Mercúrio como nunca foi visto
A fotografia mostra o Sul de Mercúrio a preto e branco coberto de crateras. Um dos acidentes geográficos mais importantes que se pode ver é a enorme cratera Debussy, com os seus raios brancos formados a partir do material projectado durante a colisão do meteoro, que se prolongam por centenas de quilómetros.
Do lado esquerdo desta cratera, a oeste da Debussy, está a cratera Matabei, mais pequena e com raios escuros. Os cientistas pensam que estes raios são provenientes de material escuro, que estava em profundidade, e foi ejectado durante a colisão de outro meteoro.
A parte inferior da fotografia mostra a superfície da região perto do Pólo Sul do planeta, que até agora não tinha sido registada por nenhuma sonda.
Já existiam fotografias de Mercúrio tiradas a partir da Terra e durante as aproximações que a sonda Messenger e a sonda Mariner 10, também da NASA, fizeram ao planeta. A Mariner 10 aproximou-se do planeta em 1974 e 1975.
A Messenger entrou finalmente em órbita de Mercúrio este mês, a 17 de Março, depois de ter feito três aproximações ao planeta. Durante os próximos três dias vai tirar mais 1185 fotografias com o Mercury Dual Imaging System (MDIS). Está máquina tem uma lente capaz de tirar fotografias a cores que vai fotografar áreas desconhecidas e retratar a topografia de Mercúrio com uma resolução alta.
A Messenger transporta ao todo seis instrumentos que vão estudar o planeta durante um ano, a partir de 4 de Abril, até lá a sonda está em preparação. Durante esse tempo, que pode vir a ser prolongado, espera-se que a MDIS obtenha mais de 75 mil fotografias, uma quantidade de informação superior a 12 gigabytes.