para quem acha que as barragens são todas iguais, há que ler alguma coisa sobre o assunto...

Links sobre Barragens:

Seminário Educação Ambiental - Alcobaça

CÂMARA MUNICIPAL DE ALCOBAÇA

PELOURO DO AMBIENTE

Seminário EDUCAÇÃO AMBIENTAL

BIBLIOTECA MUNICIPAL- 26 de Maio de 2007

Conforme nós já aqui tínhamos divulgado, realiza-se, em 26.05.2007, sábado, em Alcobaça, um Seminário sobre Educação ambiental.

Aqui fica o Programa, agora (quase) definitivo:

PROGRAMA


9.00 h Recepção dos participantes e entrega de documentação

9.30 Abertura – Ex.mo Sr. Secretário de Estado do Ambiente (Doutor Humberto Rosa - presença a confirmar)

10.00 h - Painel I – Educação Ambiental em Portugal

10.00 - Comunicação Livre: Dr. Jorge Paiva, Biólogo (presença a confirmar)

10.30 - "Educação ambiental - Haver ou não haver, eis a questão..."- Mário Oliveira, Geólogo, Oikos - Associação de Defesa do Ambiente e do Património da Região de Leiria

11.00-11.20 h Intervalo para café

11.15 h- Painel II - Projectos nacionais de Educação Ambiental

11.20 – O Projecto Rios - Pedro Teiga, Mestre em Eng.ª do Ambiente, FEUP/LPN

11.40 - O projecto Lagartagis - Patrícia Garcia, Bióloga, Tagis

12.00– Animais do presente para conhecermos o passado - Marta Moreno García e Carlos Pimenta, Arqueozoólogos, Laboratório de Arqueozoologia – Instituto Português de Arqueologia

12.30 h Intervalo para Almoço

14.30 h - Painel III - Resultados de projectos EA realizados em Alcobaça

14.30 – O projecto Eco-Escolas - Margarida Gomes, Coordenadora Nacional Programa Eco-Escolas

14.50 - "Educar o presente, preservar o futuro." - Projecto de Educação e Sensibilização Ambiental do Grupo SUMA - Paula Correia, Psicóloga, Técnica de sensibilização, Suma

15.10 - Contaminação Parasitária por fezes de canídeos em áreas urbanas e não urbanas do concelho de Alcobaça/Educação Ambiental - Cristina António, Veterinária Municipal de Alcobaça, Fernanda Rosa, Investigadora Auxiliar, Instituto de Investigação Científica Tropical e Virgínia Crespo, Docente, Instituto Politécnico de Santarém

15.30 – Projecto de Educação Ambiental desenvolvido pelas Águas do Oeste – Município de Alcobaça - Cláudia Tomás, Eng,ª, Área de Comunicação e Educação Ambiental – Águas do Oeste

16.00 h -Intervalo para café

16.30 h – Conclusão do Painel III

16.30h - Resultados de um projecto em curso no ano lectivo 2006-2007 - Externato Cooperativo da Benedita, Alunos do projecto Eco-Escolas

16.50h Entrega de prémios:Concursos Projecto Educação Ambiental 2006-2007

17.30h Encerramento e conclusões


LINKS:

terça-feira, maio 15, 2007

No dia em que o Rei faz anos...!

segunda-feira, maio 14, 2007

Da inteligência do Ministério da Educação

Aproxima-se, a passos largos, a data em que milhares de alunos de 4º ano (que, antigamente, se chamava 4ª Classe...) e do 6º Ano irão fazer uma espécie de exame, nas áreas de Matemática e Língua Portuguesa.

Dito de outra forma, os alunos vão resolver umas perguntas, numa intitulada Prova de Aferição, que não contará, em nada, para a sua avaliação mas que, provavelmente, servirá para avaliar os professores num futuro próximo - vide este post d'A Educação do meu Umbigo, intitulado O Argumento Decisivo.


Eu, que até sou apoiante da realização de verdadeiros exames no final de cada Ciclo, acho esta fantochada deplorável, até porque, para que os alunos se esforcem, é necessário que isto sirva para alguma coisa (e, não servindo para a avaliação dos alunos e, simultaneamente, para depois avaliar os professores, não tem significado algum...).

Depois, para disfarçar a eventual má prestação dos alunos (o que fica mal nas Tabelas Comparativas dos países...) há sempre hipótese de quem manda pôr cá fora aberrações de tipo que o Blog A Educação do meu Umbigo descreveu perfeitamente no post Noves Fora Nada... Como diz nesse post o Paulo Guinote, "Basta, por exemplo, aconselhar que não se descontem na cotação certos erros. Aliás basta confirmarem com as indicações dadas aos correctores da provas de aferição de Matemática de 9º ano realizadas em 2004 (o último ano em que se realizaram) e tudo aquilo que então não se deveria considerar passível de penalização." Mas, depois da celebração dos 90 anos do 13 de Maio, os milagres estão na moda - venham eles...


No caso do concelho em que resido actualmente (Leiria) dá-se ainda o caso de, milagre da planificação e da sabedoria, terem conseguido marcar um destes exames na data do Feriado Municipal de Leiria (22 de Maio, para quem não sabe...) com o que isso implica em termos de logística (convocar funcionários e professores, faltas de alunos que fazem a ponte, transportes escolares, refeições e cantinas, problemas familiares, entre outros...) . Imaginem que estes exames eram marcados no dia 13 de Junho (Dia de Santo António), 24 de Junho (Dia de S. João) ou 4 de Julho (Dia da Rainha Santa Isabel) - o que será que as pessoas de Coimbra, Porto ou Lisboa (e muitos outros munícipios...) diriam?

Mas, para mim, para além das trapalhadas atrás referidas, o que me choca ainda mais são as normas do Manual do Aplicador (que merecem uma cuidadosa consulta, porque só lendo é que se acredita...). A forma detalhada como é imposto o modus operandi deste arremedo de Exame (que cai no rídiculo de dizer, quase minuto a minuto, o que fazer, e refere, ipsis verbis, o que o professor tem de dizer em cada momento...!) é um manual do entendimento que o Ministério da Educação tem dos Professores portugueses (que são tratados como robots acéfalos...) e dos alunos (que merecem um tratamento de deficientes profundos...).

A título de exemplo, cite-se o que ocorrerá no Pseudo-Exame de Matemática (que se inicia às 10.00 horas...) às dez horas e dez minutos de 24.05.2007, conforme está escrito no atrás referido Manual:

ATENÇÃO

A partir deste momento não pode ler nada da prova, nem pode dar qualquer explicação aos alunos.

• Desloque-se pela sala, com frequência. Nessas deslocações:
− certifique-se de que todos os alunos têm em cima da mesa apenas o material necessário à resolução da prova; nas aplicações do 2.º Ciclo os alunos não podem utilizar transferidor;
− verifique se todos os alunos preencheram correctamente os cabeçalhos da capa daprova e confira se o nome de cada um coincide com o da pauta de chamada. Nas aplicações do 2.º Ciclo deve ainda conferir a identidade do aluno face ao seudocumento de identificação;
− rubrique o enunciado no local reservado para o efeito.

• Leia em voz alta, ao fim de:
− 30 minutos – prova do 1.º Ciclo;
− 35 minutos – prova do 2.º Ciclo.

Ainda têm 15 minutos. Quando acabarem de responder a todas as questões, devem aproveitar o tempo que sobrar para lerem com muita atenção as vossas respostas, verem se estão correctas e se não se esqueceram de responder a alguma questão.

• Informe, quando tiverem passado:
− 45 minutos – prova do 1.º Ciclo;
− 50 minutos – prova do 2.º Ciclo.

Acabou o tempo. Não podem escrever mais nada. Agora vão ter o intervalo. Estejam à porta da sala às 11 horas e 20 minutos em ponto. Não se esqueçam. Podem sair.

PS - E o resto é tão ou mais ridículo do que o atrás citado (note-se que o Exame tem intervalo e os alunos têm acesso à totalidade das questões na primeira parte...). Cá vamos, cantando e rindo...

Imagem retirada do Blog Anterozóide...

domingo, maio 13, 2007

GeoPoesia

Tsunami – Mar não

As tuas mãos estavam abertas de luz
E continham o mundo todo
Perdido na água revolta.
- E agora? Onde irás pousar?

As tuas mãos estavam sujas e desgastadas
E não tinham seguro, entre os dedos,
Qualquer dos teus caminhos.
- E agora? Quem te conduz?

Os teus olhos tinham o vago da paisagem
E o tudo e o nada, o horizonte,
Uma réstia de brilho. Lembravam uma viagem.
- E agora? Quem te acompanhará?

Lembra filho de quem partiu.
- Continua contigo no coração!
Foi na voragem de um mar não,
Tão lindo e profundo.
- Nunca mais vai voltar!
- E agora? Quem te vai embalar?

Será este mesmo mar, que a vida te levou,
A de novo ta dar.
- Vá! Agora! Não te esqueças de sonhar!

Poema inédito de João Carlos Silva Ribeiro

quinta-feira, maio 10, 2007

11th International Cave Rescue Conference


The official language of the conference is English.

Deadlines:


We have decided the 11th Conference during the Congress UIS held in Greece in August 2005.

We know that they were many and different trainings about the rescue in all the countries and continents. An inquiry is organised during this year 2006 to know the organization of cave rescue in the world. We have to study the administrative aspects of cave rescue : it's the objective during this 11th Conference.

The cave rescue teams are not known in several countries, so we are planning to discuss it how can we organize and do a rescue operation, if it is needed.

Besides them we are planning that how the countries deal with insurance, with responsibility, with finance and security?

This conference will bring answers and projects for cavers.

Before this Conference, we will send the result of the above mentioned inquiry about cave rescue; we will use it for our discussion.


SITE da CONFERÊNCIA - AQUI

Enciclopédia da Vida na Internet

Lançada "Enciclopédia da Vida" com 1,8 milhões de espécies

Na Internet
09.05.2007 - 21h15 - Reuters


Das maçãs às zebras, todas as 1,8 milhões de espécies conhecidas de animais e de plantas serão listadas na "Enciclopédia da Vida", na Internet, no âmbito de um projecto de cem milhões de dólares (73,6 milhões de euros) lançado hoje.

O projecto, que durará dez anos, pode ajudar todas as pessoas, desde as crianças com trabalhos de casa de biologia a governos que pretendam proteger espécies ameaçadas.

"A Enciclopédia da Vida pretende criar uma entrada para cada espécie conhecida", explicou James Edwards, director-executivo do projecto. "Neste momento falamos de 1,8 milhões". As espécies que forem sendo identificadas serão acrescentadas ao projecto.

Estará disponível informação em texto (inicialmente apenas em inglês), fotografias, mapas e vídeos.

A enciclopédia, gerida por uma equipa de entre 25 e 35 pessoas, vai partir de bases de dados já existentes para mamíferos, peixes, aves, anfíbios e plantas.

O projecto será coordenado pelo U.S. Field Museum, Universidade de Harvard, Marine Biological Laboratory, Missouri Botanical Garden, Smithsonian Institution e pela Biodiversity Heritage Library, um grupo que inclui o Museu de
História Natural de Londres, o Jardim Botânico de Nova Iorque e o Jardim Botânico Real em Kew, Inglaterra.

Este ano comemora-se o 300º aniversário do nascimento do sueco Carl Linnaeus, cujo trabalho marcou a forma como as espécies são classificadas.

in Público - ver notícia

Site da Encyclopedia of Life

NOTA: Faltam poucos dias para se comemorar o 3º centenário do nascimento de Lineu...! Este Blog irá recordar a data com alguns posts, em conjunto com os Blogues Geopedrados e Ciências Correia Mateus, tal como este.

segunda-feira, maio 07, 2007

Actividade geológica de 18 a 20 de Maio de 2007

No fim-de-semana de 18 a 20 de Maio de 2007 o Blog GeoLeiria irá fazer uma actividade com Geologia na região da Guarda, intitulada À descoberta das Barragens e Geologia da zona de Trancoso/Pinhel.

Para os inscritos na mesma aqui ficam mais dados sobre a mesma...

1. Data: 18 a 20 de Maio de 2007 (6ª a Domingo)


2. Local de dormida: Vila Franca das Naves (casas particulares - cedidas por Agostinho Martins).

3. Locais a visitar: Vila Franca das Naves, Barragens de Bouça Cova, Manigoto e da Teja, Moinhos de Aveia, Trancoso e Almeida (e o mais que se verá...).
NOTA: A ida ao Moinho de Aveia voltou ao programa, embora a azenha não funcione neste fim-de-semana...


4. Refeições: Restaurante "O Condesso", de Vila Franca das Naves, e Restaurante Quinta da Alegria, de Trancoso, sendo as restantes refeições confeccionadas pelos participantes.


5. Actividades: visita a Vila Franca das Naves e Trancoso, às Barragens da Teja, Manigoto e de Bouça Cova, Casa do Moinho de Aveia (com Azenha a funcionar) e ainda Passeios Pedestres, várias observações geológicas e Observação Astronómica.


6. Inscritos (lista definitiva):
  • Família Martins (2 adultos e 1 criança)
  • Família Ferreira (2 adultos)
  • Doutor António Saraiva
  • M.ª da Céu Machado e Ana Rola (geólogas honorárias...)
  • Família Garcia (1 adulto e 1 jovem)
  • Família Monteiro (2 adultos e 2 jovens)*
  • Família Martins Sénior (2 adultos)**

* Dormindo na Guarda e participando só no sábado
** Cedendo as casas e alimentando as tropas


7. Material a levar:

  • Lençóis e toalha de banho (as casas têm roupa de cama e toalhas)
  • Um bebida (homens)
  • Uma sobremesa (mulheres)
  • Material de pequeno almoço (para as crianças)
  • Roupa adequada ao campo e ao frio nocturno

NOTA: Os Doutores em Geologia, Engenheiros inscrito na Ordem dos mesmos e os familiares directos do dono da casa não levam lençóis nem toalhas...


8. Horário (sujeito a alterações...) das actividades:

18.05.2007

  • 18.00 - Partida de Leiria
  • 18.30 - Partida de Coimbra
  • 20.30 - Instalação nas casas
  • 21.00 - Jantar no Restaurante "O Condesso" (Vila Franca das Naves)
  • 23.00 - Convívio e/ou Observação Astronómica...
  • 24.00 - Toque de Recolher

19.05.2007

  • 09.00 - Toque de Alvorada e Banhos
  • 09.30 - Pequeno Almoço
  • 10.00 - Visita à Barragem de Bouça Cova
  • 11.00 - Visita à Casa do Moinho de Aveia
  • 12.00 - Preparação do Almoço (Churrasco na Casa da Barragem)
  • 12.30 - Almoço
  • 14.30 - Visita à Barragem do Manigoto
  • 15.30 - Visita guiada a Almeida
  • 17.30 - Bloco pedunculado de granito de Souro Pires
  • 18.00 - Merenda
  • 19.00 - Preparação do Jantar (Caldo Verde, Lasanha à Fernando e Arroz de Marisco)
  • 20.00 - Jantar (Casa das Dormidas)
  • 21.00 - Observação Astronómica (vai chover...)
  • 24.00 - Toque de Recolher

20.05.2007

  • 08.30 - Toque de Alvorada e Banhos
  • 09.00 - Pequeno Almoço
  • 09.30 - Afloramento quartzítico de Vale de Mouro
  • 10.00 - Visita guiada a Trancoso
  • 11.00 - Visita à Barragem da Teja
  • 12.30 - Almoço no Restaurante Quinta da Alegria (circa Trancoso...)
  • 15.00 - Regresso

NOTA: As casas onde ficaremos instalados têm, no total, 4 casas de banho completas...

Última versão - 17.05.2007

domingo, maio 06, 2007

Darwin na Internet


Via ICN (que, no site, ainda não é ICNB...!) publicamos a seguinte notícia:


A Universidade de Cambridge disponibiliza on-line os trabalhos de Darwin. Neste momento, apenas estão ali inseridos cerca de 50% dos documentos, esperando-se que, em 2009 (bicentenário do nascimento do cientista e 150º aniversário da publicação de "A origem das espécies"), esteja disponível a totalidade dos trabalhos existentes.

Neste momento, pode já consultar a 1ª edição do "Journal of Researches" (1839) (ou "Voyage of the Beagle"), "The Descent of Man" (1871), "The Zoology of the Voyage of HMS Beagle" (1838-43) e a 2ª , 3ª, 4ª e 5ª edições do "On the Origin of Species", para além de manuscritos e cadernos de notas. O site inclui ainda uma vasta bibliografia sobre Darwin e um grande catálogo de manuscritos com mais de 30 mil entradas, 50.000 páginas de texto e 40.000 imagens, bem como versões audio das suas obras.

Consulte: http://www.darwin-online.org.uk

sábado, maio 05, 2007

Blog interessante...

Por sugestão familiar (a minha mana velha, M.ª João, interessada nestas coisas...) aqui a fica a sugestão da visita ao Blog Comunicação Não Violenta.

Como aperitivo, aqui fica um dos muitos filmes que lá estão...


Biologia - 1 Geologia - 0


O Professor Doutor Galopim de Carvalho publicou, na edição de hoje (5.05.2007) do Público a seguinte notícia/artigo de opinião, que a GEOPOR gentilmente nos enviou:

Natureza: biodiversidade e geodiversidade

A reestruturação do ICN poderia ter sido feita sem mudar o nome original, sintético, coerente, expressivo e mais correcto

O Presidente da República encorajou, no seu discurso do 25 de Abril, os jovens a não se resignarem. Já não sou jovem, mas escrevo porque não me resigno com a mudança de nome do Instituto da Conservação da Natureza (ICN) para Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade (ICNB) estabelecida pelo Decreto-Lei n.º 136/07. Biodiversidade é uma forma de dizer, numa só palavra, diversidade biológica, ou seja, o conjunto dos seres vivos. É, para muitos, a parte mais visível da natureza, mas não é, seguramente, a mais importante. Outra parte, com idêntica importância, é a geodiversidade, sendo esta entendida como o conjunto das rochas, dos minerais e das suas expressões no subsolo e nas paisagens.

No meu tempo de escola ainda se aprendia que a natureza abarcava três reinos: o reino animal, o reino vegetal e o reino mineral. A biodiversidade abrange os dois primeiros, e a geodiversidade o terceiro. Estando assente, e bem, que biodiversidade é parte integrante da natureza, a designação agora decretada para este importante organismo do Estado é, no mínimo, desnecessária e redundante. Esta redundância vem de trás. Ficou consagrada em 2001 na Estratégia Nacional para a Conservação da Natureza e da Biodiversidade, na sequência da Convenção sobre a Diversidade Biológica (Conferência do Rio, 1992). O nome vem daí, mas custa-me a crer que, num organismo onde trabalham mais de quarenta biólogos e uma quinzena de arquitectos paisagistas, ninguém tenha chamado a atenção do legislador para esta aparente ingenuidade que, cientificamente, raia o ridículo - a menos que alguém me explique aquilo que me parece inexplicável. Está fora de causa qualquer juízo crítico à reestruturação deste instituto, mas ela poderia ter sido feita sem mudar o nome original, que era sintético, coerente, expressivo e, por isso, mais correcto.

Retirar a biodiversidade da natureza é o mesmo que retirar o sobreiro do conjunto das árvores, o bacalhau do dos peixes, o papagaio do das aves, os morcegos do dos mamíferos, os jornais do da comunicação social e por aí adiante, num nunca mais acabar de exemplos disparatados. Ao enfatizar a componente biológica, a nova designação do ex-ICN torna mais evidente a subestima que, lamentavelmente, a nossa administração tem manifestado pelos valores da geologia. Como se a paisagem e a civilização não dependessem do substrato geológico.
Os governantes deveriam estar mais elucidados sobre o papel da geodiversidade na civilização moderna, na prospecção e exploração das matérias-primas metálicas e não metálicas, dos combustíveis fósseis e nucleares, das águas subterrâneas, para não falar no conhecimento dos riscos sísmico e vulcânico ou no dos terrenos sobre os quais se edificam barragens, pontes e outras grandes obras de engenharia. É que, apesar de na quinta das 10 opções estratégicas aprovadas em 2001 se propor "desenvolver em todo o território nacional acções específicas de conservação e gestão de espécies e habitats, bem como de salvaguarda e valorização do património paisagístico e dos elementos notáveis do património geológico, geomorfológico e palentológico", nem o decreto-lei que lhe deu seguimento, nem a Portaria n.º 530/07, que lhe fixa os estatutos, têm um artigo, uma alínea, uma palavra referente à componente geológica da natureza. Mas tem meia centena de referências à biodiversidade. Esta pouquíssima importância dada à geodiversidade por este instituto fica, aliás, bem demonstrada pelo número de geólogos que ali trabalham, menos do que os dedos de uma mão entre 180 técnicos superiores. Que país é este que tem na geodiversidade (mármores, granitos, cobre, zinco, volfrâmio, estanho) a maior fonte de riqueza e a subestima na instituição que seria suposto zelar por ela? É o mesmo país que extinguiu, em 2003, o Instituto Geológico e Mineiro. Valha-nos Santa Bárbara!

A. M. Galopim de Carvalho

Geólogo

in Público (5/Maio/2007)

ADENDA: Já nem a Santa Bárbara nos vale, caro Doutor Galopim de Carvalho. Quando é que os Geólogos valem a si próprios e se organizam numa Ordem...?

sexta-feira, maio 04, 2007

Olhares sobre a Nazaré

Da geóloga Mª Laura Anastácio, da C. M. Nazaré, recebemos, via Geopor, a seguinte informação:


Dia 5 de Maio - 15.00 horas

Apresentação do projecto "Olhares sobre a Nazaré,Visitas guiadas"

A visita inaugural de Olhares sobre a Nazaré - a designação dada ao conjunto de visitas guiadas aos principais pontos de interesse da vila, proporcionado pela autarquia. A História, a Etnografia, a Biologia e a Geologia vão ser as áreas de destaque nestes percursos sobre a Nazaré.
Nesta visita, aberta ao público em geral sob inscrição prévia, será possível conhecer de forma mais pormenorizada locais como o Santuário de Nossa Senhora da Nazaré, o Forte de S. Miguel ou a gruta do Forno d'Orca, na Praia do Norte. Para tal, participarão nesta iniciativa Dr. Júlio Almeida, em representação da Confraria de Nossa Senhora da Nazaré, Dr. António Nabais, director do Museu Etnográfico e Arqueológico Dr. Joaquim Manso, e o Professor Doutor Pedro Callapez, professor do Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Coimbra.

As inscrições poderão ser feitas através do telefone 262 561 194 (até às 17.00 horas de 6ª-feira, dia 4) e são gratuitas.

A concentração dos participantes ocorrerá junto à Praça Dr. Manuel de Arriaga. Olhares sobre a Nazaré é uma iniciativa organizada pela Câmara Municipal da Nazaré, com o apoio da Confraria de Nossa Senhora da Nazaré.

Saída de Campo e Palestra sobre Geologia de Leiria


O Professor Doutor Jorge Dinis, do Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Coimbra e que foi meu professor na Universidade, vai realizar uma actividade intitulada "A Geologia da região de Leiria". Esta será em 04.07.2007 e terá uma componente teórico/prática da manhã e uma saída de campo à tarde (o horário ainda terá de ser definido...) e estará aberta a todos os docentes de Leiria, preferencialmente dos grupos de Biologia/Geologia, Ciências da Natureza e Geografia.

Logo que haja mais informações elas serão aqui colocadas, bem como em outros Blogues...

Apresentação de site e Revista Espeleológica


No dia 04 e 05 de Maio de 2007, pelas 18.00 horas, na sede da Cooperativa de Comunicação e Cultura de Torres Vedras, proceder-se-á à apresentação da Revista Trogle, n.º5 e o site na Internet da AESDA – Associação de Estudos Subterrâneos e Defesa do Ambiente.

A entrada é livre - vem até à Rua da Cruz, nº9, em Torres Vedras, vem estas agradáveis novidades.

terça-feira, maio 01, 2007

Seminário Educação Ambiental - Alcobaça

Seminário EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Organizado pelo Pelouro do Ambiente - Câmara Municipal de Alcobaça

BIBLIOTECA MUNICIPAL- 22 de Maio de 2007


Programa:

09.00: Recepção dos participantes e entrega de documentação

09.30: Abertura – Ex.mo Sr. Secretário de Estado do Ambiente Prof. Humberto Rosa (a confirmar)


Painel I – Educação Ambiental em Portugal

10.00: Comunicação Livre - Fernando Catarino, Biólogo

10.30: "Educação ambiental - Haver ou não haver, eis a questão..." - Mário Oliveira, Geólogo, Oikos - Associação de Defesa do Ambiente e do Património da Região de Leiria

11.00 - 11.15: Intervalo para café


Painel II - Projectos nacionais de Educação Ambiental

11.15: O Ano Polar Internacional em Portugal. Ciência e Educação- Gonçalo Vieira, Geógrafo

11.30: O projecto Escola de Mar - Cristina Brito, Bióloga, Escola de Mar

11.45: O projecto Lagartagis - Patrícia Garcia, Bióloga, Tagis

12.00: Animais do presente para conhecermos o passado - Marta Moreno García e Carlos Pimenta, Arqueozoólogos, Laboratório de Arqueozoologia – Instituto Português de Arqueologia


13.00: Intervalo para Almoço


Painel III - Resultados de projectos EA realizados em Alcobaça

14.30: O projecto Eco-Escolas - Margarida Gomes, Coordenador Nacional Projecto Eco-Escolas

14.45: "Educar o presente, preservar o futuro." - Projecto de Educação e Sensibilização Ambiental do Grupo SUMA - Paula Correia, Psicóloga, Técnica de sensibilização, Suma

15.00: Resultados da Campanha Coastwatch 2006/07 - "O Papel das Populações na Protecção do Litoral" - Lurdes Soares, Geógrafa, GEOTA

15.15: Contaminação Parasitária por fezes de canídeos em áreas urbanas e não urbanas do concelho de Alcobaça / Educação Ambiental - Cristina António, Veterinária Municipal de Alcobaça, Fernanda Rosa, Investigadora Auxiliar, Instituto de Investigação Científica Tropical e Virgínia Crespo, Docente, Instituto Politécnico de Santarém

15.30: Projecto de Educação Ambiental desenvolvido pelas Águas do Oeste – Município de Alcobaça - Cláudia Tomás, Eng,ª, Área de Comunicação e Educação Ambiental – Águas do Oeste


16.00: Intervalo para café


Conclusão do Painel III

16.30: Resultados de um projecto em curso no ano lectivo 2006-2007 - Externato Cooperativo da Benedita, Alunos do projecto Eco-Escolas


17.00: Encerramento e conclusões



Inscrições para:
Município de Alcobaça
Pelouro do Ambiente
Rua da Liberdade
2460-501 Alcobaça
Telefone: 262 580 824
Fax: 262 580 887.

Informações para: sofia.quaresma@-alcobaca.pt