quinta-feira, setembro 29, 2011
Investigação publicada na Science
Observações da sonda Messenger obrigam a repensar formação de Mercúrio
Uma fotografia da superfície de Mercúrio (Carnegie Institution of Washington/NASA)
Não há nada como ver os objectos de perto para os conhecer melhor, e a última vez que se olhou com atenção para Mercúrio foi há 37 anos, com a sonda Mariner 10. Teorias sobre o planeta mais pequeno do Sistema Solar foram feitas a partir destes resultados, mas tudo mudou com a Messenger. A sonda lançada em 2004 começou a orbitar o planeta a 18 de Março deste ano e os dados dos primeiros 90 dias já obrigaram os cientistas a deitar fora aquelas teorias, de acordo com sete artigos publicados nesta quinta-feira na revista Science.
“A presença em abundância de enxofre e potássio na superfície de Mercúrio mostra que o planeta não sofreu as altas temperaturas no início da sua história que pareciam prováveis nas teorias sobre a formação de Mercúrio”, disse Sean Solomon, um dos vários autores dos sete artigos, que trabalha no Instituto Carnegie, em Washington, e que foi o cientista escolhido pela Science para comentar o trabalho, através de um podcast.
Solomon explica que o tamanho de Mercúrio e as forças gravíticas entre os planetas do Sistema Solar levaram gerações de cientistas a concluir que a quantidade de ferro presente no planeta tinha que ser muito maior do que a que existe nos outros planetas do interior do Sistema Solar - Vénus, Terra e Marte. Ou seja, Mercúrio é um planeta densíssimo, com um terço do diâmetro da Terra, com imenso ferro. Em 1974, a Mariner 10, que fez três aproximações a Mercúrio - mas que nunca orbitou o planeta como a Messenger - confirmou esta visão.
As teorias que foram nascendo sobre a sua formação envolviam ou altas temperaturas vindas do Sol, que queimaram uma parte mais externa e mais rochosa do planeta e deixaram a versão mais pequena e mais metálica que hoje conhecemos, ou um outro objecto com um tamanho semelhante ao de Mercúrio que embateu contra este e arrancou essa camada mais rochosa, com a ajuda de altas temperaturas. Em ambos os casos e de acordo com o que se sabe hoje, se isto realmente tivesse acontecido, grande parte do potássio e do enxofre que se encontrou agora à superfície do astro teria sido volatilizada. Por isso, o cientista é peremptório: há que “repensar todas as ideias sobre a formação de Mercúrio”.
Um espectrómetro de raio-X foi o instrumento que permitiu medir estes elementos na superfície do planeta e faz parte dos seis instrumentos principais da Messenger, cujo nome é uma espécie de acrónimo para Mercury Surface, Space Environment, Geochemistry and Raging.
Os instrumentos trouxeram mais surpresas. Os cientistas descobriram uma camada de lava solidificada que cobre seis por cento da área do planeta, o equivalente a três quintos dos Estados Unidos, e tem uma espessura de mais de um quilómetro. A lava brotou de rachas na superfície em grandes quantidades, num fenómeno de vulcanismo que durou pouco tempo e aconteceu entre 3,5 e quatro mil milhões de anos atrás. Esta lava seria tão quente que derretia a superfície, provocando sulcos.
A equipa também descobriu uma paisagem nunca vista, formada por muitos buracos sem bordas salientes, que ocorrem em zonas de substratos brilhantes no meio de crateras de impacto de meteoritos. “A melhor explicação é que há um material destes depósitos que sublimou”, defendeu Solomon. As altas temperaturas diurnas de Mercúrio podem ter volatilizado alguma substância, formando estas concavidades. Isto mostra que ainda “é possível que Mercúrio esteja geologicamente activo”, disse o cientista, acrescentando que a sua superfície pode estar a alterar-se pela perda de alguns materiais.
A sonda tem pelo menos mais seis meses de observação, se a NASA não quiser prolongar os trabalhos. Solomon espera que prolongue. O Sol está a atingir o pico do seu ciclo de actividade e, segundo o cientista, é um privilégio ter um observatório que testemunha esta interacção com o planeta mais próximo da sua estrela. Isto e tentar perceber como é que astros irmãos como Mercúrio, Vénus, Marte e Terra são hoje tão diferentes.
quinta-feira, setembro 22, 2011
Formação em Leiria - Hortas em espaços urbanos
Hortas em espaços urbanos
1 de outubro de 2011
Centro de Interpretação Ambiental de Leiria
Formadora: Fernanda Botelho
Público-alvo: Crianças a partir dos 7 anos, jovens e adultos (ínimo de participantes 12 e máximo 20)
Local de realização: Centro de Interpretação Ambiental de Leiria
Telefone: 244 845 651
Actividades- Como cultivar em modo biológico, uma horta ou um jardim/ horta em pequenos espaços, varandas, terraços ou canteiros.
- Que recipientes utilizar, que tipo de terra, qual a melhor escolha de plantas, plantas repelentes de insectos e plantas que atraem polinizadores.
- Pequenos truques para evitar e tratar algumas pragas.
- Qual a melhor altura do ano para iniciar a sua horta.
- Plantar, transplantar, fazer estacarias e sementeiras.
- Cuidados especiais com o frio, geada, sol directo, vento, etc.
- Oferta de estacarias e sementes.
Preço de Inscrição - €15,00
Horário: das 14.00 às 18.00 horas
Inscrições: cia@cm-leiria.pt
Ficheiros de Apoio:
in Geopedrados
Conferência sobre achados arqueológicos no Castelo de Leiria
CONVERSAS SOBRE ARQUEOLOGIA EM LEIRIA
“O Castelo de Leiria: novos resultados arqueológicos”
Data: 24 de setembro de 2011
Promotor: Câmara Municipal de Leiria
Local: Paços Novos do Castelo de Leiria
Horário: 17.00 horas
As “Conversas sobre arqueologia” procuram incentivar o envolvimento da comunidade na discussão de questões relacionadas com o património cultural e divulgar os resultados das intervenções arqueológicas realizadas nos últimos anos no concelho de Leiria.
Desta feita, têm lugar três conferências promovidas pelo Município de Leiria, no quadro do Plano Nacional de Trabalhos Arqueológicos (PNTA):
"O projecto de investigação arqueológica no Núcleo do Castelo de Leiria: enquadramento, objectivos e resultados" - Vânia Carvalho (arqueóloga e responsável pelo PNTA - CMLeiria)
"Completando por muralhas a obra da Natureza: o Castelo de Leiria, das origens à contemporaneidade" - Isabel Inácio e Filipe Coutinho (arqueólogos, responsáveis pelas intervenções de sondagens manuais e prospecção geofísica)
"A documentação geométrica e fotogramétrica do Castelo de Leiria" - Alberto Martinez (engenheiro especializado em levantamentos arquitectónicos e fotogramétricos)
Observações: conferências integradas nas Jornadas Europeias do Património 2011
ENTRADA LIVRE
Informações
244 839 677
1º Passeio de Bicicleta da Valorlis (Leiria - Marinha Grande)
Valorlis convida a rodar pela reciclagem
A Valorlis – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A., no âmbito da campanha “Os Amigos do Vidrão”, que pretende sensibilizar para a correcta deposição das embalagens de vidro para posterior reciclagem, desafia toda a população a participar no 1º Passeio de Bicicleta da Valorlis, dedicado ao vidro e à reciclagem.
O passeio de bicicleta está marcado para o dia 25 de setembro de 2011 com início na Valorlis (no novo Ecocentro) às 09.00 horas e terá como destino a Marinha Grande, cidade do vidro.
O passeio é dirigido a toda a população, para todas as idades, contando com dois percursos fáceis e acessíveis, um mais curto de apenas 10 km e um percurso de 30 km.
No final do passeio, que será na Valorlis, haverá animação para as crianças e convívio com caldo verde para todos os participantes.
Sobre a importância da sensibilização para a reciclagem do vidro, Miguel Aranda da Silva, administrador-delegado da Valorlis, explica que, «embora tenha sido um material cuja recolha teve grande crescimento no início, tem agora uma evolução mais lenta, exigindo um maior esforço de sensibilização dos munícipes». «Depois de estarmos nas escolas com os concursos “As Vidas do Vidro” e “Ciclo do Vidro”, a nossa aposta de sensibilização recai agora nos adultos, ao tentar juntar as famílias num passeio de bicicleta divertido em que o mote é a reciclagem”, justifica Miguel Aranda da Silva.
As inscrições podem ser realizadas para o e-mail da Valorlis (valorlis@valorlis.pt) ou por telefone (244 575 540) e terão o valor simbólico de três embalagens de vidro, que cada participante deverá depositar no ecoponto que estará no local de partida no dia do passeio.
O 1º Passeio de Bicicleta da Valorlis tem a organização do Palco da Aventura, contando com o apoio da Câmara Municipal da Marinha Grande e com a colaboração da fábrica Santos Barosa.
Para quaisquer informações adicionais:
Telefone: 244 575 540
E-mail: valorlis@valorlis.pt
Acordo ortográfico (herrar é umano)
(imagem daqui)
É com tristeza que informamos que, a partir deste post, este blog vai aderir à nova forma de escrever português, vulgo o Acordo Ortográfico de 1990.
Vai-nos custar um pouco, vamos dar erros, mas, é um fa(c)to, a profissão de professor, que a maioria dos bloggers que aqui escreve tem, assim nos obriga.
sexta-feira, setembro 09, 2011
Encerramento da Astronomia no Verão 2011 - observação astronómica na Praia da Vieira de Leiria
Encerramento da Astronomia no Verão 2011 - observação astronómica na Praia da Vieira de Leiria
Post em estereofonia com o blog AstroLeiria:
Hoje, dia 9 de Setembro de 2011, a Ad Astra (Associação para a Divulgação da Astronomia de Amadores) faz uma observação astronómica na Praia de Vieira de Leiria, junto ao Monumento ao Pescador, entre as 21.30 e as 24.00 horas. O Núcleo de Astronomia Galileu Galilei, clube de Astronomia da Escola Correia Mateus, irá também estar representada pelo professor Fernando Martins.
Nesta sessão, que será o encerramento das actividades deste ano da Astronomia no Verão da Ad Astra (que também está no Facebook), caso as condições meteorológicas o permitam, terá Lua e Júpiter bem visíveis, bem como muitos outros astros e objectos mais difíceis de observar. Temos previsto utilizar três telescópios e uns binóculos (e quem quiser pode levar os seus binóculos ou telescópio).
Compareçam - a actividade é livre e não precisa de inscrição...!
NOTA: post 1.600º deste Blog...!
domingo, setembro 04, 2011
Observação astronómica na Praia de Vieira de Leiria
Post conjunto com o Blog AstroLeiria:
No passado dia 26 de Agosto de 2011 participei numa observação astronómica da Ad Astra (Associação para a Divulgação da Astronomia de Amadores) na Praia de Vieira de Leiria.
Foi uma sessão animada, com muitos portugueses mas também espanhóis, franceses e alemães, que nos proporcionaram imensa conversa em quatro línguas (como não sei alemão falei em inglês com um senhor). Enquanto o Carlos e o João mostravam uma estrela dupla (Alcor e Mizar, na Ursa Maior) e M13 (um fantástico aglomerado globular na constelação de Hércules) e muitas outras coisas (isto para além de irem respondendo às questões dos interessados) eu fui mostrando como funciona um telescópio, como se alinha, tipos e componentes de telescópios, usando, no final, o Telescópio Dobson da Escola Correia Mateus para mostrar Júpiter, os seus satélites de Galileu e as suas bandas paralelas ao equador.
Foi engraçado encontrar duas ex-alunas (uma da Escola D. Dinis e outra da Escola Correia Mateus) e uma futura aluna, com as respectivas famílias...!
Aos participantes, em especial os que aguentaram até depois da meia noite e nos obrigaram a mostrar Júpiter, os nossos agradecimentos. Esperamos que a próxima sessão, que será o encerramento das actividades deste ano da Astronomia no Verão da Ad Astra (que também está no Facebook), também tenha muitos clientes, pois terá Lua e Júpiter bem visíveis...
E agora algumas fotos da sessão de 26.08.2011: