GeoLeiria

Este Blog pretende ser o ponto de encontro e debate dos Geólogos em/de Leiria e de todos aqueles que gostam desta ciência ou de Biologia, Geografia, Ambiente e Astronomia, entre outras. Criado no âmbito do Projecto Ciência Viva VI "À descoberta da Geologia em Leiria", com membros nas Escolas Correia Mateus e Rodrigues Lobo, Núcleo de Espeleologia de Leiria e Centro de Formação de Leiria, neste local serão colocadas novidades locais, nacionais e internacionais, actividades de Escolas e outros.

domingo, janeiro 29, 2006

VII Congresso Nacional de Geologia (II)

PROGRAMA

Conferências & Simpósios

Durante os dias do Congresso serão realizadas quatro conferências por convite, a cargo de especialistas de reconhecido prestígio nacionais e estrangeiros que abordarão aspectos relacionados com as temáticas do Congresso.
Está prevista a realização durante o Congresso de uma série de simpósios, alguns dos quais serão coordenados pelos grupos de especialidade da Sociedade Geológica de Portugal.


Sessões Científicas

O Congresso está aberto à apresentação de comunicações em todas as áreas das Ciências da Terra e afins.
As temáticas das sessões científicas foram divididas em dois grandes grupos que por sua vez se encontram divididos em subtemas. No primeiro grupo é dada ênfase particular à evolução geodinâmica de Portugal vista do ponto de vista pluridisciplinar, enquanto que no segundo grupo as comunicações distribuem-se pelos grandes temas em que tradicionalmente são subdivididas as Ciências da Terra.
Embora só após a recepção dos trabalhos a apresentar no congresso (bem como de eventuais sugestões que venham a ser feitas) seja possível apresentar a lista definitiva dos temas, avançamos desde já com um esquema organizativo provisório.

I- Evolução geodinâmica de Portugal
I.1. O ciclo varisco
I.1.1. a herança pré-câmbrica
I.1.2. a extensão do Paleozóico inferior
I.1.3. a colisão do Paleozóico superior
I.1.4. por uma visão de conjunto
I.2. O ciclo alpino
I.2.1. do Varisco ao Alpino
I.2.2. o ciclo de Tethys
I.2.3. o ciclo atlântico
I.2.4. por uma visão de conjunto

II- Temas genéricos
II.1. Geodinâmica Interna
II.1.1. Mineralogia, Geoquímica e Petrologia
II.1.2. Geologia Estrutural e Tectónica
II.1.3. Geofísica
II.2. Geodinâmica Externa
II.2.1. Geologia do ambiente
II.2.2. Geologia marinha
II.2.3. Geoquímica de processos superficiais
II.2.4. Hidrogeologia
II.2.5. Sedimentologia
II.2.6. Estratigrafia
II.2.7. Geomorfologia
II.3. Paleontologia
II.4. Áreas de fronteira
II.4.1. Geologia de Engenharia
II.4.2. História e Ensino da Geologia
II.4.3. Património Geológico e Paleontológico
II.4.4. Recursos Geológicos
II.4.5. Aplicação dos Sistemas de Informação Geográfica e da Detecção Remota às Geociências

EXCURSÕES

Para este congresso foi previsto um amplo leque de excursões que, em conjunto abrangem os aspectos mais significativos da evolução geodinâmica do território português. Na programação destas excursões houve o cuidado de se conseguir um esquema que seja o mais flexível possível. As excursões serão realizadas com um número mínimo de 5 pessoas. Mais detalhes serão divulgados com a 2ª circular.

Os preços definitivos das excursões serão anunciados posteriormente, embora se preveja um valor diário que no máximo deverá rondar os 65 Euros/dia, podendo ser bastante inferior para as excursões com um número significativo de participantes.

Estes preços deverão descer significativamente no caso de excursões com um elevado número de participantes.

Excursões Congresso Nacional de Geologia

ias Excursões
29/6 ExA

30/6 ExJ ExG
1/7


ExB ExE
3/7
4/7
5/7
VII
Congresso
Nacional
Geologia
6/7
ExH
ExH
7/7
8/7 ExC ExF ExI
9/7

10/7


11/7


12/7 ExD ExL
13/7
ExM

ExA - Geotransversal no Varisco do Norte de Portugal - coordenação geral de R. Dias (UÉvora e CGE) e A. Ribeiro (FCUL e LATTEX):
- O autóctone da Serra do Marão - C. Coke (UTAD e LATTEX), R. Dias (UÉvora e CGE) e A. Ribeiro (GeoFCUL e LATTEX)
- Estrutura interna do complexo de mantos parautóctones, sector de Murça - Mirandela - J. Rodrigues (INETI), E. Pereira (INETI) e A. Ribeiro (GeoFCUL e LATTEX)
- Unidades alóctones do maciço de Morais - A. Ribeiro (GeoFCUL e LATTEX), E. Pereira (INETI), L. Ribeiro (INETI) e P. Castro (INETI)

ExB - Bacia lusitaniana - J. C. Kulberg (CIGA-UNL), R. Bordalo Rocha (CIGA-UNL) e A. Ferreira Soares (UCoimbra)

ExC - Geotransversal no Varisco do Sul de Portugal - coordenação geral de A. Araújo (UÉvora e CGE)
- O cisalhamento dúctil na fronteira entre a Zona de Ossa-Morena e a Zona Centro-Ibérica - M. Pereira (UÉvora e CGE), J. Brandão Silva (GeoFCUL e LATTEX), M. Chichorro (CGE)
- Os sectores central e sul da Zona de Ossa-Morena; estrutura e estratigrafia - A. Araújo (UÉvora e CGE), J. Piçarra Almeida (INETI) e J. Borrego (CGE)
- O complexo ofiolítico de Beja-Acebuches e a faixa piritosa ibérica - J. C. Pedro (UÉvora e e CG-FCUL), J. Munhá (GeoFCUL e CG-FCUL), P. Fonseca (GeoFCUL e LATTEX), J. T. Oliveira (INETI) e J. Relvas (GeoFCUL e CREMINER)
- Dos últimos incrementos da orogenia varisca ao rejogo alpino precoce; o litoral sudoeste de Portugal - R. Dias (UÉvora e CGE)

ExD - Bacia algarvia - P. Terrinha (GeoFCUL e LATTEX), C. Ribeiro (UÉvora e CGE), M. Cachão (GeoFCUL e CG-FCUL) e R. Bordalo da Rocha (CIGA-UNL)

ExE - Jazigos filonianos hidrotermais e jazigos pegmatíticos espacialmente associados a granitos (Norte de Portugal) - F. Noronha, A. Lima, H. Sant'Ovaia, P. Nogueira, H. C. Martins, A. Almeida, M. A. Ribeiro e A. Dória (GIMEF - CGUP)

ExF - Origem e instalação de granitóides variscos na zona Centro-Ibérica - M. R. Azevedo, B. V. Aguado e A. Esteves (UAveiro e ELMAS)

ExG - Processos holocénicos - C. Andrade (GeoFCUL) e L. Rebelo (INETI)

ExH - Exploração de Mármores da região de Estremoz - L. Lopes (UÉVORA e CGE)

ExI - Sintra - Arrábida - P. Terrinha (GeoFCUL e LATTEX) e J. C. Kullberg (CIGA-UNL)

ExJ - Os complexos vulcano-sedimentares de Toca da Moura e da faixa piritosa em termos de evolução tectonostratigráfica e de mineralizações associadas - J. T. Oliveira (INETI) e J. Relvas (GeoFCUL e CREMINER)

ExL - Os processos dinâmicos de circulação de segregações de fundidos em migmatitos (terrenos de alto-grau metamórfico de Évora, Zona de Ossa-Morena) - M. Pereira (UÉvora e CGE), M. Chichorro (CGE), C. Fernandez (UHuelva), M. D. Azpiroz (USevilha), P. Moita (UÉvora e CGE), J. F. Santos (UAveiro e ELMAS), J. Brandão Silva (GeoFCUL e LATTEX)

ExM - A transição do arco magmático cadomiano para o rifting do Paleozóico inferior (Nordeste Alentejo, Zona de Ossa-Morena) - M. Pereira (UÉvora e CGE), M. Chichorro (CGE), K. Drost (Dresden Museum), U. Linnemann (Dresden Museum) e J. Brandão Silva (GeoFCUL e LATTEX)

quinta-feira, janeiro 26, 2006

VII Congresso Nacional de Geologia


APRESENTAÇÃO
O VII Congresso Nacional de Geologia, realizado sob a égide da Sociedade Geológica de Portugal, será organizado pelo Departamento de Geociências e pelo Laboratório de Investigação de Rochas Industriais e Ornamentais da Universidade de Évora e decorrerá de 29 de Junho a 13 de Julho de 2006, no Pólo de Estremoz da Universidade de Évora. A par das temáticas tradicionais em eventos desta natureza, o VII Congresso dará ênfase especial à evolução geodinâmica do território nacional, à interdependência entre os processos geológicos e ao debate entre geocientistas de diferentes especialidades.

COMISSÃO ORGANIZADORA:

UNIVERSIDADE DE ÉVORA
António Alexandre Araújo
Ausenda Cáceres Balbino
Rui Dias
Isabel Leal Machado
José Mirão

SOCIEDADE GEOLÓGICA DE PORTUGAL
Rogério Bordalo da Rocha
António Ribeiro
António Galopim de Carvalho
Filomena Diniz


ENTIDADES ORGANIZADORAS
Sociedade Geológica de Portugal (SGP)
Departamento de Geociências da Universidade de Évora (DGUEvora)
Laboratório de Investigação de Rochas Industriais e Ornamentais da Universidade de Évora (LIRIO)
Centro de Geofísica de Évora

Mais informações em:
http://www.cge.uevora.pt/viicng/index.php

Em busca de uma segunda Terra

Do Blog Chove sobre Prometeu publicamos hoje a interessante notícia, sobre descoberta de planeta extra-solar.
Actualização: Do press-release do ESO: Representação artística, gráfico incompreensível a não ser para quem não tem vida própria. Também pode ver um video sobre a descoberta.
Desde 1996 que já foram descobertos cerca de 160 planetas a orbitar outras estrelas que não o Sol, na nossa Galáxia.

Hoje é meu grande prazer trazer-vos uma notícia em primeira mão. Foi-me confirmado há pouco pelo The Particle Physics and Astronomy Research Council (friends in high places!) que foi descoberto o planeta mais parecido de sempre com a Terra. A notícia está embargada, e por isso é “secreta”, até ser publicada na edição de 26 de Janeiro da Nature (que é a razão do secretismo). Esperam-se imagens artísticas e animações!

Acerca do planeta. Tem cerca de 5 vezes a massa da Terra, e é por isso o planeta extrasolar mais leve alguma vez descoberto à volta de uma estrela “normal”. Este facto constitui uma descoberta revolucionária na busca de planetas parecidos com o nosso (até hoje os planetas descobertos são a maior parte da ordem de tamanho de Júpiter que é muito maior que a Terra). A estrela orbitada por esse planeta é uma anã-vermelha, com cerca de 1/5 a massa do nosso Sol, e está situada a cerca de 25 000 anos-luz da Terra, perto do centro da nossa Galáxia, a Via Láctea! O planeta foi baptizado OGLE-2005-BLG-390Lb (será que este vai ter um nome não-oficial? Qual será a série de TV que vai inspirar? Eu voto no filme Resident Evil ;-) ). Foi calculado que um ano desse planeta corresponde a 10 dos nossos. Demora então 10 anos a dar uma volta à sua estrela, e fá-lo a uma distância 3 vezes superior à da Terra ao Sol.

Infelizmente, desengane-se quem já imagina pequenos insectos, ou políticos a vaguear pelo novo planeta, pois a temperatura à superfície deverá rondar os 220ºC negativos. Por isso não é de esperar água no estado líquido, que se pensa ser necessária para a existência de vida. Outra característica provável é que o planeta esteja coberta por um oceano de gelo, e que a sua “verdadeira” superfície rochosa esteja debaixo desse gelo. Este conjunto de características que faz com que este planeta seja de facto mais parecido com Plutão do que com a Terra. Diga-se de passagem que veio mesmo a calhar! A sonda New Horizons partiu a semana passada em direcção a Plutão.

O planeta foi descoberto através de “microlentes” gravitacionais, um efeito previsto por Einstein em 1912 (este assunto fica para outra altura). Este método concerteza permitirá a descoberta de mais planetas do género.

É notável termos conseguido “caçar” um planeta só 5 vezes mais massivo que a Terra a uma distância considerável como esta! Quanto tempo faltará para encontrarmos um planeta muito semelhante ao nosso à volta de outra estrela? E quando encontrarmos, será que conseguiremos perceber se haverá vida por lá ou não? Será possível comunicar, caso esta o seja capaz? Perguntas para um post futuro. Para já, vamos ao espumante!

quarta-feira, janeiro 25, 2006

Curso Moodle

Recebemos o pedido de divulgação do seguinte curso:


Curso não presencial (ensino a distância) de formação de professores na utilização do Moodle, promovido pelo GEOTIC em colaboração com Moodle@FCTUNL

http://www.dcsa.fct.unl.pt/geotic/

http://www.geopor.pt:16080/geotic/moodle/index.html

PROGRAMA RESUMIDO
do Curso

Sessão prévia
- Criação de conta e registo no sistema (feito em colaboração com os formadores).
- Inscrição na página moodle que servirá de base de aprendizagem e de trabalho.

1ª sessão (20/Fev.)
Introdução ao sistema Moodle de gestão de ensino/aprendizagem e de trabalho colaborativo (conceitos gerais, página, níveis de utilização e administração, blocos-unidades estruturais da página, recursos e actividades):
- consulta de página-exemplo;
- visionamento de vídeo interactivo demonstrativo;
- documentação em língua portuguesa e em formato electrónico (em linha e/ou descarregável para computador — pdf , flash paper)

Estima-se duração de trabalho individual de 3h.

2ª sessão (21/Fev.)
- Criação (configuração e estruturação) e administração da página: inscrição de utilizadores, criação de grupos de trabalho, relatórios de actividade (estatisticas de acesso e utilização).
- Formatação e utilização dos blocos estruturais da página – calendário, últimas notícias, actividade recente, utilizadores online, etc.)
- Criação e formatação de recursos – etiqueta, página de texto, página web, apontador para ficheiro ou para página, arquivo/pasta)

Estima-se duração de trabalho individual de 3h.

3ª sessão (22/Fev.)
- Criação e formatação de actividades – chat, fórum, glossário, entrega de trabalhos, testes, wiki, questionários e referendos.
- Administração de notas e de escalas de classificação.

Estima-se duração de trabalho individual de 3h.

4ª sessão (23/Fev.)
Interacção entre formandos nos papeis de professor e de aluno.

Duração de trabalho individual de acordo com a disponibilidade do formando.

5ª sessão (24/Fev.)
Notas finais (manutenção: cópia de segurança e restauro de página).
Finalização de actividades.
Auto e hetero-avaliação.
Feedback.

Os formandos poderão continuar a utilizar o sistema após o curso.
Serã emitido certificado de participação no curso.

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Pré-inscrição, até 10 de Fevereiro
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Enviar e-mail para: jpsf@fct.unl.pt ou pal@fct.unl.pt indicando:

Subject: Pre-inscrição curso Moodle (GEOTIC)
Nome e Apelido
E-mail (para utilização durante o curso)
Contacto telefónico, skype ou messenger (facultativo)
Dúvidas/questões sobre o curso (facultativo)
Profissão e/ou instituição (facultativo)

segunda-feira, janeiro 23, 2006

GUIMAROTA – a Jurassic Ecosystem (LIVRO)

Este livro, em Inglês, é uma obra única e formidável, importantíssima para o conhecimento da Geologia de Leiria. Tive o prazer de o folhear, emprestado pelo Doutor Jorge Dinis (do nosso Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Coimbra) numa Geologia ne Verão da Ciência Viva, bem como de estar, tempos antes, à entrada da Mina da Guimarota a falar com o proprietário de terreno e de assistir a uma Palestra sobre a Mina (com o Doutores Galopim de Carvalho e Jorge Dinis, entre outros, na Escola Secundária Francisco Rodrigues Lobo, em Leiria). Mas vamos ao que interessa:

"Em 1960 uma equipa de investigadores do Instituto de Paleontologia da Universidade Livre de Berlim, chefiada pelo Professor W. G. Kuhne, iniciava os trabalhos de pesquisa de fósseis na antiga mina da Guimarota, nos arredores de Leiria, que explorava a lenhite dos níveis do Jurássico superior (Kimeridgiano). O interesse suscitado pelo material fóssil recolhido nesses primeiros anos, enquanto a mina ainda funcionava, levou a que, após o seu fecho, se retomasse a 'exploração' do seu carvão, agora para fins unicamente científicos.

Assim, durante 9 anos (1973-82) aquela antiga mina foi reaberta e explorada com objectivos paleontológicos, tendo-se recolhido milhares de exemplares de crânios, mandíbulas, ossos e dentes de vertebrados terrestres e aquáticos e inúmeros restos de plantas e de invertebrados, tornando o local a mais importante jazida a nível mundial de mamíferos e outros pequenos vertebrados do Jurássico superior.

Com base neste precioso espólio paleontológico, foram sendo publicados numerosos trabalhos científicos, alguns incluídos nas Comunicações e nas Memórias dos Serviços Geológicos de Portugal.

Decorridos mais de 30 anos sobre o início dos trabalhos, pretendeu-se reunir numa única publicação o conjunto dos principais resultados obtidos.

O livro agora editado relata a história desta exploração científica e os principais resultados obtidos pelo estudo dos fósseis encontrados, incluindo a reconstituição paleoambiental da jazida, com capítulos consagrados à flora, ostracodos, carófitas, moluscos, peixes, répteis, dinossauros, mamíferos e, ainda, aos métodos de preparação utilizados.

Esta obra tem uma excelente apresentação em papel 'couché' sendo profusamente ilustrada com fotografias a cores das espécies estudadas e com estampas da reconstituição dos principais vertebrados e dos paleoambientes onde viveram."

Continuam os Sismos...

Continua agitado o território nacional... Mas dividamos o mal pelas aldeias...!

1. Açores


A crise sísmica na região Fogo/Congro (mais exactamente a Caldeira do Fogo e a Lagoa do Congro, que marcam falha direcção aproximada N-S) continua. Iniciada a crise a 10 de Maio de 2005, abundantemente relatada em post anteriores, continua a provocar pequenos sismos (04.10.2005, 21.12.2005 e 19.01.2006) e segundo o SIVISA:
"Recomenda-se a toda a população das freguesias da costa sul entre Lagoa e Ponta Garça e da costa norte entre Ribeira Grande e Maia que não permaneça em habitações que não ofereçam resistência à acção sísmica, nem circulem em estradas ou caminhos junto a taludes ou falésias instáveis. Também nas Furnas se torna necessário seguir as mesmas precauções."


2. Alentejo

Depois dos sismos de 29.12.2005, na proximidade de Mora (dois sismos, com magnitude de 4,2 e 4,4) e de um próximo de Arraiolos (2,9 de magnitude) em 26.12.2005, a Terra torna a tremer, agora em Espanha (e alguns portugueses, nomeadamente de Elvas, a sentir).

Texto publicado pelo IM:
"O Instituto de Meteorologia informa que no dia 22 / 01 / 2006 pelas 16 h 27 min (hora local) foi registado nas estações da Rede Sísmica do Continente, um sismo de magnitude 4,1 (Richter) e cujo epicentro se localizou a cerca de 56 km a SW de Mérida (ESP).
Este sismo, de acordo com a informação disponível até ao momento, não causou danos pessoais ou materiais e foi sentido com intensidade máxima III/IV (escala de Mercalli modificada) na região de Elvas."


3. Banco Josephine e Golfo de Cádiz

O limite entre a Placa Africana e a Placa Euroasiática continua a mexer, embora menos e com menores magnitudes, o que, de facto, é bom (a energia vai-se dissipando pouco a pouco). Continuam os valores díspares entre o IM (Portugal) e o IGN (Espanha) sem que se percebe o porque das diferenças...

Sismo de 19.01.2006, pelas 15:20 horas, a W do Cabo de S. Vicente (que o IM de Portugal não registou e a que o IGN de Espanha deu magnitude 3,6...).

TPC - Sugestões de Leitura:

LIMA, Fernando Vidal Quadros Corte Real (1998) - Introdução à Sismologia, Universidade de Aveiro, 155 p., Aveiro.

LEVY, Matthys & SALVADORI, Mario (2001) - Porque treme a Terra - Terramotos e Vulcões, Editorial Notícias, 247 p., s.l. .

domingo, janeiro 15, 2006

Sismo(s) em Portugal V

A crise continua - às 21.47 horas (de 14.01.2006) deu-se outro sismo, bem visível no sismograma feito pela Estação de Manteigas, que o IGN-Espanha calculou ter a magnitude de 4,4 (aumentando, mais tarde, o valor para 4,7). Já o valor da magnitude para o IM foi de 3,7...


Não sendo nós adeptos de teorias de conspiração, parece-nos que estes números estranhamente díspares para os mesmos sismos e a quase ausência de comunicados oficiais (que não são colocados onde antes estavam...) por parte do IM merecia uma simples explicação... Mas o silêncio do Instituto de Meteorologia sobre os valores reais da magnitude dos sismos continua ensurdecedor...

Sismo(s) em Portugal IV


Novo dia, novo sismo...
Desta vez a bucólica Madeira (e Porto Santo) tiveram direito a um sismo só para si, e que, pelo site do IM, teve magnitude de 3,5 e 5,0 na versão IGN-Espanha...
O sismo apanou os habitantes do arquipélago madeirense a dormir (foi às 04.10 horas de 12.01.2006) e teve, na cidade do Funchal, intensidade II na Escala de Mercalli Modificada.
A crise está ainda para durar, havendo diariamente sismos moderados no Banco Josephine e no Golfo de Cadiz.


quarta-feira, janeiro 11, 2006

Sismo(s) em Portugal III

E a falha continua a mexer-se...
Depois do sismo de 09.01.2006, pelas 16.40, que, pelo site do IM, teve magnitude de 5,1 (5,4 segundo o USGS e 5,8 na versão IGN-Espanha...) houve um sismo, às 01.09 de 10.01.2006, de magnitude de 5,0 (na óptica do IM, mas com valor de 5,7 segundo o IGN-Espanha e 5,6 segundo o USGS).
Em seguida, ainda dia 10 de Janeiro, houve um sismo no Golfo de Cadiz, com magnitude de 3,8 segundo o IM, no Golfo de Cadiz, mas que o IGN-Espanha refere como sendo a Sul de Faro (e com valor de 3,7...). Já o USGS acha que o sismo teve magnitude de 4,5 e tem direito a estar no mapa mundi dos Sismos.
Estes três sismos (e algumas réplicas) são visíveis no sismograma feito pela Estação de Manteigas - Portugal, que aqui apresentamos.

Depois disso têm continuado a ocorrer diversos sismos no Banco Josephine (v. g. 10.33 e 11.59 horas de 11.01.2006, segundo o IGN-Espanha, com valores de 3,8 e 4,3 de magnitude) e provavelmente a pequena crise sísmica irá continuar.

Mas, já agora, até por causa de um comentário a um post anterior, umas perguntinhas:
1. Porquê valores tão díspares para as magnitudes dos sismos?
2. Porque é que o IM não pôs no site, desta vez, nenhum comunicado?
3. Porque é que o IGN-Espanha fala, para o mesmo sismo, de Sul de Faro e o IM-Portugal de Golfo de Cadiz?

terça-feira, janeiro 10, 2006

Sismo em Portugal II


Na sequência do Sismo de ontem, sentido com Intensidade III em Lisboa, na Escala de Mercalli Modificada, esta noite (dia 10.01.2006, pelas 01.09 horas da madrugada) tornou a ocorrer um novo sismo quase no mesmo local, desta vez sentido em Lisboa com a intensidade de II/III e magnitude de 5,0 (segundo o IM) ou 5,4 (USGS).
Mais uma vez vamos ver o que escrevem os jornalistas...

segunda-feira, janeiro 09, 2006

Sismo em Portugal

Isto continua animado - desta vez, na fronteira entre a placa Euroasiática e a placa Africana, entre o Banco de Gorringe e a Crista de Madeira-Tore, no Banco Josephine, ocorreu o sismo com magnitude 5,1 (segundo o Instituto de Metereologia, do Portugal) ou de 5,4 (fonte USGS), seguido por uma réplica de magnitude 3,1.


Este sismo ocorreu hoje, dia 09.01.2006 (2ª-feira) às 16.40.48 (hora de Portugal Continental) e as coordenadas do epicentro foram 37.03° -14.26° (fonte Instituto de Metereologia), sendo o hipocentro a uma profundidade de 10 km (fonte USGS). Nestes dois sites há informações díspares, a confirmar brevemente.


Esperemos que os jornalistas aproveitem a ocasião para pôr em dia os seus conhecimentos geológicos e não continuem a dizer as baboseiras do costume...

domingo, janeiro 08, 2006

Sismo na Grécia

A Grécia foi abalada hoje, dia 08.01.2006 (Domingo), por um sismo de magnitude 6,9 graus (6,7 segunto o USGS) na escala de Richter, que foi sentido em diversos países da região do Mediterrâneo, mas que causou apenas feridos ligeiros e escassos danos materiais.
O epicentro tinha as coordenadas 36.250°N, 23.498°E e o hipocentro foi a 37,7 Km de profundidade (USGS) .

O Correio da Manhã dá a notícia, sucintamente e sem erros, da seguinte forma:

"Um forte sismo de magnitude 6,7 na Escala de Richter foi sentido em Atenas, capital grega, esta manhã de domingo. Até ao momento não há registo de vítimas ou quaisquer danos materiais.

De acordo com a televisão estatal o terramoto cujo epicentro se situou no mar a cerca de 200 quilómetros a sul de Atenas, entre a península de Peloponeso e a ilha de Creta, demorou cerca de sete segundos tendo sido sentido em todo o norte e sul do país, bem como na Sicília (Itália), Cairo (Egipto), Israel e Croácia.

Recorde-se em Setembro de 1999, um terramoto em Atenas, que atingiu os 5,9 na Escala de Richter, matou pelo menos 143 pessoas e deixou outras 60 mil desalojadas. A Grécia regista metade dos abalos sísmicos da Europa."

Segundo a notícia do Público, de acordo com o Instituto de Geodinâmica de Atenas, o sismo ocorreu no mar, ao largo da pequena ilha de Kithira, localizada 200 quilómetros a sul de Atenas. O epicentro do abalo, que aconteceu pelas 13h34 locais (11h34, em Lisboa), e durou 30 segundos, foi localizado a uma profundidade de 70 quilómetros, abaixo do fundo do mar (sic) . É uma pena que os jornais portugueses continuem a não entender o que é epicentro e hipocentro...

terça-feira, janeiro 03, 2006

Sejam benvindos...